Hope For Two

Hope

Dylan estava voltando a se permitir sentir, no começo de tudo isso Dylan estava fechado, evitando os próprios sentimentos, vivendo meio distante, fechado para o mundo e seus sentimentos, mas ninguém vive sem sentir, ninguém pode viver sem sentir, precisamos sentir para tomar decisões da forma correta.

Ele pensou em pedir pra Holland faltar hoje com ele, mas ele sabia que tinha que resolver isso sozinho. Dylan faltou a aula e foi até um parque e sentou-se.

- Bem vamos lá... - Dylan disse para si mesmo e fechou os olhos e parou de ignorar os sentimentos, deixou eles voltarem a fluir, como quando se abrem as comportas de uma barragem e como em uma barragem água escorre e escorreu dos olhos do menino. Ele sentiu tudo que vinha evitando, tudo de uma vez.

Pensou em Dani, ah Dani... Dylan o amava profundamente, mas como irmão, e fazendo o que vinha fazendo, correspondendo o que o irmão fazia era algo cruel, porque Daniel não o amava como um irmão e sim como um amante não era justo com ele, não era justo continuar com esse jogo com Daniel.

E por fim tinha Cody, o que ele queria? O que ele faria? Será que era Cody mesmo que tinha que tomar o primeiro passo?

- Eu estou deixando outras pessoas ditarem o curso da minha vida, deixando outros serem minha bússola, passei minha vida achando que precisava de alguém do meu lado, alguém me amando pra ser inteiro, pra me acertar, pra ter paz... E nunca estive tão dividido, tão caótico, e com tantos pensamentos na cabeça. Mas apesar de tudo, eu aprendi muito, vi que não preciso de ninguém pra ser feliz, mas antes preciso me ter de volta, nunca estive tão perdido, mas estar perdido é o que preciso para me achar. No meio das lágrimas, pensamentos e sentimentos Dylan tomou uma decisão.

Dylan foi até a escola e esperou o sinal tocar. Esperou Cody sair.

- Se não der certo nunca poderei dizer que não tentei! - Dylan pensou e sorriu, faltava pouco para a aula acabar, ele esperou os amigos saírem, Holland apareceu e falou com ele.

- Bicha, o que foi que deu em tu? Não veio por que? - Holland questionou olhando para Dylan de cima baixo, será que ela notou os olhos inchados de chorar? Talvez não, mas também não importava.

- Porque eu precisava me encontrar Holla. - Dylan explicou e sorriu. - Mas não vou falar sobre.

Holland ia replicar, mas notou o olhar de Dylan, profundo, cheio de vida e emoção, como nunca mais tinha visto.

- Eu não entendi, mas tem algo no seu olhar... Preciso ir, boa sorte bicha! - Holland desejou e saiu.

Cody demorou a aparecer, mas quando apareceu viu Dylan em pé, ele estava diferente, o rosto mais relaxado, os olhos mais vivos Cody foi até ele e o abraçou, alguns alunos olharam, mas os rapazes ignoraram.

- Podemos caminhar? - Dylan perguntou se soltando do abraço.

- Meu pai deve vir me buscar logo... ele ta ali. - Cody mencionou e apontou. - Espera aqui.

Cody foi até o carro falou algo com o pai e voltou.

- Eu disse que vou ficar com você a tarde, vamos? - Cody falou e pegou a mão de Dylan e os dois saíram, o pai de Cody acenou para Dylan, ele corou, mas acenou de volta...

- Seu pai não se importa? - Dylan perguntou se referindo a estarem de mãos dadas.

- Eu acho que não! - Cody divagou.

- Tá todo mundo olhando a gente. - Dylan comentou. Cody não sabia porque tinha segurado a mão de Dylan, tinha acontecido naturalmente sem ele pensar.

- Eu posso soltar sua mão... - Cody começou, mas Dylan apertou forte a mão de Cody que entendeu que Dylan queria continuar de mãos dadas. - OK - Cody riu - Por que não veio pra aula hoje?