24. Capaz de perdoar?

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Na última tarde, a Srta. Emma Campbell foi vista na rua com a sua aia. Disseram que a dama estava a caminho da costureira. O que ela estava indo fazer não é de interesse desta autora, mas devo dizer que aquele vestido que ela usava não favoreceu seu corpo. O vermelho deve ser reservado para o cabelo ruivo da dama e apenas para ele, use vestidos de outras cores na próxima vez, Srta. Campbell.

TABLOIDE DE GRUFFIN, por LADY EMYLINE.

Quando a carruagem parte, ele solta a cortina e se vira para Beth, ela não diz nada, ele também não. Os dois apenas se encaram.

- Ela deixou isso. – Beth diz e estende o embrulho para ele.

- Vou tomar um banho. – Ele diz e pega o embrulho, já saindo da sala e subindo a escada.

Beth fica na sala, sentada em um dos sofás de espuma macia, imaginando o que pode ter acontecido para ele odiar tanto a mãe.

Peter caminha de cabeça baixa pelo corredor do andar de cima, toca o sino dos criados no corredor e entra no quarto

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Peter caminha de cabeça baixa pelo corredor do andar de cima, toca o sino dos criados no corredor e entra no quarto. Ele se senta na beirada da cama e deixa o maldito embrulho ao seu lado, ele tira as botas que ainda calçava e, quando a criada chega, pede que ela prepare seu banho.

Enquanto as criadas entram no quarto com os baldes de água, ele abre aquele embrulho, por pura curiosidade, e encontra uma pilha de cartas do pai, endereçadas para a mãe. O que aquilo significava? Por que ela deixou aquilo para ele? Então ele lembrou-se das cartas que o mestre de obras lhe entregou durante a reforma, eram da mãe, endereçadas ao pai. Ele pensou que era as cartas de quando os dois eram noivos, então enfiou tudo em um canto do quarto de vestir. Peter se levantou em um pulo e foi até lá, pegou a outra pilha de cartas e voltou para a cama.

A primeira carta era da mãe, de um mês depois do seu aniversário de três anos. Ele colocou todas em ordem cronológica, as cartas da mãe e as respostas do pai. Leu cada uma delas, vendo como foi que a história realmente aconteceu, cruzando as palavras com suas memorias de quando ainda era só uma criança. Quando chegou à última, de dois meses antes da morte do pai, quando o velho marquês já estava doente, deixou todas em ordem e foi para o banheiro para tomar o seu banho e pensar sobre o que leu. Sua vida toda foi uma merda e uma mentira.

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Apaixonada por um marquêsOnde histórias criam vida. Descubra agora