Brilhos

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Em uma aconchegante manhã de outono se encontrava um pequeno-grande Yunho todo duvidoso e confuso em seu quarto sobre o que escrever em sua redação, a mesma que sua professora Yuri havia pedido semana passada como prova final e realmente já tinha enrolado um bocado para começar mas não tinha culpa se os video games e brincar na rua eram passatempos e tarefas mais legais para uma criança de oito anos, mas seus papais tinham razão poderia ficar burro com a cabeça cheia de vento ou pior, poderia ser levado pelo bicho papão se não cumprisse seus deveres e fosse um bom menino respeitando os mesmos e fazendo seus deveres. Se encontrava em sua mesinha de estudos pensando em como escrever algo especial sendo mais exato sobre "Amor incondicional" esse foi o tema proposto, mas como poderia escrever sem uma idéia Central, um motivo, alguma coisa ou alguém, descansou seu queixo na palma da mão em busca de idéias em sua pequena cabeça confusa, gostava de jogos, brincar, música e de dançar mas nada parecia despertar sua criatividade à escrever um lindo texto cheio de açúcares e pensamentos refrescantes, nada a não ser 'ele', outro pequeno-grande que era seu melhor amigo desde a cestinha da cegonha que certamente dividiram, era menor que Yunho e um tanto mais enérgico e abobalhado na maior parte do tempo, mas dono de olhos brilhantes e profundos para uma criança  sem dúvidas seu  grande charme era esse.
Yunho se ajeitou melhor na cadeira ponderando seus pensamentos recentes e, os brilhos, os bendidos brilhos que tinha em seu olhar, os brilhos que o faziam se encantar e admirar a imensidão escura repleta de estrelas e constelações que ele era, sua criatividade havia sido aguçada e idéias rodeavam sua cabeça como estrelinhas brilhantes tudo estava mais fácil agora, logo começou a escrever sem nem ao menos perceber, amava a sensação de dominar a situação e ter controle do assunto trabalhado tanto que podia ler no papel azulado que suas palavaras eram sinceras e repletas de carinho e amor incondicional assim como o pedido, sentia que o amor ultrapassava o papel ao ler o texto  que fora feito com tanto apreço e felicidade, estava feliz com o resultado de seu trabalho, afinal todo o conteúdo presente ali, cada linha manuscrita com sua letra nada bonita orbitava ao redor do melhor, orbitava ao redor dele.

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Yunho se sentia cheio de energia e estava animado para ir a escola  ler seu texto em frente a turma e especialmente para um certo menino com altura avantajada, nunca esteve tão animadinho e feliz em seus oito aninhos de vida, estava devidamente pronto para se levantar da cama quando se lembrou que seu papai não havia o arcordado com o beijinho suave em sua testa como costumava fazer todos os dias, será que tinha levantando cedo demais? iria descobrir então, levantou-se de sua cama logo calçando sua pantufa felbuda toda quentinha e macia, destrancar a porta azul bebê de seu quarto sem fazer o mínimo de barulho foi uma tarefa fácil agora ir até o quarto de seus papais seria uma tarefa perigosa e preocupante, não queria que seus pais o tívessem esquecido justo no dia de ler seu texto tão bonito à classe, atravessou a extensão do grande corredor chegando a escada à descendo e indo ao quarto de seus pais sem cerimônias, depois de muito andar e passar por perigos naquele habitat natural chegou em frente a porta do quarto dos mais velhos onde o mesmo abriu sem pressa colocando a cabeça para dentro e vendo que seus papais ainda estavam dormindo, devia sim ter acordado muito cedo e de brinde acordaria seus papais junto, não queria ficar sozinho logo de manhã, era assustador e silencioso para o pequenino então levantar seus paizinhos seria uma boa idéia, se adentrou por completo no quarto aconchegante e andando na pontinha dos pés até a frente da grande cama de casal onde tomou um belo de um impulso para enfim pular entre seus papais dorminhocos.

- Papai Yeo pq você e o papai Seonghwa não estão levantados ainda eu quero ir pra escola - yunho estava enterrado em meio aos cobertores e logo viu seus pais se movendo e espreguiçado os braços pra cima em busca do celular para verificar as horas.

- Aish ainda são 7:15 ursinho faltam 15 minutos para se levantar, e olha aqui, o papai está com sono não vê meus olhos apertadinhos  - Yeosang o apertou entre os braços o fazendo ficar quieto por pelo menos mais alguns minutos até que o despertador tocasse e enfim fossem realmente obrigados a se levantar.

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