Secret pics | Markson [EM REVISÃO]

08 - Foram mosquitos

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Mark se olhava no espelho enquanto passava a ponta de seus dedos sobre suas marcas de colorações roxas na altura de seu pescoço, todas deixadas por Jackson. Elas haviam ficado piores do que imaginava, e por isso aquilo era um grande problema, não podia aparecer com algo assim na frente de seus amigos. Aconteceriam uma das duas coisas;

1. Iriam ligar os pontos e descobrir tudo.

2. Iriam achar que é algum novo namoradinho e pertubariam o Tuan pelo resto da vida, até chegar no item 1.

O histórico do navegador do americano estava repleto de pesquisas sobre como fazê-las sumir, mas no fim nada deu certo, então teria que dar sua própria solução, espraguejava a si próprio mentalmente, se fosse de sair e pegar vários, certamente ele saberia resolver coisas assim.

Para piorar a situação, Yugyeom estava pressionando o jovem de todas as maneiras possíveis, de fato Mark não era um dos melhores contando mentiras e por isso seu amigo desconfiava de si.

O modo que achou para esconder aquilo fora levantar as golas do uniforme, fazer isso não as deixava invisíveis, mas de certa forma disfarçava, isso era um progresso, até que bem grande.

Naquele dia seu pai não o levaria para a escola, então teria que fazer seu caminho a pé.

A escola não era exatamente longe da casa do americano, mas de certa forma não era perto. Todo o caminho dava cerca de quinze minutos, mas por ser extremamente sedentário o garoto levaria quase vinte e cinco minutos, praticamente 2/3 a mais.

Desceu as escadas com a bolsa em suas costas, avistou sua mãe enrolando coisas que pareciam panquecas salgadas, enquanto cantarolava bem alto músicas que tocavam, uma delas era Drippin', de letra bem duvidosa.

– Bom dia, gatão. Hoje você está bonito de matar, literalmente. – Piscou para o próprio filho, lavando as mãos na pia e se dirigindo rumo a ele.

O americano estava no centro da sala de tons claros com móveis marrons, separava seus sapatos que usaria naquele dia, iria ter educação física e por isso escolheu um de corrida.

Notou a mulher mais velha aproximar-se de si, ela ajeitou as golas de sua camisa as baixando levemente, quando iria ajeitar a gravata do uniforme do filho, notou as marcas evidentes em seu pescoço.

– Quando vou conhecer? – Dorine o Questionou, sorrindo de ladino logo depois.

– Conhecer o quê, mãe? – Indagou um tanto desentendido, não sabia do que ela falava.

– A pessoa que está saindo. – Passou as mãos sobre o peitoral dele, limpando o pelo do blazer dele. Não era só porque havia o feito, mas Dorine achava Mark uma graça e acreditava que seu filho era o mais lindo do mundo, típico amor de mãe.

– Eu não estou saindo com ningu... – Percebeu do que ela falava, então levantou suas golas novamente, rindo sem graça. – Não é ninguém, mãe. Foram mosquitos.

– Esses mutantes da escola são tão grandes, né? Olha o tamanho dessas marcas, devem ter um bico tão enorme!  – Ironizou com a cara do mais novo, então arqueou uma sobrancelha. – Mark, sempre use camisinha. Sempre, ouviu?

– Tudo bem, mãe. Eu não tô transando com ninguém, juro. – Retrucou, agora sentado sobre a poltrona mais próxima. Esticou o pé e então encaixou os tênis neles, assim amarrou seus cadarços com um laço. – Já vou, ok?

– Eu digo sério, filho. ISTs fazem mal, tome cuidado com isso. – Beijou a testa dele com carinho, acariciando levemente seus fios logo depois. – Tudo bem, não se atrase. Se precisar de algo você me liga que eu vou correndo.