O Inverno Tem Cabelos Negros

O solstício de Inverno

Olá melzinhos! Bem vindos à OITCN, uma fanfic delicinha com muito açúcar e taekook.
Eu devo créditos de betagem e avaliação  (vkookieeverlove e leuphorie, ambas no Spirit) e também ao TaeggukGalax.

Vamos à avisos:

A fanfic não tem uma época certa mas ela não se passa tão no passado com talvez vão pensar. Também, não se apeguem em fatos realísticos isso é uma grande fantasia, apenas deixem fluir.
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Com certa curiosidade, eu observava da janela as árvores balançarem à melodia do vento gélido que chiava contra meus ouvidos, anunciando em poucos dias a chegada do inverno. 

Bufei, ligeiramente irritado por ter meus cabelos lisos bagunçados e desviei o olhar da floresta coberta de folhas coloridas para encarar com tédio a rainha à minha frente, tagarelando mais uma vez sobre a princesa Park, vulgo minha futura esposa.

— Não é belo ela ter pedido para a cerimônia ser no solstício de inverno? — Os olhos da mais velha, semelhantes aos meus, brilhavam felizes por estar casando mais um dos seus príncipes. — Você está ciente do que dizem sobre casamentos em um solstício: São prósperos, duradouros e o inverno é uma estação tão especial para seu reino. É um belo plano para você, querido! 

Esbocei um sorriso fraco, antes de concordar sem vontade alguma de responder ou dar continuidade a algum assunto. Preferia encarar a janela e observar a paisagem, como fiz durante as últimas 7 horas de viagem.

Um suspiro de alívio saiu por meus lábios quando as árvores deram lugar à grande cidade capital do reino Norte. Das construções grandes ao lado de casas simples e bem cuidadas, pude ver também os comércios cheios e as pessoas agitadas com a comitiva real chegando. Ao Norte, a cidade findava ao pé de uma extensa floresta sobre uma montanha imponente que roubava a atenção, tendo o Castelo Gyeoul como seu principal ponto.

A viagem até lá ainda durou alguns minutos de muitas subidas e curvas fechadas, até o momento em que um grande portão abriu-se e a carruagem parou. Suspirei ao ouvir o nome da rainha e o meu serem apresentados, e logo a porta foi aberta por um empregado.

Quando meus pés protegidos pelas botas de couro tocaram a grama verde do Jardim Real, eu pude enxergar mais à frente a família real do Norte. O rei à direita era robusto, sua farda cor azul petróleo enfeitada por medalhas de ouro e um sorriso sincero em seu rosto marcado pelo tempo. Agarrada em seu braço direito, a rainha de idade semelhante à de minha mãe, acena alegre com seu vestido de seda e seus cabelos longos presos parcialmente. Por fim, em frente ao casal, a mulher nova de corpo esguio e vestido branco, com cabelos na altura dos ombros, observava-me atentamente. 

Quando encarei mamãe, ela sorria tão animada por ver seus amigos mais íntimos que não esperou um segundo antes de circular meu pulso e puxar-me em direção aos reis. Fui recebido com um abraço caloroso por parte dos mais velhos e quando segui para cumprimentar a mulher que seria minha companheira por muitos anos, pude perceber quando ela prendeu seu ar e desviou o olhar para qualquer ponto. Observei seu rosto que falhava cruelmente em disfarçar seu nervosismo, ou talvez melancolia ao me ver ali. Entretanto, antes que pudesse dizer qualquer palavra para aliviar-lhe, o rei tratou de fazer-nos entrar para fugir do maldito vento que congelava minha pele desacostumada.

Grunhi esfregando as mãos uma na outra para esquentá-las, ato que não passou despercebido pelo rei que logo rodeou meu ombros com o braço esquerdo, rindo simpático antes de perguntar:

— Em Yeonan não costuma fazer temperaturas baixas assim, não é? — perguntei-me mentalmente se ele estaria se auto vangloriando. Eu sorri, pensando no sol brilhante e quente que nasce diariamente para iluminar a cidade e animar os moradores que começavam cedo seu trabalho.