Capítulo 5

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- Jimin! — eu escuto alguém me
chamar e me viro.

- Meu nome — falo procurando a
pessoa que me chamou.

Meu corpo congela quando vejo
Lisa se aproximando ofegante.

- Jiminnie, a professora montou um
um trabalho em dupla, nos dois somos faremos juntos- Lisa diz e eu sorrio amarelo.

- Ah claro, é sobre oque o trabalho? — pergunto o mais normal possível.

- Orações, coisas que aprendemos
no 9° ano, sabe, oração transitiva
e intransitiva, e etc — ela explica
gesticulando com as mãos.

- Certo, é para entregar quando- pergunto em um suspiro leve.

- Dia 07 do mês que vem
ela fala e eu concordo- me passa o
seu número para falarmos depois,
marcar o dia que vamos fazer o
trabalho e outros assuntos.

Eu coloco o meu número no
celular dela, mas antes dela ir ela
dá um beijo na minha bochecha e
murmura um "tchau ChimChim".

É estranho pensar que ela é Bissexual, sim agora o boato e esse, parece que ela corta pelos dois lados.E estranho pelos pais dela que são evangélicos fanáticos, um saco.

O  pai dela é o segundo pastor de uma igreja e a mãe dela é diaconisa, e pelo oque eu sei, eles ensinam que é pecado ser do mundo LGBT, se eu ouço uma coisa dessas, eu ia dar um banho de palavras pra colocar ética na cabeça desses canalhas.

- Ai meu Deus! Oque ela veio falar
com você?.- Taehyung fala nervoso-
ela sabe de você e do Jeon?

- Não, ela veio me falar do
trabalho de português — explico,
e Taehyung suspira aliviado.- agora
vamos que a próxima aula já vai começar.

~Quebra de tempo~

- Oque esta acontecendo com
você? — Jisoo me pergunta
enquanto eu limpo o balcão.

Eu acho que comentei com vocês
que trabalho em uma lanchonete,
e eu estou trabalhando agora,
Jisoo é a atendente do caixa
da lanchonete e minha colega de trabalho mais próxima.

- Nada, por quê? — falo sem
desviar os olhos do balcão.

- Você parece preocupado, não
sei — ela fala e continua secando
Os copos.

- Não é nada de mais, é só um
trabalho da escola — eu minto
achando a primeira mentira
convincente que encontro.

- Quer ajuda Jimin? Sabe, eu já terminei a escola então posso ajudar- ela se oferece colocando o pano de prato nos ombros me olhando.

- O trabalho é em dupla, obrigada
por oferecer ajuda, prometo que
se tivermos dificuldade eu irei te
procurar - falo e ela sorri fraco
concordando.

- Park, o Jackson quer falar com
você — Beak fala e eu prendo a
respiração.

Jackson é o meu chefe, fiquei com medo, por que o medo? Simples, ele está fazendo um corte de funcionários, e eu não posso ser um dos cortados.

Eu sorrio fraco para Beak e
caminho em direção a sala
do do chefe.

Bato na porta e escuto um
sonoro "entre".

- Beak disse que você me chamou
— falo e ele concorda fazendo
um sinal com as mãos para mim
encostar as portas.

- Pode se sentar Park — ele
mostra a cadeira e eu balanço a
cabeça negativamente.

- Prefiro ficar de pé, mas obrigado- falo e ele concorda.

- Acho que já chegou nos seus
ouvidos que vou ter que fazer um de
corte funcionários de pelo menos
cinco pessoas né? — ele pergunta
e eu concordo com um movimento
da cabeça – e com o tempo que
trabalha aqui sabe também que
eu odeio ter que demitir alguém,
concordo novamente — mas
é necessário.

Continuo olhando-o com a postura
reta, e firme.

- Desculpe Jimin, mas você está
demitido — ele fala com pesar no
olhar. Eu engulo em seco e prendo
a respiração.

E as contas de casa? E as contas
que meu pai deixou!

- Aqui está o salário desse mês, hoje é o seu último dia na lanchonete — ele fala bem triste.

- Certo, obrigado pela oportunidade Wang— falo sereno e ele concorda com um movimento e então eu pego o
envelope de dinheiro com o meu
salário, que estava nas mãos dele
e saio da sala.

- Eai? O que foi? — Jisoo me
pergunta e eu suspiro.

- Eu fui demitido — falo e sorrio
fraco — sou a quinta pessoa.

- Oh Chimmy eu sinto muito, sei que precisava desse dinheiro —Jisoo fala colocando a mão meu ombro.

- Não tem problema — falo e ela
concorda com um sorriso triste.

Merda.

~Quebra de tempo~

Entro no meu quarto e me deito na
cama, sinto meus olhos encherem
de lágrimas e não me esforço para
segurar nem uma gota.

Começo a chorar abraçado no
travesseiro, sentindo que a cada
gota de lágrima que escorria
pelo meu rosto, o peso da falta
que esse trabalho vai me fazer,
ia diminuindo.

Minha omma está doente, ela precisa
de ajuda para parar de se drogar,
e isso vai custar dinheiro, a conta
que eu tenho que pagar vai custar
dinheiro, muito dinheiro, oque
vamos comer amanhã? Sem o
dinheiro para comprar comida não
temos nada. Como vamos pagar o
aluguel da casa?

Por que tudo tem que ser
tão difícil?

Me leviano ainda chorando e entro
no banheiro, olho vario remédios
espalhados pelo armarinho do
banheiro.

Eu poderia apenas dormir.
Pego um vidrinho de remédio e
abro-o vendo varias cápsulas de
comprimidos dentro.

Sinto meu coração acelerar e as
lágrimas ficarem mais forte. Não
posso fazer isso, não posso fazer
isso com minha omma, oque iria
acontecer com ela?

Fecho o remédio e coloco de
volta no armário. Começo a me
despir para tomar um banho, um
daqueles que lava a alma.

Sinto a água bater nas minhas
costas e ir me acalmando aos
poucos.

Nunca foi fácil, agora ficou apenas
mais um pouco difícil do que
sempre foi.

.......

Continua....

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