destino cruel e ceifador, que finge não ouvir as lamúrias dos seus afilhados.
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Minato não se importava com a ideia de ser um pai para Naruto, pelo contrário, era uma honra para ele ser o guardião de um ser tão puro e maravilhoso como aquele garoto. Kushina queria ser mãe, sempre quis, mas para minato, fardar seu filho com o sangue de Hermes era algo que ele não desejava.
Ser um filho de Hermes era uma maldição para ele, o deus e nada estavam no mesmo patamar para o loiro, seu "pai" tinha centenas de filhos espalhados por aí, era como um jogo para o deus mensageiro.
O Namikaze o conhecera uma vez quando foi chamado para estar presente no grande conselho dos deuses. Naruto era seu filho, um Uzumaki filho de Kushina, e era isso que importava. Às vezes, a ruiva se pegava observando o filho, aqueles olhos azuis ainda não conheciam a dor e se dependesse dela, nunca aconteceriam de encontrar tal sentimento. Mas no dia da coleta de almas, no dia em que naru fora a cachoeira do fim, seus pais souberem que algo mudara.
As costas marcadas com o símbolo do clã foi a primeira coisa que os olhos azuis viram, a carne cortada e maltratada, o contraste do vermelho do sangue com a pele pálida... Naruto teve arrepios por todo seu corpo com aquela cena. Jiraya era um homem de muitas histórias, algumas verdadeiras e outras bem duvidosas, mas jurava por Athena que já se encontrara com um dos filhos do submundo, que a deusa cortasse sua língua se fosse mentira.
Cabelos negros, pele pálida, feito osso, e olhos que assustam mais que a própria morte, o platinado suspirava a cada palavra que saia de sua boca. Naruto sabia que deveria correr no momento que sua mente associou o leque ao nome, mas dentro de si o desejo de se aproximar era inevitável.
Queria descobrir se aquele fogo queimava tão forte como diziam as histórias antigas, queria descobrir se o rei do outro mundo era tão amargurado como diziam, queria tocar a alma daquele garoto.
Sasuke gostava do contraste daquela paisagem, tão superficial e tão linda ao mesmo tempo. Itachi o contara que aquela era a cachoeira onde os amantes enlouquecidos pelo fervor encontravam sua paz, poético shisui havia comentado, poético como uma mentira.
Era tudo calmo, silencioso, tão sereno que fez Sasuke querer gritar, liberar tudo aquilo que agora se rebelava por baixo de sua pele. Era como lava quente que queimava cada átomo de seu ser, sua própria pele se transformava em um vulcão prestes a explodir. O Uchiha gritou, gritou como um homem que estava sendo torturado por seus maiores medos, todos de uma vez só, gritou como uma criança que implorava a mãe por abrigo, gritou como um soldado que perdia seu filho em pleno fervor do campo de batalha.
Seus olhos arderam, sentia que milhares de agulhas os furavam, seu shahingan perdido em um mar de raiva e angústia. O de íris negra sabia, estava morrendo, não, era pior que isso. Talvez fosse uma punição por sua "insolência" mais cedo para com o rei, talvez seu próprio corpo estivesse se entregando ao fim em um ato natural de desespero. Era como estar perto de uma estrela gigante que emanava o calor da manhã em níveis muito altos, era como ser a estrela. Era como presenciar a morte várias é várias vezes, por um loop eterno
- Enó zeíte, lámpste Kai den eíste lígo fovisménoi •
E então veio o silêncio, uma mãe puxou Sasuke pelo braço. O Uchiha quis gritar para que aquela pessoa se afastasse, que todo aquela chama dentro de si, queimaria a qualquer um, mas assim que se virou para o encontro do azul imenso, seu coração se esvaziou de cada impureza possível.
Sentiu uma fisgada em seu peito, sua boca se abriu sem comando, "responda o chamado" seu corpo gritava, era como um devoto que precisava descaradamente chamar por seu deus.
- I zoí eínai sýntomi Kai o chrónos syllégei ta chréi sas°
E parou, tudo parou, era como se já não existisse mais nada com o que se preocupar. Do alto da colina, Shisui observava a cena, os braços de Itachi segurando firme sua cintura indicando firmeza. O mais velho sabia que ali não era um bom lugar para sua família, nunca fora, quem dirá um bom lugar para alguém como seu itoko.
Tinha que acabar com aquilo, levar Sasuke para casa, pelos deuses, iria lhe bater se fosse preciso. Mas, ao olhar nos olhos cansados da figura mais nova a sua frente, o Uchiha mais velho soube que já era tarde, moiras haviam traçado o destino, não haveria voltada. Sempre fora tarde de mais, ninguém poderia fazer algo.
- Está tudo bem sui, não me importo em sofrer mais um pouco
O peito do mais velho doeu, não era de se entregar fácil, seu sangue se rebelava em fervor a única menção de desistir sem lutar, mas ir para uma luta ganha era algo suicida, não que Shisui se importasse em morrer, só que pensar em Itachi sendo torturado por aquelas coisas terríveis.
Não, não poderia ser tão egoísta. Juntos caminharam ate a beirada, Itachi sorriu, fechou os olhos e em um suspiro só, se entregou a água abaixo de si. Juntos, seus corpos tocaram a água, juntos. Sempre seria assim.
glossário;
•Enquanto viveres, brilha
E de todo não te aflijas°A vida é curta
E o tempo cobra suas dívidasitoko = primo
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Elíseos • Sasunaru / Narusasu
Fanfic"Nem mil almas preencheram o vazio que ele deixou" sasuke era um bastardo do submundo, o mais forte do círculo de hades, portador do fogo que tudo consome naruto, o filho de ouro do deus do olimpo amantes que invocam a ira de Afrodite, o submundo...