Um tanto frequente

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Bakugou.

Abriu a porta de seu quarto, logo tirando suas roupas e as jogando no chão junto com seus sapatos. Se jogou na cama e começou a fitar o teto. As coisas estavam confusas, sua mente estava confusa para falar a verdade, não entendia nada do que tinha acontecido, ficou com tanto ciúme que não conseguiu ficar calado, falou tudo sem pensar, acabou falando coisas que nem sabia se eram realmente verdades, só de lembrar daquela bandeira do Canadá abraçando midorya e olhando para si com um sorrisinho debochado, aquilo fazia seu sangue ferver, se arrependia pelo surto de ciúmes que teve mas só de pensar que conseguiu ter coragem para pedir desculpas, aquilo já lhe alegrava, vinha tentando ter coragem a tanto tempo mas nunca conseguia, era uma pessoa muito orgulhosa, sabia que ser orgulhoso daquele jeito iria lhe dar muitos problemas. quando viu Midorya chorar, toda aquela sua barreira de "auto-defesa" desmoronou completamente, se culpava pelos anos que perdeu sendo um completo estupido com o menor, se arrepende de todas as vezes que o viu chorar, queria mudar, queria conseguir dar um passo à frente, mudar todas as merdas que fez. lembrar que se afastou de Midorya só por que os outros meninos diziam que o mesmo era um fraco e que nunca iria evoluir, aquilo lhe doía muito. mas uma coisa que lhe machuca mesmo é lembrar que um daqueles meninos que se diziam ser "amigos de verdade" falaram para si que midorya só estava sendo seu amigo pois queria namorar consigo, quando escutou aquilo dos "amigos" se sentiu completamente deslocado, nunca tinha pensando naquilo, nunca nem havia passado pela sua cabeça, todos aqueles garotos enchiam sua cabeça de ideias malucas. Se amaldiçoa por tudo que fez com Midorya. Mas agora irá fazer diferente, mesmo não entendendo seus próprios sentimentos ou até mesmo o motivo daquele ciúme, talvez sentisse ciúmes de todoroki por ele estar ali do lado do esverdeado, o abraçando e agindo como se os dois namorassem, vê aquilo fazia sua cabeça soltar fumaça de tanta raiva. Soltou um suspiro cansado e decidiu fechar seus olhos e tentar descansar
...

Desceu as escadas e foi direto para a porta falou um alto "tchau velha" e saiu, estava na metade do trajeto quando olhou para trás e viu midorya, começou a andar devagar para o mesmo lhe alcançar, sentia seu coração acelerado, malditos hormônios adolescentes, escutou midorya lhe chamar e virou de costa

— oi, kacchan, d-dormiu bem? - viu o menor abrindo um sorriso largo, e puta que pariu, seu coração parou por alguns segundos, aquele sorriso era simplesmente lindo, os lábios rosados os dentes branquinhos e alinhados, a tempos o menor não direcionava um sorriso daquela para si, já havia se esquecido o quanto amava aquele sorriso na infância.

— e-eu dormi bem arbusto, e você? - viu o menor lhe olhar com uma cara confusa, provavelmente por ter gaguejado logo decidiu se recompor

— vamos logo, iremos acabar chegado atrasados se não formos agora - começou a andar e viu o menor ir para atrás de si, o que caralhos ele estava fazendo?

— o que você tá fazendo?, fique aqui do meu lado, por que você estava atrás de mim? - observou o menor andar e ficar ao seu lado logo abaixando a cabeça

— e-eu pensei que você fosse ficar c-com raiva kacchan, todos v-vão ver você e-entrando comigo, p-pensei que você não fosse gostar - não acreditava que ele estava dizendo aquilo, porra será que ele pensa que se importa com que os outros falam de si?, nem culpa o menor, culpa a si mesmo, pois ele só está falando isso por sua culpa, por ter sido um extremo babaca com ele

— eu não me importo com que os outros pensam midorya, quero estar ao seu lado, quero fazer isso da certo, não importa o que os outros digam, pra mim só importa o que você quer, não quero te ver acanhado atrás de mim, eu quero te ver do meu lado com um sorriso no rosto, com o sorriso perfeito que só você tem - sentiu o rosto ruborizar após o que falou, olhou para o menor que estava totalmente vermelho provavelmente pelas coisas que acabou de ouvir. Começou a andar novamente e viu izuku fazendo o mesmo, mas ao contrário de antes ele não ficou atrás de si e sim ao seu lado, pela primeira vez sentiu calma, se sentiu feliz, estar perto do esverdeado sempre lhe trazia calma na infância, toda vez que estavam juntos se sentia acolhido como se aquele fosse seu lugar, todos aqueles mistos de sentimentos estavam de volta, fitou o ser ao seu lado, o jeito que seus cabelos balançavam ao vento, seus olhos cor de esmeralda, sempre que os olhava ficava perdido naquela imensidão, levou as mãos até os cabelos verdes do mesmo e os afagou, viu o menor olhar para si e abrir um sorriso, o caminho foi em silêncio mas um silêncio bom, aquele que nem um dos dois precisa falar pois cada um tá aproveitando a presença do outro.

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⏰ Última atualização: Jun 11, 2020 ⏰

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