Caminhos não percorridos

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Muitos escolhem seguir seu próprio caminho, mas nunca sabem o que podem encontrar nele. Seguem a utopia que carregam consigo mesmo, mas se assustam ao decorrer da viagem.

Clara estava com uma faca no pescoço de Otávio, mas não sabia o que estava fazendo, hesitava em mata-lo, mas se não o matasse, ela não sabia o que ele podia fazer. Isso era o que pensava. Otávio não fez nada, não reagiu, queria ver o que ela iria fazer, mas a faca só permanecia no pescoço, sem dar nenhum golpe.

Clara ainda continuava travada na mesma posição, Otávio mexe seu braço esquerdo devagar, sem que ela notasse, e bate no braço dela, fazendo com que a faca caísse. Ela se assusta e se distância dele, com a ajuda de seus poderes Otávio a derruba, com uma corrente d'água formada em seus pés.

-Estou surpreso, e decepcionado com você. Tem muito impulso e isso é bom, mas não tem coragem, e é isso que complica as coisas. Deveria ter mais coragem do que impulso, poderia ter me matado agora se tivesse coragem, mas é fraca, e se continuar assim, sempre vai perder suas batalhas. Mas eu não estou aqui para te ajudar, e você acabou de romper uma tentativa de amizade, vou te levar lá para cima, e ficará lá até Eszy voltar.

-Por quê quer tanto a fada?- Diz Clara enfurecida.

- Não interessa.

-Como você é insuportável, e sem noção.

-Eu! Você que é a criança que estava brincando na floresta, e deu uma de sem noção bancando a valente.

-Se eu falar o que estava fazendo na floresta, você me falar o que quer com a fada?

-Você estava brincando de aventureira, não tenho interesse algum de saber que "monstro estava prestes a derrotar."

-Estava atrás do meu pai.

-Ele estava com você, e você se perdeu? Judiação, você também é boba.

-Ele está desaparecido, e eu não sou boba, estava atrás dele. Agora me conte sobre a fada.

--Não vou te contar nada, já disse.
-Insuportável, eu quero ir ao banheiro.
-Eu estou pensando, você pretendia salvar seu pai? Até parece que iria conseguir! – Otávio diz rindo. - O banheiro é logo ali, não adianta tentar fugir por lá, pois enfeiticei todas as janelas e portas.

-Eu não vou tentar fazer mais nada, só me solta.

Otávio desfez o feitiço das correntes, e Clara segue em direção ao banheiro, ela entra e Otávio fica esperando por sua saída na intenção de prende-la num quarto, mas ela estava demorando demais.

-Será que eu vou ter que abrir essa porta?

Otávio a ameaça, e ela não responde.

-Você acabou de me dizer que não vai tentar nada, e eu enfeiticei muito bem essa casa, para saber que não tem como escapar pela janela.

Era noite, Eszy resolve esperar amanhecer para continuar viagem, ele estava faminto, e próximo, a vista um pé de laranja e resolve pegar algumas. Não precisou subir no pé para pegar, os galhos estavam tão carregados que o peso fez com que estivessem baixos. Ele pega uma, e coloca a mão no seu bolso para pegar sua faca, que não estava ali, se assusta, pois tinha certeza que estava com ela, sempre a carregava.

-Clara deve ter pegado só pode.

Ele estava longe para voltar atrás da faca, descasca algumas laranjas e permanece ali até o amanhecer.

Clara permanecia sem responder Otávio,ele dá uma olhada sobre o chão e vê que a faca não estava mais lá, ele então corre em direção ao banheiro e derruba a porta, e vê Clara desmaiada com seus dois pulsos cortados.

Bianca esperava o senhor pegar seu cavalo, ele não estava muito feliz em ajudá-la novamente, mas dependia dela no momento. Pegou seu cavalo, e se aproximou dela.

-Para onde vamos?

-Nossa, que pressa!! Não vai querer saber o que aconteceu no reino? Porquê eu quero saber dos comentários.

-Não eu não quero, e não sei de nada do que estão comentando, eu quero saber para onde iremos.

-Calma, não precisa me tratar assim, somos dois amigos fazendo favor um para o outro.

-Me lembre de nunca mais contar com você para nada.

O senhor diz, e segue com seu cavalo para frente de Bianca, onde fica uma certa distância longe dela.

-Vamos, se quiser saber de alguma coisa pergunte no caminho. Agora me diga para onde vamos.

-Eu não sei o caminho, você vai me mostrar.

-Eu não sou seu guia, pensei que era algo importante, não vou te mostrar caminho de nada.

O senhor virá seu cavalo, e volta em direção em sua casa, e para na frente de Bianca. Bianca levanta de onde estava sentada, e pega na gola da camisa dele.

-Nós vamos para a região das montanhas, e você vai me levar lá.

O senhor pegar sua espada e coloca próximo ao pescoço de Bianca.

-Então monta neste seu cavalo roubado, e me siga, que não tenho tempo para seus joguinhos.

Ela solta a manga dele, e ele guarda sua espada. Bianca sobe no cavalo e ele vai em direção ao caminho das montanhas e ela atrás.

Na casa de Otávio, ele tirava Clara do chão do banheiro, e a levava para cozinha, na mesa havia algumas coisas, com dificuldade colocou Clara em seu ombro esquerdo e começou a segura lá, e com seu braço direito, tira da mesa e joga no chão as coisas que estavam encima, e coloca Clara ali. Ela sangrava muito sujou todo o chão da casa, e sua roupa, coloca um pano em cada pulso para que controlasse o sangue, e foi atrás de uma linha e de uma agulha, que não achava.

-Droga menina! Se eu deixar você morrer, eles acabaram com a minha raça.

Depois de muito custo ele acha a agulha e a linha, o pano já estava encharcado de sangue, ele pega outro e coloca no pulso direito dela, e no esquerdo ele começa a costurar, mas não iria adiantar, ele podia controlar o sangue do lado direito, mas ela morreria de hemorragia por perder muito do lado esquerdo. Desesperado, Otávio pega o anel que estava em seu bolso, e coloca no dedo de Clara. Ele fica tenso na expectativa dela acordar,o sangramento havia parado, seu pulso estava se curando, mas ela não acordava, ainda assustado coloca o ouvido no peito dela, e escuta seu coração bater, mas ela não abria os olhos.

Eszy acabava de acordar, e seguia em direção ao reino, ele estava á poucas horas de lá. Estava descansado, porém faminto, só havia chupado as laranjas de ontem a noite, e não comeu mais nada após, nem depois de acordar. Mas ele seguia forte, pelo caminho, até que manchas de sangue começam a surgir em sua casa, e uma ferida a se abrir, assustado corta um pedaço da barra de sua calça, e amarra na coxa, para tampar o sangramento, e seguia andando. Depois de um monte ele avista uma casa de longe, a única que tinha encontrado em toda a caminhada, havia uma menina, negra de vestido branco estendendo roupas no varal, ele se aproxima de casa, e a menina o vê mancando com a perna manchada e corre imediatamente em sua direção.

-O que aconteceu, você precisa de ajuda? - Ela diz assustada.

-Sim, eu preciso, por favor me ajude!!

-Venha comigo, vamos entrar.

A menina colocou um dos seus braços em volta de seu pescoço, e com o seu apoio ajudou Eszy a entrar na casa, ela o sentou numa cadeira, tirou o pedaço de pano que estava por cima de sua casa, e ergueu a calça até uma altura encima da ferida.

-O que você fez?

-Eu fui atacado?

-Atacado por quem?

-Por um amigo.

Eszy dizia resmungando de dor. A menina vai e pega um pano e um balde com a agua, e começa a limpar a ferida.

-Vai doer, desculpa.

Ela limpava a ferida, e Eszy resmungava de dor, ela pega um vidro com um licor passa sobre o pano e amara na perna fazendo um curativo.

-Isso vai ajudar.

-Obrigado, muito obrigado de verdade mesmo.

Diz Eszy se levantando da cadeira.

-Para onde você vai?

-Desculpa, eu tenho que ir.

-Você está ferido, não pode se esforçar.

-Eu agradeço pela ajuda, e pela preocupação mas eu tenho que ir.

-Coma alguma coisa, parece exausto, continue sentado, irei te trazer um pão.

-Eu ficaria agradecido, não como nada faz algum tempo.

Ela sorri para ele, e pega um pedaço de pão com um chá, e da para Eszy, depois de terminar de comer, ele agradece novamente e volta a conversar com a menina.

-Como é o seu nome?

-Meus pais me chamavam de Jamila.

-Entendi, por quê você me ajudou e fez tudo isso para mim?

-É minha obrigação.

-Obrigação?

-Sim, agora descanse.

-Continuo sem entender.

Eszy se lavanta, e se aproxima dela insistindo em que contasse, mas tornou repetir que só pediram a ela, quando tenta insistir mais uma vez Eszy acaba desmaiando.

Na floresta Bianca era guiada pela senhor, ele permanecia em silêncio durante a viagem, e ela não resolveu puxar nenhum tipo de assunto, mas ao decorrer do tempo Bianca não começa se sentir bem, e acaba caindo do cavalo pois desmaiava. O senhor escuta o barulho dela caindo no chão, e do cavalo, que assustado pisa por cima de sua costela.

-Merda Bianca, merda.

Ele desce do seu cavalo imediatamente, e tenta acalmar o outro, que acaba saindo correndo, ele então, vê que Bianca estava desmaiada e que o cavalo tinha pisado nela. O senhor começa a chaqualhar sua cabeça no intuito dela acordar, mas não estava funcionando, assustado, começa a gritar por ajuda, mas parecia que não havia ninguém por lá, ele monta em seu cavalo e sai deixando Bianca jogada no chão ali mesmo.

Clara ainda continuava encima da mesa sem acordar, Otávio estava revoltado, não tinha nenhum motivo para o anel não funcionar, pois os seus pulsos já haviam cicatrizados, aparentemente ela era humana, se não o anel não funcionária, aquilo o deixou muito confuso, mas principalmente com medo.

-Merda! Essa menina vai morrer, e o reino todo vai vir louco atrás de mim.

Otávio começava a andar de um lado para o outro nervoso, pensando o que poderia fazer para acorda-la, mas Clara estava viva, só esperava pelo momento certo para ataca-lo, na mesa não havia mais nada além da linha e da agulha, no chão estava cheio de objetos, com cuidado ela desce da mesa sem que Otávio perceba, e não custava muito para perceber, ele estava tão focado em descobrir como acorda-la, que não estava prestando atenção em nada. Clara pega um pequeno baú caído no chão junto com os objetos, e devagar e com cuidado ela bate na cabeça de Otávio, fazendo com que ele desmaie.

Anoitecia, e Eszy acordava, Jamilia o colocou deitado numa cama que havia na sala mesmo, pois a casa era pequena, a sala era junto com a cozinha, não havia quartos, e para fora um mictório. Eszy abre o olho e percebe que ele ter desmaiado não foi normal, assustado, se levanta e não vê ninguém, resolve então sair para fora. Ele grita por Jamilia mas ela não responde, segue então a rumo de Estangor antes que escurecese mais, pois o sol já estava quase se pondo.

Bianca ainda continuava desmaiada e o senhor sumido. Clara não sabia o que fazia com Otávio, ele estava desmaiado na frente dela, mas não sabia como impedir ele de usar seus poderes, ela não conseguia fugir pois mesmo desmaiado o feitiço ainda continuava ativo. Ela decidi então amarrar suas mãos para trás, nas costas, com um dos pedaços de corda que ele tinha na dispensa, o empurrou até a sala, e acendeu a fogueira da chaminé, depois pegou mais um pedaço de corda e amarrou suas pernas, vendou seus olhos com uma faixa e o colocou de frente a chaminé.

Eszy caminhava, quase anoitecia, após não ter andado por muito tempo, escuta um barulho e decidi se esconder, com o barulho se aproximando, ele se joga de volta na estrada, entrando na frente de um cavalo, fazendo com que ele parasse, e era o cavalo daquele senhor que estava com Bianca.

-Adão o que está fazendo aqui? - Pergunta Eszy.

-Me ajude, por favor, eu estava com uma amiga, e ela passou mau no caminho e desmaiou.

-Onde ela está, vamos até lá, que eu te ajudo.

-Monte aqui, venha.

Otávio que estava deitado em frente a churrasqueira se levanta e tenta ficar em pé, mas não consegue, tenta mexer seus braços mas não consegue também.

-Que merda você fez garota?

-Eu só usei minha imaginação forte de criança para conseguir ter coragem, não foi você mesmo que criticou isso de mim?

-Você não tem noção alguma do que faz, vai acabar se ferrando muito na vida.

-Não quero sua opinião, quero que desfaça seu feitiço e me deixe sair.

-Mas nem morto.

-Mas nem morto? Então vamos ver.

Clara empurra sua cabeça em frente a lareira.

-Mas o que você está fazendo?

-Prefere morrer do que me soltar, só estou fazendo o que preferiu.

-Você não tem coragem, já te disse isso.

Clara continuou empurrando a cabeça dele sem hesitar, mas Otávio implora para que ela parasse.

-Para, por favor.

-Não era você que duvidava de mim?

-Tabom já me provou que tem coragem e venceu.

-Certo agora desfaça o feitiço.

-Não tem como minhas mãos estão amarradas.

-Eu estou com o anel, você concerteza vai tentar me ferir, e depois disso vai tentar desamarar seus pés, e colocar o anel de volta em mim, mas eu vou esconde-lo, depois desamara-lo, aí você vai desfazer o feitiço, eu vou te amarrar de volta pegar o anel e ir. Você não vai achar o anel, e eu não vou pega-lo mesmo morrendo, e você sabe disso.

-E como eu vou me soltar?

-Eu não sei, quem vai estar amarrado é você. Se for rápido, vai pensar em quanto eu escondo o anel e vai se soltar, mas se preferir esperar, vai ter muito tempo para pensar depois que eu sair.

-Estou esperando você esconder essa bosta.

Eszy e Adão já estavam próximos de Bianca, e Eszy começa a fazer perguntas.

-Quem é sua amiga, o que aconteceu?

-Bianca.

-Bianca, a fada, aquela que tentou te matar ontem?

-Essa mesmo.

-E o que fazia com ela aqui na floresta, ela está bem?

-É uma longa história!

Quando chegam onde Bianca estava, ema ainda estava desmaiada, Eszy desce antes de Adão do cavalo, e vai em sua direção.

-Bianca, você está bem?

E começa chaqualhar sua cabeça, mas ela não reagia.

-O cavalo que ela estava pisou em cima dela.

Eszy vê a marca e levanta sua roupa mas não tinha marca alguma.

-Acho que não foi forte, só sujou a roupa, ela não deve ter desmaiado por causa disso. Por favor tente acorda-la, que eu já volto.

O sol acabava de se por, Eszy entrou no meio das árvores para pensar e Adão tentava acordar Bianca.

-Você me disse que ia comprir com sua promessa, e está desmaiada, sei que ainda não te ajudei, mas você ainda me deve por fazer aquele teatro em Estangor, por favor quero notícias dela e você prometeu que iria me da-las.

Adão começa a chorar encima dela.

-Eu não sei se fico com raiva ou triste, mas preferia que tivesse morrido de uma maneira bem pior.

-Eu vou morrer de uma forma pouco piedosa e muito cruel, mas não vai ser hoje. Não conhecia esse teu lado sentimental, sempre foi bruto.

-Sua bruxa, estava acordada o tempo todo.

-Na verdade não, eu não sei o que aconteceu, só me lembro de ter caído.

-Eszy está comigo.

-E onde ele está? - Ela diz se levantando com a ajuda de Adão.

-Me pediu para tentar te acordar, e saiu pela floresta dizendo que já voltava.

Bianca olha para o céu, e repara na lua, e vê que já estava escuro.

-Pega o seu cavalo e vamos.

-Vamos para onde, deixaremos ele aqui?

-Eu vou te deixar aqui se não quiser ir, venha eu conduzo o cavalo é melhor.

-Mas por quê?

Eszy surge na estrada gritando de dor.

-Por favor fujam daqui.

-Por causa disso.

Adão monta na garupa de Bianca e observa Eszy se transformando em um lobo. Bianca faz com o cavalo ande depressa, mas sai da estrada e entra na floresta, estava escuro eles não enxergavam quase nada e iam somente por rumo.

-Não consegue fazer alguma coisa? - Perguntava Adão.

-Se eu conseguisse, você acharia mesmo que eu estaria correndo no meio da floresta encima de um cavalo sem enchergar nada?

Os dois continuam correndo, não viam Eszy desde a estrada.

-Acho que já está bom, é arriscado ficar correndo por essa floresta sem ver nada.

-Quanto mais longe estivermos é melhor.

Eles continuam, mas o cavalo acaba escorregando e caindo dentro de uma ravina. Começa a chover, e o cavalo a rinchar, estava muito escuro e eles não viam nada.

-E agora, como saímos daqui?

-Não tem como sairmos daqui.

-Eu vou sair.

Adão tenta escalar a ravina, mas com a chuva, ele escorrega em todas as tentativas, o cavalo continuava em desespero, Bianca pega sua faca e acerta ela, o matando.

-Por quê fez isso?

-Você quer que ele escute e venha atrás de nós?

Clara acabara de esconder o anel e ia até em direção a Otávio.

-Escondi, vou desamara-lo e sabe se tentar alguma coisa, você nunca vai achar o anel e eu vou morrer.

-Ande logo, não vou tentar nada.

Clara então se aproxima e desamara suas mãos.

-Pronto.

-É só isso?

-Sim.

-Não, não é só isso.

Ela amarra novamente as mãos de Otávio e o levanta, levando-o em direção a porta.

-Vamos testar.

-Olha não é mesmo que você cumpriu com o combinado.

-Eu não disse.

Clara coloca ele de volta da lareira, e vai atrás do anel.

-Aqui está muito quente, eu colaborei com você, por favor, agora é sua vez.

-E o mínimo que posso fazer por me queimar aquela hora.

Clara então vai até o banheiro onde tinha escondido o anel, mas na porta é atingida pela mesma água fervendo que estava na porta da sala, não deixando ela entrar e a queimando de volta.

-Você acha mesmo que eu vou te dar essa oportunidade, fique comigo que eu a mantenho viva, ou você foge e morre.

-Seu imbecil, me queimou de novo, eu fico sem o anel, e você fica morto.

Clara começa a  empurrar Otávio para dentro da lareira.

-O que está fazendo?

-Te matando, como já devia ter feito.

Otávio começa a se chaqualhar deixando Clara com dificuldade de empuralo.

-Para de se mexer não adianta.

-Eu já duvidei da sua coragem, e ainda continuarei duvidando, se me matar, eu volto do inferno, e vou te torturar tanto, que vai desejar nunca ter existido.

Clara tira a venda que estava nos olhos de Otávio, e ele vê Otávio vê a lareira acessa.

-Otimo, nós vemos na próxima reencarnação. – Diz Clara debochando dele. – Essa é a última vez que fala para uma mulher que ela não tem coragem.

-Mulher não, menina!

-Tenha um bom churrasco!

Clara empurrou ele para dentro, e ele começa a se queimar todo, ela se vira e segue em direção a porta, lá fora começava a chuva, e ela saia da casa, e ia em direção a Estangor.









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