Noah Urrea ~
Depois de fazermos um tuor no lugar, nós decidimos arrumar nossas coisas. Mas, eu sou Noah Urrea e deixei para fazer isso depois.
Como Joalin é uma amiga organizada, ela também deixou para arrumar depois. E agora, estamos jogando conversa fora entre nós dois.
Durante a manhã, depois da chegada de Sabina e Bailey, três garotas também chegaram, mas em tempos diferentes. E se eu não me engano, são elas, Heyoon, Any e outra loirinha, acho que Sofye ou Sofya.
A conversa fluía de modo aleatório, até que paramos ao ouvir a campainha. Com certeza mais gente.
Eu e Joalin fomos atender e quando a porta é aberta, me deparo com uma linda garota loira, Krystian e um garoto loiro, com lindos olhos azuis.
Joalin: Krystian Wang? - Ela se surpreendeu. E não foi a única. - Puta que pariu, faz um ano!! - ela, super delicada, passou na minha frente e abraçou o chinês.
Noah: O que tá fazendo aqui? - perguntei.
Krystian: Não tá feliz em me ver, Urrea? - perguntou e eu o cumprimentei.
Noah: Feliz pra caralho! - sorri.
Eu estudava com Krystian no segundo ano do ensino médio, na Califórnia. Bom, ele era um dos populares, nunca nos falamos e tals. Os amigos dele sempre falavam mal de mim e me xingavam. E ele nem sabia. Mas quando soube, ele me achou junto aos amigos enquanto eu era espancado por eles. Ele me defendeu e assim nos tornamos amigos!
Ano passado ele havia saído da escola, sei lá porque, e nunca mais tivemos contato físico. Ele era um bom amigo! Só AMIGO.
Os dois ao lado dele riram e entraram sem dizer nada.
Krystian: Ah, esses são Josh e Sina Beauchamp. Josh, Sina, esses são Joalin Loukamaa e Noah Urrea. - os loiros sorriram.
Josh: Casa bonita. - olhava para todos os cantos.
Sina: E onde ficam os quartos? - perguntou.
Joalin: Lá encima. Quando subir, terão várias portas, ache a que está com seu nome. - Sina sorriu agradecida.
Sina: Obrigada, Joalin, certo? - Assentiu e as duas subiram.
O que mais me chamou atenção no momento foram os olhos de Josh.
Eu nunca vi alguém com essa cor nos olhos, mas me surpreendi, já que ficavam lindos nele. Seu estilo era confortante e bonito ao mesmo tempo. Seus lábios rosados marcavam seu rosto e o sorriso dele era perfeito!
Quê? O que eu tô pensando?
Como as pessoas estavam ocupadas e cansadas depois da viagem, eu tentei não encomôda-las.
Entrei no meu quarto e tranquei a porta, deslizando de costas sobre a mesma até estar sentado no chão.
Fiquei um bom tempo pensando nas coisas que faria em relação a essa mudança repentina. Como eu lidaria com meus problemas na frente dessas pessoas?
Digo problemas que eu sempre sofri. Bom...Historinhas da minha vida!
Eu nunca assumi para meu pai o fato de que eu gostava tanto de garotas quanto de garotos. Nunca, pois eu sabia o jeito que ele aceitaria isso. Ou melhor, não aceitaria.
Uma vez, ele acabou escutando uma conversa minha e da minha mãe sobre isso. E como ele sabia o quanto ela me amava, pedia para ela sair de casa para fazer algo e nesse tempo que ela passava fora ele me batia tanto, mas tanto, que quando acabava eu não tinha forças para levantar.
Minha mãe morreu com uma doença aos meus quatorze anos. E ele aproveitou isso para me culpar e para me espancar mais ainda.
Uma noite, eu cheguei em casa e vi no chão várias garrafas de álcool e me assustei. Meu pai me chamou e disse algo que eu não me sinto bem em lembrar e ele ficou irritado. Pegou uma das garrafas e correu atrás de mim depois de quebra-lá para ficar mais afiada. Eu corri até a cozinha e quando ele se aproximou, eu abri a gaveta pegando uma das facas. Ele não percebeu. E eu também não percebi o que havia feito até ver ele parar e olhar para o peito com uma faca cravada nele. O homen tentou me atacar, mas antes disso já tinha caído no chão.
Eu não queria ter feito aquilo. Foi involuntário e por legítima defesa, é o que Joalin diz.
Mas já era tarde. Ele havia conseguido me convencer de que realmente a causa do falecimento da minha mãe, foi minha culpa. E eu me sinto mais culpado ainda por matá-lo... Eu matei meus pais! Minha mãe e meu pai.
Linsey, minha irmã mais velha, me encontrou agachado em um canto e o cadáver do nosso pai no chão. Ela me olhou com um medo e eu apenas disse que ele estava tentando me matar. Linsey aceitou normal, já que ela sabia o que ele era capaz, pois também a maltratava.
O pior de tudo é que depois daquele dia, eu tenho tido sonhos, mas sem saber que eu estava dormindo.
Explicando melhor, em qualquer situação o ambiente escurece e eu ouço a voz do meu pai. Nisso, ele falava as mesmas maldades que dizia depois de ter descoberto minha sexualidade. Joalin disse que quando isso acontece, a visão dela sobre mim é que eu fecho os olhos e derramo sangue por uma parte do meu corpo, já que eu acho que é real. As vezes acontece enquanto eu durmo e outras quando eu estou acordado.
Tudo isso é um sonho. Mas para mim é real. É real de um jeito tão convincente que eu me assusto sem nem ver nada.
Quando volto a realidade, vejo que minhas lágrimas estão dando um banho em meu rosto e caindo uma atrás das outras, sem parar!
~🌹~
Capítulo para apresentar a história do Noah.
Soryyy, eu disse que postaria ontem, mas a criatividade resolveu dormir e só acordou hoje! Mas tá aí para vocês.
Espero que gostem!
mil beijinhos 💞
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O sorriso é meu, mas o motivo é você. ~ Nosh
Fiksi PenggemarOnde dezesseis adolescentes de países diferentes, acabam sendo reunidos em uma casa por uma faculdade no Canadá e quando dão de encontro, surge uma amizade forte. Principalmente por Noah e Josh! Noah Urrea, o garoto americano de olhos verdes brilhan...