◑ Epílogo ◐

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Ouço a porta ser aberta e, de seguida, vejo o homem da minha vida passar por ela.

— Sayuri, o teu pai já chegou — digo ao pequeno ser que vem a andar o mais rápido que consegue sem cair e que se agarra à perna dele assim que ouve o que eu disse

— Também é bom ver-te minha pequena — diz com um sorriso e pega nela ao colo

Eles trocam beijinhos e abraços, uma cena que eu nunca me vou cansar de ver.

A pequena volta para o chão e eu volto-me novamente para verificar o forno com a comida que estou a preparar.

Ele caminha até mim e coloca as mãos na minha cintura, virando-me para si. Os nossos olhares cruzam-se e ele dá-me um beijo rápido quando vê que a pequena Sayuri está a olhar atentamente para a Tv.

— Olá meu amor — sorrio com a sua frase sem sentido

— Olá — gargalhamos sem nenhum motivo. Apenas tê-lo ao meu lado já é motivo suficiente para me fazer sorrir

— Hoje é o meu dia não é? — questiona ainda agarrado a mim

— Sim. Eu já arranjei tudo. Está tudo preparado para o banho dela — de repente, ela vem até nós aos tropeções

— Eu vô tonar bano mamã? — pergunta entusiasmada

— Vais querida. O papá vai dar-te banho hoje — ela dá um sorriso mostrando a sua boca com alguns dentinhos

— Iupi — ela adora tomar banho. Fica sempre contente quando o vai fazer, o que me é bastante proveitoso porque sempre que ela se porta mal eu ameaço que não lhe vou dar banho. Tenho de aproveitar enquanto ela ainda não sabe que se tem que tomar banho porque, por enquanto, não passa de um divertimento para ela

— Vai indo para lá que o papá já vai — diz com uma voz carinhosa

Ela faz o sinal de continência e desaparece. Faz sempre isto quando o Sasuke lhe manda fazer alguma coisa.

— Ela portou-se bem na creche? — questiona com um sorrisinho na cara. Ele é um pai muito orgulhoso e protetor

— Claro que sim. Hoje até fez um amigo. Um menino novo entrou e ela já foi a correr para fazer amizade com ele — o meu marido sorri com o pensamento. A nossa filha tem um coração tão bom...

— Pelo menos sai à mãe. Eu na creche estava sempre a fazer asneiras — diz e eu solto um sorriso singelo

— E como é que correu o teu trabalho hoje? — ele tornou-se parte da polícia de Konoha assim que saímos daquela "casa", há 4 anos

— Bom, a organização do Naruto andava a investigar o Orochimaru e finalmente conseguiram uma pista de onde ele possa estar escondido. Vou investigar o caso amanhã. Hoje estive só a recolher provas— arregalo os olhos com a novidade

— Isso é maravilhoso — digo e ele concorda com a cabeça

— E como vão os miúdos histéricos? — brinca e eu dou-lhe uma palmada no braço

— Não são histéricos e eu preciso de falar contigo sobre isso — ele olha para mim à espera que eu continue — Tem um menino chamado Shikadai que tem aparecido com algumas marcas roxas no corpo de uns dias para cá — digo preocupada e ele parece anotar mentalmente todas as palavras que eu digo — Acho que a mãe lhe bate — ele pensa por uns segundos

— Tudo bem. Eu vou contigo para o trabalho amanhã e vejo esse menino. Não te preocupes mais com isso — garante e dá-me um beijo rápido antes de se separar de mim — Agora tenho de ir ou ela vai matar-me — rimos do seu comentário e ele caminha a passos rápidos pelo corredor até chegar à casa de banho, saindo do meu campo de visão

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