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Professor Severo Snape entrou na sala, quase como um vulto, com uma pilha de livros colocados sobre a sua mesa. A sala estava escura e sendo iluminada apenas por alguns raios de sol que cortavam pelas frestas das janelas e cortinas fechadas a pressa. Snape tinha aquela postura reta e expressão séria que intimidava qualquer um, aquele ar que exalava respeito e mostrava que ele não estava ali para brincadeiras, deixava isso bem claro durante suas aulas. Talvez fosse o professor mais exigente de toda a escola, mas sem dúvidas o melhor.

Astrid estava sentada numa mesa no meio da sala, nem muito na frente ou atrás. Ao seu lado estava Anne praticamente jogada no lugar, distraída com sua varinha que rolava para frente e para trás, voltando para suas mãos com um barulho irritante.

Após o que pareceu uns longos minutos, Snape finalmente se pronunciou.

— Imagino que vocês sejam responsáveis o suficiente para assumirem o controle e treinarem suas habilidades, na minha aula. Vocês terão as instruções e os ingredientes necessários. Nada mais que isso. Irão executar uma poção simples e o resultado contará para sua nota. - Severo deu dois toques de varinha na mesa, e os livros que ali estavam se dividiram em quatro pilhas flutuando para as mesas dos alunos. - Eu agradeceria se não caíssem na tentação de distração e focassem na aula.

Astrid percebeu o olhar fixo na sua direção e antes que caísse, segurou a varinha de Anne e a deixou parada num canto da mesa. Recebeu um breve aceno do professor e não deixou de sorrir convencida.

— O primeiro aluno que acabar recebe 100 pontos para sua casa e, claro, o meu mais sincero e orgulhoso parabéns.

Afastou a capa virando costas e rapidamente tomou lugar na frente da sala.

Surgiram dois caldeirões por mesa e alguns outros utensílios como quatro recipientes guardando casca de Wiggentree, Ditamno, Moly e Muco de Verme Gosmento. Facas, colheres, conta-gotas e alguns frascos vazios também.

Passado cinco minutos houve a primeira tragédia e o caldeirão de um dos alunos da grifinória explodiu, ninguém precisou olhar para ver que tinha sido Seamus Finnigan e a sala inteira caiu na gargalhada. Professor Snape decidiu analisar os progressos dos alunos e foi passando com seu olhar sério pelas mesas, não deixava nenhum erro escapar.

— Sr. Weasley. O que é exatamente... isso?

Rony estava mexendo uma mistura dentro do caldeirão que havia se tornado avermelhada, e qualquer um que tivesse lido as instruções saberia que deveria ficar verde.

— Poção Wiggentree, professor.

— É mesmo? - Snape estreitou os olhos para o garoto. - Alguma boa alma saberia explicar ao Sr. Weasley o que é, realmente, poção Wiggentree?

Na primeira fila Hermione levantou a mão sem pensar duas vezes, exasperada para responder. Mesmo vendo que ela foi a única a se voluntariar, ele passou os olhos pela sala e escolheu outra pessoa.

— Malfoy.

— É uma poção de cura, professor. Pode ser chamada de elixir da vida já que tem o poder de restaurar as forças de alguém que esteja muito fraco ou doente.

— Perfeito. - Snape voltou a andar pela sala com os olhos atentos. - 20 pontos para a sonserina.

Hermione bufou no seu lugar, tendo Harry ao seu lado para a confortar. Só deus sabia a raiva que ela sentia por não conseguir responder algo e ver pontos serem entregues para outras casas. Para a sonserina.

— E qual é a cor adquirida com esta poção? - A voz relaxada ecoou novamente, dessa vez com uma expressão indiferente. - Sim, menina Granger?

Hearts full of Stars - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora