07. ACROBACIAS 2

227 56 45
                                    

OLÍVIA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

OLÍVIA

Ainda encostada na porta, pensava que eram só peitos e que eu deveria agradecer por ele não chamar a polícia ou me escurraçar dali. A cadeia é pior, a cadeia é pior... Eu repetia como um mantra fechando os olhos.

Vagarosamente ergui a blusa pela barra carregando o top apertado de ginástica junto. Os olhos dele foram atraídos para meus seios e eu não pude me sentir mais no fundo do poço. Até onde eu iria por Benjamin Barnes? Qual era o meu limite pelo homem que eu amava? Estava completamente horrorizada em descobrir isso, envergonhada.

Matt passou a língua em seus lábios sorrindo em me ver diante dele naquela situação, ele parecia se divertir muito com aquilo.

— A gente não costuma ver essas coisas por aqui. — Ele sorria, enquanto eu queria sumir diante de tudo o que acontecia.

Aquela situação iria morrer comigo e jamais ninguém poderia saber o que foi que eu me meti. Que situação humilhante, mostrar meus seios para seguir meu ex-noivo! Tudo me dizia para abandonar aquela missão idiota, mas era tarde!

Se tivesse parado por ali... Mas cinco minutos depois a coisa já estava em outro patamar.

— Você não me disse que era para eu ficar desse jeito! — Quase gritei quando ele empurrou minha cabeça para baixo de um carrinho de bebidas. Era desconfortável, apertado, totalmente ridículo.

— Fica quieta e não se mexa! Você queria ficar ao lado da mesa de seu advogado e você vai ficar!

Eu tinha que ser contorcionista para ficar do jeito que Matt me colocou naquele pequeno espaço.

— Eles vão tomar champanhe? — perguntei quando vi o balde bem lustrado em cima da mesa.

— Devem estar comemorando algo. — A maneira como disse era evidente a provocação. — A partir de agora fique em silêncio se não quiser sair daqui algemada.

Matt abaixou a grande toalha branca e empurrou até algum metros de distância que pareceram quilômetros para mim, naquela ansiedade e naquela adrenalina. Um filme passava na minha cabeça de tantas lembranças que aquela voz me causava.

É muito bom esse lugar, não Benjamim? — A voz da mulher era enjoativa para mim, me causava ânsia.

Muito bom, sempre gostei de vir aqui, a carne daqui é simplesmente maravilhosa. Devia ter te trazido há mais tempo.

Como podia dizer aquilo? Um absurdo total trazer outras em meu lugar.

Vim aqui com Thomas uma vez, mas sempre comíamos a mesma coisa. — E ainda por cima ela também tem outro! Quanta conveniência, os dois amantes!

E a champagne? — A maneira como Ben conversava com a mulher parecia de grande intimidade e aquilo me fazia ficar com mais ciúmes. A voz dele era calma e carinhosa, diferente de como falava comigo naqueles últimos meses em que estivemos juntos.

NENHUMA RAZÃO ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora