Prólogo

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𝐎𝐤, 𝐓𝐚𝐦𝐚𝐤𝐢 𝐩𝐫𝐞𝐜𝐢𝐬𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐚𝐦𝐨𝐫. 𝐄𝐬𝐬𝐞 𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨 𝐞 𝐚 𝐜𝐨𝐢𝐬𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐟𝐨𝐟𝐚, 𝐯𝐚𝐢 𝐦𝐞 𝐝𝐢𝐳𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐢 𝐬𝐨 𝐞𝐮, 𝐪𝐮𝐞 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐯𝐢 𝐞𝐥𝐞 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐜𝐚𝐫𝐚 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐬𝐭𝐚𝐝𝐚 𝐧𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐞𝐝𝐞, 𝐭𝐢𝐯𝐞 𝐯𝐨𝐧𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐫 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐚𝐨 𝐥𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐥𝐞, 𝐜𝐮𝐭𝐮𝐜𝐚𝐫 𝐞 𝐝𝐢𝐳𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐚𝐯𝐚 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐛𝐞𝐦?

𝐕𝐚𝐦𝐨 𝐟𝐨𝐜𝐚𝐫 𝐚𝐪𝐮𝐢 𝐩𝐫𝐚 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐫 𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐢𝐫 𝐩𝐫𝐚 𝐟𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐞𝐮 𝐧𝐚𝐨 𝐦𝐞𝐫𝐞𝐜𝐨 𝐟𝐢𝐜𝐚𝐫 𝐦𝐞 𝐢𝐥𝐮𝐝𝐢𝐧𝐝𝐨 𝐬𝐨𝐳𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐚𝐬 𝐢𝐝𝐞𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚. 𝐍𝐚𝐨 𝐝𝐚.

𝐍𝐚𝐨 𝐬𝐞𝐢 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐯𝐚𝐢 𝐬𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐝𝐚, 𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐚 𝐦𝐚𝐬 𝐯𝐚𝐢 𝐝𝐚𝐫 𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨, 𝐞𝐦 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐮𝐬 𝐘𝐚𝐭𝐨. 𝐄 𝐚𝐡! 𝐕𝐨𝐮 𝐭𝐚 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐬 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐪𝐮𝐢𝐧𝐡𝐚𝐬 𝐝𝐨𝐬 𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨𝐬 𝐥𝐢𝐧𝐤𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐚𝐪𝐮𝐢 𝐬𝐨 𝐩𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐥𝐡𝐚𝐫 𝐦𝐞𝐮 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐨.

Boa leitura


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𝑸𝒖𝒊𝒆𝒕𝒆𝒍𝒚 𝒐𝒃𝒔𝒆𝒓𝒗𝒊𝒏𝒈 𝑰 𝒔𝒂𝒚 𝒏𝒐𝒕𝒉𝒊𝒏𝒈

Melanie Martinez - Wheels on the bus

Foi rápido, nada mais do que uma simples a troca de olhares, você apenas passou e olhou para o lado casualmente

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Foi rápido, nada mais do que uma simples a troca de olhares, você apenas passou e olhou para o lado casualmente. Avistou uma cafeteria mediana, pessoas andando pela calçada, nada fora do comum pra uma tarde fria no inocio da primavera. Contudo, em meio a toda essa banalidade diária, bastou um breve segundo e a impressão de uma silhueta conhecida. Seus olhos se estatelaram e você quase foi induzida a parar no meio da rua.


Analisando com mais cuidado, você confirmou a identidade familiar da pessoas caminhando pela calçada, seguindo no sentido contrário ao seu e prestes a entrar no café.

As suas sobrancelhas se ergueram em uma surpresa alegre e você imediatamente sentiu um familiar calor nas bochechas acompanhado de um frio na barriga. O seu braço se levantou automaticamente e, ao abrir minimamente a boca, um sentimento de dúvida surgiu de repente lhe atingindo como um caminhão desgovernado, fazendo com que você engasgasse as palavras na garganta e prendesse sua respiração.

Você esteve prestes a gritar um: " Ei! " — Só para chamar sua atenção, mas mudou de ideia logo em seguida. Ficou parada, a música nos seus fones de ouvido parecia distante naquele momento, na calçada no outro lado da rua, seus olhos permaneceram em cima na figura do rapaz e...

Ele olhou de volta... olhou mesmo

Você teve a impressão de que seus olhares se cruzaram por um milésimo de segundo e a sua primeira reação foi abaixar a cabeça e seguir seu caminho. Um dos fones de ouvido caiu da orelha, mas sua perturbação que a impressão daquele instante lhe causou foi tanta, que o fone de ouvido dependurado sequer captou sua atenção.

Refletindo melhor sobre segundos atrás, você concluiu que sim, era ele e chegou a confortável, porém frustrante, conclusão de que ele talvez não estivesse olhando para você. Com certeza, a breve atenção do rapaz foi direcionada para qualquer coisa nessa direção, afinal, o olhar dele foi descuidado, e ele pareceu desconfiado e até mesmo um tanto nervoso.

Você pensou que poderia ter ao menos acendo, seria uma melhor maneira dele tê-la notado em meio a multidão, mas, será que ele pelo menos se lembrava de quem você era? — Esse questionamento lhe perturbou por um milésimo de segundo.

Talvez houvesse tomado a decisão certa... não, definitivamente havia o feito. A ideia de chamar a atenção do aspirante a super-herói não era mesmo muito boa.

O pensamento de si mesma acenando animadamente para o nada no meio da rua lhe assustou um pouco e fez com que você se sentisse tremendamente envergonhada. Além disso, caso ele a visse assim, tão do nada, o rapaz se sentiria confuso ou assustado, ou os dois, considerando que estamos falando de Amajiki Tamaki. Era certo que um encontro tão abrupto assim colocaria Amajiki em uma situação desconfortável. Pois, conhecendo bem a si mesma, sabia que depois de acenar não resistiria a enorme vontade de ir até ele e tentar ouvir sua voz, nem que fosse apenas para escutar murmúrios incoerentes, a oportunidade era tentadora demais.

Com um muxoxo descontente, você ajeitou  fone caído e colocou as mãos nos bolsos do casaco, envolvida em seus pensamentos nublados. Tirando Tamaki de foco por um momento, refletiu sobre o quão complicado pode vir a ser encontrar algum conhecido na rua. Nunca da para saber se é o tipo de conhecido que se cumprimenta ou apenas olha. Se é falta de educação fingir que não viu, ou como reagir se ele não ver você acenando.

São tantas as possibilidades e, trazendo Tamaki à pauta principal, calculou que  em pelo menos 63% de suas tentativas de chamar a atenção dele, faria papel de boba no meio da rua. Nos outros 37% restantes, viu-se correrendo até ele igual previamente já tinha concluído.

E, fantasiando, enxergou os dois conseguindo engajar uma conversa, entrando juntos no café e tendo um agradável encontro. Você até se imaginou podendo conferir de perto e em primeira mão o quão adorável as bochechas coradas de Tamaki poderiam ser.

Dando um suspiro melancólico você olhou para o lado uma segunda vez, talvez com um pouco de desconfiança sem motivo aparente. Encarando o outro lado da rua enquanto andava você se viu longe daquele café e, infelizmente, longe também do olhar descuidado de Amajiki. Contudo, isso não seria o suficiente para impedir que a sua mente ficasse em cima dele o resto do dia.

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Editado para correções - 15/04/20
Repostado e editado - 21/06/20
Editado para correções - 15/05/21

Platônico - Tamaki Amajiki imagineOnde histórias criam vida. Descubra agora