Capitulo V

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Eram quase quatro horas da manhã levantei abruptamente, havia sonhado novamente com aquele homem. Até quando isso iria me perseguir?
Desci e fui até a cozinha beber um copo d'agua.
Coloquei o copo no bebedouro, enquanto o preenchia com água gelada ouvi passos.
Tive medo de olhar pra trás, será o homem novamente? Meu sangue gelava, parecia estar revivendo uma cena num filme de terror. Mas, não podia ser ninguem de fora, a casa é muito bem protegida por varios seguranças.
Quando virei, meu rosto ficou a centímetros do rosto de Victor.
Sentia como se fosse desmaiar em seus braços, ele me segurava e percebeu que eu estava enfraquecendo.
Então me abraçou e eu apaguei.

Alguns minutos depois voltei ao normal, quando abri os olhos la estava ele novamente.
Ele tinha me levado para seu quarto, eu estava deitada na cama dele e ele me observando.
Não conseguia pensar direito.

- Estou no seu quarto? - Indaguei olhando em seus olhos.

-Sim Sam, achei melhor saber se estava bem e não seria normal Alguém me ver em seu quarto, não acha? Vai que Alguém me pega la. Adeus madrasta.

- Isso é piada? Perguntei me levantando. - Você não gostou mesmo de mim ou está querendo se divertir com piadinhas? Não fica bem para um homem da sua idade, trinta anos e totalmente imaturo. - Questionei olhando furtivamente em seus olhos.

- Calma ai mamãe, para que tanta furia? Será porque se sente nervosa perto de mim? Isso é desejo mamãe. - Ironizou segurando meu queixo.

Não podia deixá-lo pensando isso. Eu estava sim louca para que ele me agarrasse e não teria forças para lutar contra isso. Decidi sair de la o quanto antes.

- Obrigada por sua preocupação. Vou voltar para o meu quarto, com licença. - Neste momento eu levantei e ele me pegou pelo braço chegando ainda mais perto de minha boca, dava para sentir o hálito dele. Seus olhos penetravam em minha alma.

- Me solte Vitor por favor. - Pedi sem forças.

- Quer mesmo que eu te solte Samanta? - Falava mordiscando minha orelha - E o que eu quero, não importa?

- O que você quer? - Indaguei. Tentando não entregar-me.

-Eu quero te beijar desde que te vi na rua hoje e agora meu sangue está fervendo louco para te possuir. - Ele falava devagar e com um tom mais suave como se fosse me devorar e eu sentia minhas pernas tremerem.

Não posso fazer isso com Igor, ele não merece isso. - Pensei.

Tentei me soltar, mas foi em vão. Victor me jogou na cama e veio por cima de mim.

- Vitor, por favor, seu pai não merece isso. Pense nele. - Implorei olhando em seus olhos.

- Você está me enlouquecendo, estou vidrado em você Samanta e sei o quanto você também me quer. Eu sinto cada fibra do seu corpo ao te tocar. Se entregue, eu Sei que deseja tanto quanto eu. - Falou lambendo minha boca e fazebdo minha vagina pulsar.

- Vitor não estou bem, preciso voltar para meu quarto. Me deixa ir, por favor. - Insisti, tentando me desvencilhar dele.

- Hoje eu vou deixá-la ir, mas não faltará oportunidades, estamos morando na mesma casa e trabalharemos juntos. Você vai acabar cedendo. - Falou saindo de cima de mim e deixando-me respirar.

Sai totalmente atordoada, estava perdidamente apaixonada pelo filho do meu noivo. Se algo acontecesse perderia o noivo e emprego e minha melhor amiga. Me deitei na cama e demorei para conseguir pegar no sono.

Acordei e o domingo parecia bem quente.

Mandei uma mensagem para Clarissa.

Cla, vamos tomar um banho de piscina? To no quarto.

To indo. - Ela respondeu de imediato.

Após eu largar o celular coloquei o biquini e fui até a sala onde Igor estava lendo o jornal.

- Oi amor, vai para piscina? - Questionou sorrindo.

- Sim eu vou, me acompanha? - Perguntei sentando-me em seu colo.

- Sam se eu for vou deixar de ser tão cavalheiro. - Brincou beijando meu pescoço.

- O plano é este meu noivo. - Continuei a brincadeira, mordendo o lábio.
Levantei do como dele e sai rindo.
Fui para a piscina e Clarissa me aguardava, me sentei na beira da piscina e arrumei os óculos de sol.

- Samy você ama mesmo meu pai? Não sei se vejo química entre vocês? - Ela questionou do nada. - Agora que Vitor chegou, tenho observado ele te olhando. Parece que ele está encantado por você.

- Pelo amor de Deus Clarissa não me fale essas coisas, não me importo com nada sobre seu irmão. É só o filho do meu noivo e irmão de minha melhor amiga. - Tentei sair da conversa sem deixar transparecer meu desejo por ele.

- Vixi, ja vi que as explicações ferraram com tudo. Você está interessada no meu irmão e esta confusa com medo de ferir meu pai. - Falou o que eu tentava esconder de mim mesma.

- O que como assim? - Indaguei disfarçando.

- Samanta nos conhecemos ha 15 anos, eu sei como você se comporta, ou acha que eu não sabia do seu caso com o professor de economia? - Confessou me deixando boquiaberta.

- Você sabia? - Questionei arregalando os olhos.

- Claro que sim. Você não sabe mentir.

- Clarissa preciso te contar, eu conheci seu irmão na rua ontem depois que sai do salão, mas nao tinha idéia de quem era ele.E sim, ele é bonito, sexy e estonteante, mas estou certa de que casar com o seu pai me fará mais feliz do que um aventura com seu irmão.
Você sabe o quanto seu irmão é confuso e conquistador. Você mesma ja me contou vários casos dele. Não trocaria o certo pelo duvidoso. - Confessei como se implorasse ajuda.

- Você está certa, meu irmão só se divertiria com você por um tempo e depois te largaria como apenas mais uma de suas conquistas.

- Então não falemos mais no assunto. Pode ser? - Pedi entristecida

- Tudo bem amiga. - Concordou passando a mão em meu cabelo.

Estavamos bebendo e conversando sobre jóias, quando Vitor e Igor se aproximaram.

- Amor não vai entrar? - Perguntei sem olhar para Vitor que me encarava sorrindo.

- Ja vou. - Respondeu Igor sem perceber Vitor me encarar.

Neste momento Sancler entrega o telefone a Igor.

- Estou indo agora. - O ouvi dizer.

- O que foi amor, quem era? - Indaguei.

- O advogado da empresa querida nada demais. Preciso ir na empresa volto logo.

- Não quer que eu vá com você? - Perguntei tentando me distanciar de Vitor.

- Não tem necessidade disso. - Respondeu Igor sorrindo.

- Vitor cuide delas pra mim. Volto o mais rápido possivel. - Pediu Igor colocando a mão no ombro do filho.

- Claro papai. Vá tranquilo. - Vitor respondeu sorrindo e me olhando em seguida.

Desejo IncontrolávelOnde histórias criam vida. Descubra agora