II- Solidão

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Essa dor que dilacera a minha alma,
Sutil e forasteira,
Me invade por completo,
Em poucos segundos, perco o fôlego.

Se ao menos houvesse alguém,
Para me puxar desse poço sem fim,
Dessa escuridão infinita,
Desse silêncio ensurdecedor.

Cercada de nada,
A solidão é a pior das companhias,
E a única presença
Durante todos os meus dias.

Nas entrelinhas da minha angústia,
A dor sutilmente se entrelaça,
Sua presença persistente,
Desfaz-me a cada passo que se traça.

Ao menos que eu ouse enxergar,
Aquela luz estreita ao me deitar,
Nos sonhos conscientes, vou vislumbrar,
Para que do meu peito se afaste, a se dissipar.

Camila Neres
07/09/2020
( Revisado-06/23)

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