Secret pics | Markson [EM REVISÃO]

09 - Matt e Faith

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— Jackson, deixa eu fazer isso direito! — exclamou Mark, passando uma pequena toalha molhada na testa do chinês, que fervia como uma panela esquecida no fogo. Apesar de sua febre alta, Jackson relutava em aceitar os cuidados do amigo.

— Você é chato, Mark! — resmungou, cedendo apenas depois de ouvir um "Por favor" manhoso do rosado, que sempre o desarmava. Mark tinha um talento único para transformar qualquer situação em uma oportunidade de se exibir, mas naquele momento, Jackson sabia que ele estava sinceramente preocupado.

— Chato não, cuidadoso! Você precisa de mim para não acabar morrendo sozinho nesse sofá — retrucou Mark, com um meio sorriso, enquanto ajustava a toalha na testa do amigo. Ele se afastou um pouco para observar o estado de Jackson, franzindo a testa ao notar a confusão do outro. — Você devia ter me ligado antes. Não precisava sofrer assim.

— Você não devia estar aqui. Vai acabar pegando resfriado também, e seus pais vão ficar bravos — rebateu Jackson, tentando manter sua pose indiferente.

— E deixar meu melhor amigo apodrecer aqui? Nunca! — disse Mark, fazendo uma pose exagerada e colocando a mão no peito como se fosse um herói de cinema. — Se meu instinto de ser maravilhoso não tivesse me alertado, você estaria um caos. Olha para esse sofá! Parece que você viveu nele por um mês.

Jackson olhou de relance para o estofado afundado e deu de ombros, embora no fundo soubesse que o amigo estava certo. As horas que passara ali, se contorcendo de dor, deixaram marcas tanto no sofá quanto em si mesmo.

— Convencido — murmurou, puxando a toalha de Mark. — Aposto que você só sabe que eu estou doente porque a Momo contou. Aquela garota não descansa. Parece um anjo da morte.

Mark riu alto, balançando a cabeça.

— Super-heróis também têm ajudantes, sabia? A Momo é mais como minha assistente. E você deveria agradecer por ela se preocupar.

— Preocupar? Ela parece gostar de espalhar desgraça. Se um cachorro morresse aqui na rua, aposto que ela seria a primeira a contar. — Jackson fez uma careta exagerada, mas Mark apenas deu de ombros.

— Você devia ter menos veneno e mais gratidão, Jia-Er. Agora, vamos parar de falar e focar em melhorar esse seu estado deplorável.

Jackson abriu a boca para retrucar, mas foi interrompido por Mark, que apontou para o banheiro.

— Você precisa de um banho urgente! Está fedendo. Parece que jogaram gatos mortos em você.

— Você é tão dramático. — Jackson revirou os olhos, mas sabia que o amigo estava certo. — Mas tudo bem, eu vou. Depois que você sair daqui. Vai que pega minha “doença”.

Mark estreitou os olhos, com um sorriso travesso.

— Tome o banho antes que eu te jogue água fria aqui mesmo. — Ele fez uma pausa, inclinando a cabeça para o lado. — E, ah, sobre sua "doença"... Tenho certeza de que é apenas frescura.

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Depois de algum tempo, Jackson saiu do banho parecendo renovado. Enquanto ele esfregava a cabeça com uma toalha, encontrou Mark organizando a sala. As embalagens de remédios, garrafas de água e almofadas espalhadas haviam desaparecido, deixando o espaço impecável. Mark parecia incrivelmente satisfeito com seu trabalho.