CAPÍTULO III

6.2K 1K 298
                                    

No abrigo em que cresceu, permitiu à Jimin desenvolver diversos sentimentos bons e saudáveis. Ao ter contato com aquelas crianças, que possuíam histórias de vida tão tristes, o ômega pôde dar e receber amor, compaixão, amizade e paciência. Lidar com ser humano não é uma tarefa fácil, quando o indivíduo está em fase de formação é bem mais complicado ainda. Porém com o tempo e as diferentes personalidades com quem cresceu, fizeram Park exercitar sua calma e autocontrole. Ele sabia se relacionar mesmo com o ser humano mais difícil.

Uma prova disso foi aguentar Jungah todos essas semanas que se passaram após seu casamento. Ele ainda estava em fase de adaptação à rotina da casa, mas conviver com Jungkook se mostrou algo surpreendentemente descomplicado. O alfa sempre o tratava com cortesia e amabilidade, o problema mesmo era a pestinha da filha dele. Na frente do pai, ela tratava Jimin com indiferença na maioria das vezes, porém era só Jeon sair que a criatura ficava respondona e desobediente.

Naquele meio tempo, Park finalmente havia conhecido Nayeon. Era uma senhora muito simpática e brincalhona, mas ele teve a oportunidade de conversar com ela apenas uma vez, já que apareceu apenas para avisar que não poderia mais trabalhar na casa.

A neta dela que tinha ganhado bebê a pouco tempo apresentou um quadro grave de anemia e precisava de ajuda integral. Como agora Jeon estava casado, a senhora disse que estava mais tranquila em deixar o cargo após tantos anos. O alfa se lamentou, mas não a impediu de partir, deu um longo abraço na mulher e saiu para levá-la até em casa. Jungah reclamava da velha senhora, mas ficou com olhos cheios de lágrimas quando ela se despediu. Jimin quase comoveu, mas foi só ficarem sozinhos novamente que toda a empatia se esvaiu.

Agora era o ômega quem cuidava da casa, das roupas e preparação da comida. Jungkook o ajudava na última tarefa quando estava em casa, mas a menininha se recusava a fazer serviços domésticos e se limitava a cuidar das criações.

Park não reclamava da falta de ajuda dela, mas sim de suas traquinagens. Tinha dias que ela testava sua paciência como a vez que resolveu brincar com o cachorro dentro de casa. Não que ele fosse proibir a criança de se divertir, mas ela estava com os pés cheio de lama e correu por toda a casa que ele havia acabado de limpar.

Nesse dia Park quase perdeu a compostura, mas respirou fundo para tentar se acalmar. Sabia que ela estava justamente tentando irrita-lo para demonstrar seu descontentamento com o novo matrimônio do pai. O ômega quis chorar quando viu o estado deplorável do chão, mas apenas foi até a cozinha, pegou uma laranja e começou descasca-la.

Jungah ficou o encarando, Jimin deu de ombros, terminou de comer sua fruta e disse que iria fazer o jantar. Antes de ir para a cozinha, falou que Jungkook não iria ficar feliz quando chegasse e encontrasse a sala naquele estado.

Ainda a alertou que o pai dela iria saber na hora quem era a culpada, pois haviam pequenas pegadas por toda parte. A garotinha fechou a cara, e imediatamente saiu para ir buscar um esfregão para limpar a bagunça que tinha feito. Nós últimos dias os dois estavam assim, ela tentava provocá-lo e ficava chateada quando não conseguia.

Era mais uma manhã na casa Jeon. Jimin geralmente se levantada cedo igual aos outros moradores, e todos os dias ele acompanhava Jungkook no café da manhã antes do alfa sair para o trabalho. Seu marido era sempre muito agradável, a parte complicada era quando ele se ausentava, mas Park estava decidido a dar um basta naquela situação.

Foi por isso que naquele dia foi atrás da "marrentinha" no galinheiro. Queria que sua breve estadia ali fosse a mais tranquila possível, sendo assim, precisava declarar uma trégua com a menina.

— O que está fazendo aqui? — Jungah perguntou ao padrasto assim que ele entrou no local. Ela estava com um balde na mão e jogava milho para as galinhas.

A magia da vida 🌈 JJK&PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora