o reencontro - shibert

cap 5

  O ambiente daquela noite era carregado de expectativas e surpresas, como se o destino estivesse tecendo uma trama complexa para os personagens. À mesa, entre risos e conversas, segredos foram revelados, sentimentos afloraram e alianças foram formadas. O jantar na casa dos Cuthbert não foi apenas uma refeição, mas sim um momento crucial onde os protagonistas se viram diante de escolhas que poderiam mudar o rumo de suas vidas.

Gilbert, com sua amizade fiel e sentimentos confusos por Anne, viu-se confrontado com revelações inesperadas sobre seu passado. Bash, o irmão mais velho de Gilbert, lançou uma sombra sobre a noite ao expor uma confissão vergonhosa do amigo diante de todos. E Anne, a ruiva de espírito livre e coração valente, teve que lidar com sentimentos não correspondidos e o peso de um segredo que poderia mudar tudo.

Mas não foi apenas o jantar que trouxe reviravoltas. Na escola, os personagens se viram envolvidos em um jogo de sentimentos e emoções, onde a inocência da infância se confrontava com a crueldade da adolescência. Enquanto Anne e Gilbert se aproximavam para um projeto escolar, Josie Pye, com suas palavras afiadas, lançava desafios que abalavam a autoestima da protagonista.

No entanto, entre os momentos de conflito e confusão, também havia momentos de conexão e esperança. Os sorrisos trocados entre Anne e Gilbert, o caloroso apoio de amigos como Diana e a promessa de um novo começo representado pela chegada do misterioso Jerry à sala de aula. A vida na pequena Avonlea estava prestes a se tornar ainda mais complexa e emocionante.

Assim, entre risos e lágrimas, segredos e revelações, a história dos moradores de Green Gables ganhava novos contornos, mostrando que mesmo nos momentos mais desafiadores, o amor e a amizade prevalecem, guiando os personagens em direção ao seu destino.    

  Gilbert

Gilbert estava fervendo de raiva quando confrontou Bash, quase soltando faíscas de indignação."Bash, você está maluco ou o quê?", perguntei, quase para ficar com raiva. Bash, sempre com sua habilidade de se fazer de desentendido, respondeu:

"O que foi, Gilbert? Eu não fiz nada."

"Você está brincando?", retruquei, a frustração transbordando em minha voz. "Você ia dizer na frente de todos que eu amo a Anne! Você está ficando louco ou quer que eu te mate, só pode ser." Bash, com sua postura descontraída e um sorriso travesso nos lábios, respondeu: 

"Mas não é verdade que você gosta da Anne?", balançando a cabeça como se estivesse confirmando algo óbvio. "Então, verdades são feitas para serem ditas, Gilbert. Agora vai tomar banho, porque amanhã tem escola, e você não quer perder a chance de ficar babando na Anne." Fiquei perplexo com sua resposta, tentando processar o que acabara de acontecer.

 "É... espera, o quê?", balbuciei, mas Bash já estava rindo de mim enquanto se dirigia para o seu quarto.

Decidi seguir seu conselho, tomei um banho rápido, escovei os dentes e me dirigi para a cama, ainda tentando entender a confusão que Bash havia causado. Às vezes, era difícil decifrar seu comportamento enigmático e suas palavras ambíguas. Mas uma coisa era certa: Bash sempre mantinha as coisas interessantes, mesmo que fosse às custas da minha sanidade ocasionalmente.

A manhã seguinte começou com o irritante chamado de Bash, me alertando que eu estava atrasado. Com pressa, tomei meu banho, fiz uma rápida refeição, escovei os dentes e segui para a escola, com a imagem daquela menina ruiva de sardas ainda fresca em minha mente. Ao chegar à escola, guardei minhas coisas no armário e me encaminhei para a sala de aula. A confusão logo se instalou quando vi Miss Stace entrando na sala acompanhada por Jerry. Por que diabos o Jerry estava aqui?