Señor |Jjk + Pjm|

[I] Quem tem limite é município

Não esqueçam da estrelinha, pessoal 🌟

#porrabob

LEIAM AS NOTAS FINAIS

🌊

Já havia se passado uma semana e meia de Jeongguk em Miami e ele estava adorando o clima úmido e praiano da cidade. Verdade que não tinha saído muito para conhecer o lugar... Talvez uma praia ou outra, e o cinema do bairro vizinho.

Não podia dizer que já sabia andar livremente pelas ruas sem um GPS.

Pelo menos fez alguns poucos colegas, todos da oficina do tio.

Tinha sorte de ser um bom mecânico e não precisar sofrer, indo atrás de um trabalho qualquer. Só assim para agradecer ao nepotismo. Sabia que, com sua graduação em administração, conseguiria algum trabalho atrás de uma mesa, num escritório.

Mas, sejamos sinceros, preferia mil vezes trabalhar perto de motores e óleos.

Avaliava, uma última vez, um Cadillac azul, junto de um dos colegas novos. Jung Hoseok era um coreano, assim como Jeongguk, que se mudou para Miami com o pai há cinco anos, e acabou montando a vida por ali.

Tinham se dado bem logo de cara. Hobi era animado e agitado e otimista e Jeongguk gostava de pessoas sempre com uma energia positiva. Fazia parecer que tudo estava bem e que, se não estivesse, iria ficar.

— Ah, cara... Eu tenho que criar vergonha na cara e sair pra conhecer essas ruas direito. Se me jogarem sozinho nessa merda, sem a porra de um celular, eu nem consigo voltar pra casa — Jeongguk resmungou, limpando uma pequena linha de suor de sua testa.

Estava um dia bem quente, apesar de ser início do outono. Contudo, não estava abafado como costumava ser em Albuquerque, e ele gostava daquela sensação. O vento úmido e fresco entrando na oficina e balançando seus cabelos. Ainda assim, pensava em convencer o tio a consertar o termostato. Para quê servia algo que só ajudava no inverno?

Ele também sentia calor!

Hoseok riu e se aproximou mais do amigo, limpando a graxa da mão com um paninho encardido que ele guardava no bolso de trás da calça jeans.

Todos guardavam o paninho encardido ali.

— Você precisa mesmo sair mais — observou Jeongguk fechar o capô do carro, dando o serviço como terminado. — Hey, se liga. Tem uma festa hoje de noite. Tá a fim? Lembrei que você toca violão... A gente vai fazer um som por lá.

— "A gente" quem? — perguntou, apoiando a cintura no carro e cruzando os braços por cima do peito.

Queria se enturmar, mas, antes, precisava saber com quem. Gostava de ter o controle das situações em que se metia.

— Uns amigos meus. Você não sabe quem são, mas eles são legais. E você tá dizendo que precisa conhecer mais as coisas. É bom que você já vai conhecendo os lugares certos — Hoseok fez uma cara engraçada quando tentou fazer uma careta sugestiva e Jeongguk acabou rindo.

Estava tentando criar uma amizade com Hobi e, para que isso acontecesse, precisava confiar mais nele. Com isso na cabeça, decidiu concordar. Afinal, carecia de uma festa. Necessitava beber e dançar e transar.

Já estava há tempo demais sem isso.

— Fechou. Me manda o endereço por mensagem — começou a se afastar, a fim de ir aos armários. Seu expediente tinha acabado e agora trocaria de roupa e se aventuraria novamente pelas ruas da sua nova cidade. Mas parou para acrescentar: — Você lembra que eu não trouxe meu violão, certo?