A cor do pecado

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Alana chutou o pneu do carro frustrada ao vê-lo murcho, o estepe também não estava no seu melhor estado e estrada vazia estava a deixando ainda mais nervosa, ela tinha uma reunião em duas horas e nem mesmo conseguia fazer uma ligação, pois seu cel...

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Alana chutou o pneu do carro frustrada ao vê-lo murcho, o estepe também não estava no seu melhor estado e estrada vazia estava a deixando ainda mais nervosa, ela tinha uma reunião em duas horas e nem mesmo conseguia fazer uma ligação, pois seu celular estava sem sinal, o jeito era esperar alguém passar e pedir ajuda.

— Droga, foi uma péssima ideia vir para esse fim de mundo — disse olhando o celular. — Por que eu tinha que ter me iludido com um corpo bonito? Não valeu a pena rodar quase quarenta quilômetros para transar com alguém que nem mesmo soube me fazer gozar, tive que fingir e odeio fingir orgasmo — disse irritada e jogou o celular no banco do carro.

Alana havia conhecido um rapaz lindo no mercado, os dois flertaram e no estacionamento ele a convenceu de ir em sua casa, mas para a frustração de Alana, ele não atendeu suas expectativas e agora ela estava ali no meio do nada, com o pneu do carro furado e sem nenhuma alma viva por perto. Nos seus vinte e oito anos, ela era uma mulher bem sucedida financeiramente e independente, dona de uma das maiores empresas de lingerie do país, ela era conhecida como arrasadora de corações, com seu corpo estrutural, sua pele negra e sua beleza única vários homens caíam aos seus pés, porém Alana apesar de ter a fama de conquistadora queria apenas conhecer um homem que a completasse e que apagasse o fogo que habitava dentro de si, infelizmente esse homem ainda não havia aparecido em sua vida e ela se revoltou por ter tido mais uma decepção.

Ela ficou por quase uma hora sentada no capô e quando ouviu o barulho de carro se aproximando, se levantou e acenou como uma louca para o veículo que parou ao notar o desespero dela e no momento em que o vidro abaixou, Alana paralisou, era um homem lindo, tinha barba cerrada, cabelo bem cortado e um corpo de tirar o fôlego, ele vestia roupa social preta que moldava perfeitamente seus músculos e ela se viu se perdendo no meio deles.

— Você é muda? — ele perguntou tirando Alana de seus devaneios.

— Oh, me desculpe, eu me distraí. Meu nome é Alana, o pneu do meu carro furou e o estepe não serve para nada, meu celular está sem sinal e eu tenho uma reunião na capital em uma hora, você pode me dar uma carona?

— Entre — o homem disse sem nem ao menos olhar para ela, o que era estranho, pois Alana era uma mulher que por onde passava chamava atenção.

— Obrigada — Alana abriu a porta e sentou no banco do passageiro. — Você não me disse seu nome.

— Você não precisa saber, vou apenas te deixar na cidade e nunca mais nos veremos. — Alana percebeu a frieza em sua voz e resolveu não insistir, ele era lindo, mas também uma pedra de gelo, diferente dela que era quente como o inferno, contudo ela não pode deixar de notar o olhar dele percorrendo toda a extensão de suas pernas que estavam expostas, ela sorriu e levantou a saia um pouco mais para provoca-lo e ver até quando continuaria com aquela frieza.

— É melhor para com isso — ele repreendeu.

— Por quê?

— Não estou a fim.

Best Seller Brasil 2020Where stories live. Discover now