Green Grove é uma pequena cidade que habitava os seus 230 habitantes. Mas mesmo pequena os seus podres não tinham fim. Chan depois de muito tempo percebeu que não seria ali que ele e os namorados iriam descobrir a felicidade e em um ato ele resolve...
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- Fugir? - Changbin saboreou essa palavra como se fosse um doce. Inúmeras vezes ele já havia pensado em tal ato, porém nunca teve a coragem necessária, pois a realidade sempre o atingia quando sequer cogitava a possibilidade de dar certo. Fugir era impossível sem dinheiro, sem carro, sem certeza de que vai conseguir sobreviver, sem alimento e mais dinheiro. A morte certa tentar algo assim.
- Acho que seu pai te acertou forte demais Chan Hyung, tem certeza de que está bem? - Jisung murmurou olhando atentamente o olho roxo do namorado. Fugir era uma ideia insana, até para si que era considerado um "fora da lei" por todos, inclusive sua preciosa tia.
- Claro que estou bem. Que pergunta e essa?! - Chan resmungou bravo, ele não queria a preocupação de ninguém, nem mesmo de seus namorados. Ele queria apenas ser forte, sem depender de ninguém, ele estava cansado de ser fraco.
- Fugir? - Changbin indagou novamente, preso em lembranças profundas demais. - Eu não sei não Channie... - Ele balançou a cabeça de um lado pro outro, negando.
- Como você ainda cogita essa ideia maluca, Changbin? - Jisung se encontrava incrédulo com os namorados. Ele sabia que a cidade de Green Grove havia feito eles passarem muitos apuros, e sofrer. Muito. Mas ali ainda era o local onde nasceu e foi criado, o local de sua infância poxa, e mesmo que seus pais o tenham simplesmente abandonado ele com a tia, Jisung não achava certo simplesmente abandonar tudo.
- Eu...
Ele se interrompeu. A garçonete sorriu para eles e entregou as bebidas junto com um saquinho de gelo, que instantaneamente Chan o pegou e o colocou sobre o olho. A garçonete sorriu mais uma vez e foi embora.
- Antes de você continuar Hannie eu quero dizer que eu tenho todos os motivos para sair de Green Grove. - Bang Chan diz depois de dar um gole em seu americano e retirar o gelo do olho, o machucado ainda doía. Seu pai realmente sabia dar um bom soco quando queria. - Olhe só, se eu ficar aqui o meu pai vai me obrigar a seguir os passos dele, e vocês sabem que eu não quero participar da máfia apesar dos "privilégios". - Ele faz aspas com a mãos num tom descontraído, mas só de pensar nesses privilégios a ânsia de vômito vinha. - E se eu for... se nós formos. - Ele pega as mãos de cada namorado e dá um sorriso bobo. - Nós podemos ser livres, sermos quem quisermos, sem medo.
- Mas se fugirmos. - Changbin dá um gole no seu milkshake de morango e continua, apertando de leve a mão do Bang. - Os nossos problemas não vão simplesmente sumir, como um passe de mágica. PUFF. Outras pessoas vão sofrem em nosso lugar.
