O Nosso Jeito De Viver

Foi Engano

Era sete horas da manhã quando o despertador tocou com o som de um elefante, o sol da savana já iluminava o campo e a fazenda de leões. Laysa abriu os olhos lentamente se acostumando com a luz e olhou pra janela suspirando, era o último dia dela ali e não queria ir embora principalmente depois ficar tanto tempo com Kion e criando um laço com o filhote, sem falar que finamente tinha perdido a vergonha de ficar com Tony.
Ela levantou lentamente e foi até o banheiro do corredor tomar um banho e trocar de roupa, depois de um tempo lutando com o cabelo finalmente saiu do banheiro vestindo uma blusa preta ombro a ombro e um short listrado preto e branco. E desceu para o café.

- Bom dia Nanda- Laysa sorri.

- Bom dia linda!- Nanda sorri abertamente pra ela- suas panquecas ja estão prontas!

- Obrigada- ela diz sentando na mesa- vou sentir saudades da sua comida maravilhosa!
Nanda ri.

- Oh meu anjo, prometo que te visito- ela põe as mãos na cintura- e faço os pães com salsicha que você gosta!
Então Tony surge na cozinha com sua cara de sono de sempre.

- Bom dia meninas- ele sorri- me digam que consegui acordar da tarde por favor!

- São sete da manhã- disse Nanda e Tony suspira desolado se sentando.

- Ta treinando pra acorda tarde?- Laysa o olha.

- Mais ou menos. É que pretendo dormir bastante quando voltarmos- ela de ombros- mas não vai dar se eu continuar acordando cedo!!
Elas riram.

- Um dia você consegue!- Laysa disse se levantando e indo até a porta.

- Aonde vai?- Tony se vira pra ela.

- Ficar com Kion, vou aproveitar o máximo meu último dia com ele!- ela disse rápido antes de sair fechando a porta.
Tony sorri e olha pra Nanda que tinha um sorriso bobo e as sobrancelhas erguidas pra ele.

- O que foi?- ele pergunta ainda sorrindo.

- Ora não me venha com esse "o que foi"- ela põe as mãos na cintura- essa seu sorriso não engana ninguém, te conheço desde as fraudas e nunca conseguiu esconder o que sentia de mim querido!

- Onde quer chegar Nanda?- ele suspira inclinando a cabeça.

- Sei que gosta da Laysa!!- ela praticamente grita.

- O que?! Hã...shhhh!- ele diz rapidamente e ela ri empolgada como uma criança que descobre um segredo.

- Eu sabia!- Nanda dizia feito uma criança que descobriu um segredo.

- Certo. Mas não conte pra ela por favor- ele diz baixo.

- Como não? Se gosta dela devia contar!- Nanda cruza os braços.

- Não dá, não conseguiria falar o quanto gosto dela- ele suspira- não tenho coragem, melhor deixar assim com está!

- Anthony Collins, você não pode reprimir um amor por timidez- Nanda o repreende- meninas como ela não se encontra todo dia, são raras, pedras preciosas que precisam de cuidado e proteção- ela dizia como uma verdadeira apaixonada- vença a timidez e fale com ela, a chave pra tudo é a iniciativa!- ela pisca e sai de lá o deixando sozinho com seus pensamentos.

(...)

Nos fundos da casa onde ficava o cercado dos filhotes uma bolinha branca ja crescida um pouco corria atrás de uma bola enquanto Laysa brincava com o mesmo, o pequeno filhote de leão ja tinha crescido e conseguia andar por contra próprio, bastante inteligente Kion se mostrava bagunceiro sempre fazendo Laysa ter que arrumar algo que ele bagunçava. Mas estar com o grande felino a deixava tão feliz que basicamente esquecia o quão encrenqueiro ele era, ela brincava com o filhote como se fosse um gatinho indefeso. Eles corriam pela terra e as vezes simplesmente se sentavam na mato alto dourado sob a luz do sol para observar as zebras correrem, Kion não desgrudava de Laysa e sempre arrumava um jeito de pedir carinho como deitar de barriga pra cima ou esfregar a cabeça na mão dela emitindo um som rouco parecido com um ronronar.