Água

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Sobre um clima gelado, com muita ventania, estava Eszy se levantando, com a maioria de suas feridas cicatrizadas, muito confuso, sentindo bastante dor e frio, e tentando se encontrar, não sabia que estava na divisa entre Estangor e Ceguizam. Eszy começa a caminhar com muita dificuldade, e vai atrás de algo para comer, e um lugar que o mantivesse aquecido. 

No castelo Clara saia escondida como sempre, ela ia até o jardim, os cavaleiros que ali rondavam sempre vêem ela brincando por lá, e quando ela não está mais, pensam que entrou no castelo.

Era só os cavaleiros darem uma brecha que ela pulava o muro do castelo, tendo apoio de uma árvore, sempre que fugia fazia isso, mas hoje ela não pretendia voltar sem notícias de seu pai, então na noite escura de Estangor, Clara vai em busca de Fernando.

Eszy continuava caminhando, e distante, vê um pequeno Corguinho, e vai em sua direção, chegando lá, se aproxima e começa a tomar muita água, e lavar seu rosto que estava sujo e cheio de sangue, por um momento ele para e vê seu rosto no reflexo da água, já não estava tão sujo quanto antes, ele então começa a lavar suas feridas que já estavam quase curadas, pegando a água com a mão nota que estava com um anel, e Eszy nunca foi de usar aneus, ele então tira o anel para observar melhor e começa a sentir muita dor, e vê suas feridas voltando a situação que estava antes, ele então o coloca de volta, o anel era de prata, não tinha nada escrito, era muito comum, mas Eszy suspeitava que ele era um anel mágico.

Clara caminhava por Estangor encapuzada, não havia quase ninguém pelas ruas, todos estavam com medo, isso facilitava, pois assim ninguém iria reconhece-la.

Na floresta Eszy testava seu anel, ele começou a se cortar com uma faca que tinha contigo, e imediatamente o corte se cicatrizava, após retirar o anel, o corte voltava a aparecer, e suas feridas voltarem ao normal, isso fez com que ele pensasse que não podia retirar o anel, até que se curasse por inteiro, e decidiu descansar um pouco próximo ao Corguinho, para ir atrás de Bianca e Gilberto.

Bianca continuava algemada e Estela ainda estava com a faca em seu pescoço.

-Qual é o seu interesse em falar com o rei?

-Não é nada demais eu juro, só queria perguntar algo a ele.

Estela se afasta de Bianca, e começa a observar de longe, vendo ela tremer muito.

-É o seguinte você vai me contar o que quer com o rei e vai ser agora.

-Eu só queria conhecer o cara, nada demais - Dizia Bianca.

Estela volta a se aproximar e dá um tapa em sua cara.

-Por quê?

Bianca olha para ela com seus olhos cheios de lágrimas, e gospe em sua cara.

-Eu não vou falar,me bata o resto da noite, ou me mate, não fará diferença, nunca contarei.

Estela dá um sorriso, e vai para atrás, Bianca só observa.

-Alguma coisa tem, e te deixarei aqui presa com este corpo no chão até me contar, será que vai suportar o cheiro dele, ver ele inchando, e os vermes corroendo o seu corpo, ou vai tentar come-lo, quando estiver a tanto tempo aqui passando fome?

-Isso não vai acontecer, o rei logo voltará, e vai querer me ver.

-Não, ele não vai, pois o rei está desaparecido, e ninguém tem nenhum interesse por você.

-Está mentindo, duvido que seja a rainha, por quê tem tanto interesse em saber o que quero com o rei, se você nem sabe dele?

-Não importa quem eu sou no momento,quem está fazendo as perguntas agora sou eu, e já sabe dos termos, vai querer ficar presa aqui até quando?

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