Elíseos, υπνοδωμάτιο

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A pior parte de estar morrendo não era a dor ou o fim da vida em si, era saber que tudo que fizera agora se mostrava em vão.

A pior parte de estar morrendo não era a dor ou o fim da vida em si, era saber que tudo que fizera agora se mostrava em vão

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A pele de Sasuke estava fria, ele podia sentir isso, era quase como uma maldição ter todo o seu corpo conectado à sua alma orgulhosa. Nunca esteve assim, tão silencioso, calmo, por isso sentia uma sensação estranha percorrendo todos seus átomos, o sufocando, chamando seu nome. Errado, havia uma voz interna indicando o óbvio, por que pessoas como Sasuke nunca se encontram naquela situação. Sempre havia a imundície borbulhando, o cheiro de algo sendo queimado, seu ser originário de anos de punições aos deuses.

Se encontrava sozinho agora, aquele fogo já adormecido em seu peito desnudo, seus pés descalços tocando o chão de pedra lapidada. Só havia ele mas, se fechasse os olhos, podia ver o azul, não o azul ordinário do céu que cede lugar as nuvens brancas ou muito menos o desbotado transparente das águas humanas, era a cor da liberdade. Da promessa de um sentimento novo.

E algo em si, clamava por aquela liberdade, era como se alcança-lá fosse sua missão escolhida desde o nascimento em tantas vidas passadas, era como se o desejo já estivesse ali, adormecido desde sua última morte, esperando pela chave que destrancaria a porta de sua prisão. Sempre esperando. Mas Sasuke temia aquilo, na verdade, não sabia como agir com o silêncio, era algo que não lhe fora ensinado. Sabia como matar um homem em combate em apenas alguns segundos, o que era fácil até, mas o silêncio o perseguia desde o toque quente em seu ombro.

Não era o quente que estava em seu organismo, era o calor que fugia da parte literal, foi como quando Itachi o tocou aos seis anos, Sasuke estava em pânico ao ver o grande homem na cadeira de ossos escuros, seus olhos escuros se escondiam da imagem nefasta. Itachi o abraçou, protegeu o corpo do menor com o seu, porque Sasuke era seu irmão, não importasse o nome de quem o gerara. O Uchiha menor aprendeu no próximo ano, com Fugaku, que o homem de olhos profundos e cabelos enrolados não era nada, apenas uma peça no caminho.

Não sabia quanto tempo havia passado desde que suas pálpebras abriram e suas orbes escuras miraram o teto da casa. Segundo uma mulher de cabelos vermelhos, o tom que lembrava as maçãs de persáfone, que era casada com o que descobriu ser um filho de Hermes, deus mensageiro, Sasuke chegara em um estado assemelhado a uma planta já sem vida, o braço direito apoiado no garoto loiro para que não caísse, olhos pálidos sem vida. Estava agora em quarto fechado, literalmente fechado pelo móvel de madeira que empurrou dolorosamente até a porta, estava com medo, o desconhecido para si nunca fora algo bom.

A kunai manchada de sangue em sua mão esquerda descansava após realizar o trabalho de ter feito tantas marcas na pele desnuda, não sentia nada. Era a mesma dor de sempre, não conseguia entender. Queria gritar, mas não era assim que as coisas funcionavam, era um Uchiha, descendente de Akira, a guerreira troiana que lutou de igual para igual com Hades, a mulher cujos olhos se tornaram pretos no momento em que o primeiro Indra veio ao mundo. Uchihas não tinham medo da morte, eles eram a morte, temer a deusa ceifadora era como temer a sua imagem no bronze límpido.

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⏰ Última atualização: Dec 24, 2022 ⏰

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Elíseos • Sasunaru / NarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora