Quatorze

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Hoje eu aprendi a amar... Para ser mais realista, me amar.

Desde pequena minha incomodação pelo meu corpo era nítida, as brigas diárias de aceitação era recentes. Me baseava em um corpo perfeito, em um sorriso alinhado e branco, como as propagandas de tv. Ao mesmo tempo que eu brigava e fazia inúmeras maluquices para emagrecer, nunca entendia o que era belo ou feio, isso nunca diz algo sobre a pessoa.

Me importava de mais com quantos meninos ou meninas gostavam de mim, o se me achavam bonita o suficiente para estar em meio de seu círculo social. Eu fui enganada como todos, enganada por fotos de pessoas que não existem a não serem nas redes sociais, enganada por aparências inalcançáveis. Filmes e séries onde a garota "esquisita" fica bonita no final e da uma "lição de moral" em todos.

Mas de tanto me comparar e de correr atrás de uma beleza que não existe, eu cansei. Cansei de tentar ser uma Barbie, seguida de uma vida de plástico. Minha cintura não é fina, meus cabelos são rebeldes. Eu tenho curvas talvez não como as da tv, mas curvas que são histórias, história de um bolo gostoso que comi na casa de minha vó em um final de tarde, um hambúrguer maravilhoso que comi no final de semana com meu namorado, aquela feijoada que só minha mãe sabe fazer, foram histórias no qual todas reuniram alegrias e risadas.

Independente do padrão exposto a sociedade, todas nós somos diferentes, talvez você tenho os dedos do pé diferente, talvez você tenha algumas dobrinhas no qual da seu maior charme. Mas idai? Se ame, ao ponto de se olhar no espelho e achar linda cada dobra, cada pinta e marca que a vida te deixou. Ser bonita vai muito além do que tem em redes sociais e comerciais de tv. Cada marca, cada dobra são lindas, todas tem uma história inesquecível.

Vamos esquecer os padrões e nos permitir nos amar...



Amanda Fonseca

Seja Luz (autoajuda)Onde histórias criam vida. Descubra agora