Capítulo 10-38

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Alok:

-Cade as garotas?-perguntei.

-Ah elas desceram enquanto a gente conversava.

Olhei pra ver se encontrava elas lá em baixo, engraçado como Eileen se destacava, meus olhos não demoraram muito a encontra-la no meio da multidão. Me despedi de Zac e desci, fui amaçado no meio das pessoas e consegui chegar no ponto em que a tinha visto la de cima, mas ela não tava mais ali nem nenhuma das meninas. Mãos bobas passavam por mim e pela primeira vez não correspondi aquilo, estava preocupado com Leen era a primeira vez dela ali. Tentei ir mais pra frente atrás delas, alguém apertou minha bunda e nem olhei segui a procura, sabe quando você tem um mar de tentações e só está a procura de um único ponto. De novo alguém apertou minha bunda e pegou minha mão, me virei pra dispensar e . . .

-Te achei!-gritou Leen.

-Graças aos céus!-falei a abraçando.

Leen pegou minha mão e a levantou dançando e girou por baixo de meu braço virando de frente pro palco, segurando meu braço a sua volta e dançando, me movimentei no ritmo dela, não vi as meninas, na verdade não via ninguém além de Leen, sentir o corpo dela perto do meu assim era mais do que uma tentação. Cheirei seu pescoço e depositei um beijo, Leen se virou de frente pra mim passando os braços por meu pescoço e dançando, eu era mais alto do que ela, então ela ficou com os braços estendidos, quando ela percebeu que eu a estava olhando ela me deu um sorriso estonteante.

-Não me olha assim!-gritou ela.

-Assim como?

-Como se eu fosse de comer!

Dei gargalhada e enfiei o nariz atrás de seu pescoço cheirando sua pele e mordendo sua orelha, eu estava pulsando por ela. Leen ria com minha mão boba perto da coxa dela. Senti umas casquinhas em uma das coxas.

-O que é isso?

-Minha tattoo!-gritou ela.-Esqueci a pomada e ela tá seca.

-Eu preciso ver isso!

-Não mesmo!

-Por favor?!-gritei e ela colocou a boca na minha orelha mordendo o meu lóbulo me fazendo pulsar mais uma vez.-Você é a amiga mais malvada que eu tenho!

-As vantagens de ser única. . .-gritou ela.-. . .é que sou boa também!

-Você apertou minha bunda!-falei me dando conta de que mais ninguém fez aquilo.

-Duas vezes!-disse ela mostrando os dedos.

Começou a tocar Oops remixado pelo Dj.

-É a nossa música!-gritou ela e mordeu o lábio inferior segurando o meu sorriso, dancei com ela como se a música fosse mais lenta.

"Nossa música" eu nunca tive isso, uma música com alguém, a música se tornou especial pra mim a partir de hoje. . . na verdade já tinha se tornado antes. Balancei Leen, a girei e a fiz gargalhar deitando sua cabeça como um beijo em um filme romântico, a levantei e sem resistir pousei meus lábios nos seus num beijo casto, coisa que nunca fiz, já pronto pra recusa dela a soltei. Leen me olhou surpresa seu sorriso se foi.

-Não. . .-falei baixo.-Preciso do seu sorriso!

Ela olhava pra minha boca enquanto a música seguia. Eu estava a ponto de implorar por seu perdão e Leen passou os dedos em meus lábios, deslizou eles por meu rosto e me beijou. Ela me beijou. Gemi satisfeito, sentir sua boca quente e macia fez a adrenalina percorrer por minhas veias, um agito no estômago, será que isso eram as famosas borboletas que pra mim era mito. A mão dela passou de meu rosto pro meu pescoço. E eu não queria sentir nada além da boca dela, de repente eu não estava mais naquela festa, eu estava em um outro mundo, um mundo particular com Leen, seus cabelos macios entre meus dedos seguravam sua nuca. Eu não queria precisar de oxigênio, nossos lábios se desconectaram para respirar e a música voltou ao meu ouvido e cai de volta ao mundo real no meio daquela pista. Leen ainda estava de olhos fechados saboreando nosso beijo, sua respiração ainda pesada, eu não conseguia desprender meus dedos de sua nuca e minha outra mão a puxava contra meu corpo, Leen passou a língua em seus lábios agora borrado de batom e depois de pegar fôlego colei meus lábios nos dela e mais uma vez fui para aquele lugar mágico onde só nós dois existíamos.

-//-

Leen:

Eu não sei o que tava fazendo, mas eu estava super consciente daquele beijo, novos sentimentos surgiam em minha frente, e eu desejei Lok mais do que eu queria aceitar. Nós não conseguíamos mais respirar, ficamos ofegantes, Lok de olhos fechados com a testa na minha, suas mãos seguraram meu rosto. E ele disse algo que não consegui ouvir e nem ler seus lábios.

-Te acheeeiiiii!-gritou Lucy super bêbada de mão com a Baby atrás de mim.

Nos soltamos e seguimos dançando, Lucy tirava fotos nossas e postava no Insta, Baby o mesmo. Eu nem trouxe nada além de minha identidade e meu cartão que estavam dentro do celular da Lucy.

-Vou ir no banheiro!-gritei pra elas.

-Vamos ficar aqui!-gritou Baby dançando muito louca com Lucy, eu ri e fui sair dali, Lok pegou minha mão.

-Vou com você!-gritou ele indo na minha frente abrindo caminho. -Eu também vou ir, me espera aqui quando sair!

-Tá!-gritei e fui pro banheiro.

Tinha uma garota vomitando e a outra bêbada segurando o cabelo dela, uma dormindo sentada no vaso. Isso aqui é a decadência feminina. Achei um vaso que dava pra usar, limpei antes de sentar.

-Você viu aquele Deus grego parado na nossa porta?-disse uma garota.

-Vi sim, mas ele ta com uma gorda.

-Ah, deve ser irmã dele!

-Só pode, um Deus daqueles jamais olharia pra uma balofa.

-Deve ter feito alguma aposta com algum amigo.

Elas riram.

Caramba senti como farpas entrando em minhas unhas. Respirei fundo, me recompus, sai da cabine e fui até a pia, elas me olharam pelo espelho, peguei papel higiênico e molhei pra tirar as manchas de batom espalhadas em volta da minha boca.

-Me empresta seu batom?-falei a que estava do meu lado. Ela me estendeu ele.-Ah, esquece, ele vai tirar todo outra vez, melhor nem usar nada.

Sai dali com o sorriso mais largo impossível, ao sair Lok me esperava sorridente, sai dançando pra ele que pegou minhas mãos girei por debaixo de suas mãos fazendo ele cruzar os braços em meu peito eu ia leva-lo pro meio da pista, mas Lok me virou sorrindo e acariciou meu rosto, umedeceu os lábios e eu repeti o gesto com um sorriso de lado ele me puxou e seguimos de onde tínhamos parado, um beijo sem fôlego, desta vez mais quente e mais intenso onde não só borboletas, mas meu coração disparava muito mais rápido que a música. Lok me arrastou até a parede onde tinha banquetas, subi em uma e Lok ficou entre minhas pernas, fiquei em uma posição comprometedora onde sentia sua calsa pulsando contra minha intimidade.

-Lok!-falei afastando minha boca dele.

-Eu te desejo!-disse ele em meu ouvido.

-Estamos indo longe de mais Lok, amigos não. . .

-Quero ser mais do que isso!-disse ele e eu ri.

Aceitei outro beijo dele. Mas nada além, fiquei de pé, ainda o beijando e me virei em direção a pista, peguei sua mão e quando consegui desgrudar a boca dele da minha o arrastei pra pista.

Um All Star para recomeçar - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora