What If

expectations

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"Não importa onde você esteja, ou o que esteja fazendo – ou com quem esteja. Não importa, não muda nada. Eu sempre irei, honestamente, verdadeiramente, completamente, amar você." – Love, Rosie.

New York, NY
março, 2021

"– Camila, você tem alguém? – Perguntou de forma triste, temendo a resposta para aquela pergunta como nunca antes havia temido algo, porque a próxima fala de Camila poderia mudar tudo."

Lauren Jauregui POV

Me senti com vinte e um anos outra vez. As mãos tremiam, o coração estava acelerado e as borboletas se fizeram presentes em meu estômago. Havia também uma sensação de medo, algo que não sentia há algum tempo. Eu não esperava que Camila ficasse todos esses anos esperando por mim e não me importaria se em algum momento ela tivesse desenvolvido algum tipo de relação com alguém. Mas eu não sei como prosseguir se sua resposta for positiva, eu não me preparei para isso.

Infelizmente eu não pude evitar de criar expectativas desde sua volta, estaria mentindo se negasse que estive pensando em como seria bom tê-la de volta ou em como eu queria que minha família estivesse completa outra vez.

Pude notar o quando suas feições ficaram tensas. Seu olhar desviou do meu, mas suas mãos ainda apertavam as minhas.

– Eu tive alguém. – Ela comentou depois de um longo silêncio e voltou a me encarar. – Você deve saber que depois do lançamento do livro, eu comecei a trabalhar em um jornal local.

Eu sabia. Camila escrevia para o The Guardian, um importante jornal britânico.

– Não foi um namoro, já tem quase um ano, nós apenas saímos algumas vezes, mas eu terminei.

– Por quê? – Perguntei rapidamente e ela entortou os lábios.

– É estranho conversar sobre essas coisas com você. – Ela brincou e arrumou a franja, voltando a segurar minha mão.

– Se não quiser, tudo bem.

– Eu quero. – Respondeu decidida e eu lhe dei um breve sorriso. – Seu nome era Hannah, ela me convidou para um jantar na casa dela e eu fui. Nós já havíamos estado lá em outros momentos, mas eu sentia que algo estava diferente. As coisas ficaram intensas. – Fiz uma careta ao imaginar Camila beijando outra pessoa. – Fomos para a cama e ela disse que me amava antes de dormir, mas eu não consegui responder de volta. No outro dia eu fui pra casa logo cedo, disse a ela que não era aquilo que eu queria e "terminamos", mas continuamos amigas depois disso. Ela foi meu único "relacionamento" nesse tempo.

Eu sorri para a latina. Não nego que me sinto feliz agora que tinha certeza que ela estava livre.

– Quais foram os seus motivos? – Perguntei ao me lembrar de sua história.

– Você. – Respondeu dando de ombros e eu a encarei confusa. Ela negou com a cabeça enquanto sorria e se levantou, desfazendo o contato entre nossas mãos. – Vamos para a cozinha, Normani deve estar voltando e quero comer algo agora que me sinto um pouco melhor. – Estendeu a mão e eu aceitei, entrelaçando nossos dedos para que caminhássemos até a cozinha.

– O que tem eu? – Perguntei na intenção de continuar a conversa e me apoiei no balcão que separava a cozinha da sala, sentando em um dos bancos. Camila sentou de frente para mim e começou a descascar uma banana. Algumas coisas nunca mudam.