"Raio que ilumina o caminho" : especial dia dos namorados

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  Definitivamente, o pior dia de todos.

Mariana e Luccino trabalharam um dia inteiro e turbulento, com a promoção de Dia dos Namorados, a cafeteria ficou cheia de gente o dia todo. Nunca na vida eles carregaram tanta bandeja e serviram tanto bolo. Ficariam pelo menos uma semana sem poder chegar perto de café sem vomitar, que pesadelo.

— Eu odeio esse dia. — Mariana sentou-se em uma das cadeiras que ainda não haviam sido recolhidas. — Estou quebrada, quase passando mal e exausta.

— Esse é o pior dia de todos, quem inventou essa baboseira ? — Luccino estava encostado no balcão, perto da vitrine que costumava exibir doces e bolos, mas que estava completamente vazia.

— Ah, para de atuar, Luccino. Você pagou a conta por aquele casal de velhinhas. — Mariana acusou. Luccino abriu a boca em protesto.

— Elas esqueceram a carteira em casa! Eu não ia fazer duas senhoras gentis como elas passar vergonha e estragar o dia delas. — Ele se defendeu, com os olhos já querendo chorar só de lembrar do momento fofo.

— Luccino, acorda! Eu vi uma delas colocar a carteira dentro da manga quando você pediu a forma de pagamento. Ela tem deu um calote na maior cara dura e você todo derretido porque ela disse que seus olhos brilham quando você pisca. — Mariana empurrou Luccino, que ficou vermelho. — Nossa estou tão cansada, preciso de um banho quente.

— E eu preciso da minha cama. — Luccino fez bico. — Estou tão quebrado que nem vou conseguir fazer o jantar.

— E já que Cecília foi passar o dia no hotel com Brice, a gente não vai ter outra opção a não ser pedir comida. — A morena revirou os olhos.

— Vamos logo, vamos embora daqui antes que eu durma em cima dessa cadeira. — Luccino puxou Mariana da cadeira. — Vamooooos! Vamos pra casa fazer uma maratona de filmes de terror em homenagem a esse dia péssimo e chorar porque o capitalismo nos faz sofrer por sermos pobres e solteiros!

— Mas eu não quero...— Mariana se levantou a contra gosto.

— Vamos, vou fazer aquele brigadeiro vegano estúpido que a namorada da Ceci fez e não quis me dar um pedaço. — Luccino fez bico de novo e pensou se ainda teria mais daquela erva verde na casa delas.

— Luccino, pela última vez, aquilo era maconha, não uma receita fitness de brigadeiro! — Mariana empurrou ele.

Ao mesmo tempo que eles resolveram terminar de fechar a cafeteria, Otávio entrou pela porta, sorrindo e procurando por Luccino.

— Oi, moço bonito. — Otávio puxou Luccino pelo braço, em seguida os dois trocaram um beijo preguiçoso e demorado.

— Oi — Luccino colocou uma das mãos nos ombros de Otávio.—...se quer um café, se deu mal. Estamos fechados e eu-

— Não, não. Vim aqui atrás de outro doce. — Mariana fez cara de vômito, tanto açúcar assim ia deixá-la com diabete.

— E com que propósito ? — Perguntou Luccino, meio mole.

— Chamá-lo pra sair hoje. Sei que não somos namorados ainda, mas eu adoraria te levar pra sair hoje, fazer algo só nós dois...o que acha ? — Otávio ficou um tanto envergonhado de perguntar. Luccino abriu os olhos, como se de repente, tivesse acordado.

— Você quer sair...hoje? — perguntou, com as palavras rodando em sua mente como um liquidificador.

— Sim...eu queria muito. — Otávio olhou pra baixo.

Mariana não queria ver isso, Luccino estava caindo de cansado e não teria pique algum para encontro. Com esse pensamento em mente, tamanha foi a sua surpresa quando Luccino disse, empolgado.

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⏰ Última atualização: Jun 14, 2020 ⏰

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