Capítulo 12

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Minhas escolhas

—Samy, querida, hora de acordar – Minha mãe fala ao lado da minha cama

— Bom dia mãe – Falo com a mão nos olhos, ainda me acostumando com a claridade —desculpa te acordar, mas Klaus me ligou e disse que quer todos os atletas em frente ao Dojô as 14:00 – minha mãe fala e eu sento na cama respirando fundo

— Que horas são? – Pergunto e ela sorri

—13:30, tome um banho enquanto eu arrumo suas coisas – Minha mãe fala e eu saio correndo da cama, prendo o cabelo e tomo um banho rápido.

Enquanto comia um pedaço de bolo de cenoura com cobertura e tomava suco, respondia Ivi, que já estava na frente do Dojô junto com os meninos, peguei a mochila e sai em disparada ao dojô, mesmo sabendo que chegaria atrasada, não estava mentalmente preparada para o olhar severo do Sensei Klaus, me desculpei pelo atraso e me juntei a Ivi e os outros atletas.

— Acho que alguém acordou de mal humor – Ryan sussurra no meu ouvido e eu seguro a risada

— Boa tarde a todos e todas, agora que já estão todos aqui, devo parabenizar os atletas que foram para o campeonato, voltamos ao primeiro lugar, como recompensa revivi um velho habito que tínhamos, vamos ir até o parque, tem uma surpresa nos aguardando – Sensei Klaus fala e nos entreolhamos, questionando como iriamos até o parque

— ESTAO ESPERANDO O QUE PARA COMEÇAR A CORRER! – Sensei Klaus fala no megafone com um ar de sorriso no rosto

— Você só pode estar de brincadeira ...- Ryan fala

—NAO RECLAMEM, SÃO SÓ VINTE E SEIS QUILOMETROS! – Sensei Klaus fala no megafone subindo na sua moto enquanto ria das nossas caras

— Eu cogitei ficar em casa – Ivi fala claramente arrependida de vir

— ANDEM LOGO, CORRENDO! – Sensei Klaus fala e então começamos a correr.
O Sensei Klaus nos acompanhou de perto com sua moto e seu mais novo brinquedo, seu megafone, o que me fez questionar quem foi o doido que o presenteou com isso, enquanto corríamos Ethan reclamava pelo fato de não ter pego garrafa de agua antes de sair de casa, abri minha mochila e o entreguei a minha, Nico e Ryan bufavam de raiva enquanto eu e Ivi riamos tentando em uma tentativa bem falha, controlar a respiração e não sentir dor na costela e cansaço ao extremo, mas como eu disse, foi uma tentativa falha.

Enquanto corríamos e o Sensei falava no megafone, Nico se aproximou de mim e diminuiu sua corrida.

— Precisamos conversar – Nico fala sério enquanto corremos

—Sobre? – Pergunto com dificuldade ao respirar

—Sobre o que somos ou o que podemos ser – Nico fala e eu diminuo a velocidade da corrida

—Somos amigos Nico, nada além – Falo e ele bufa

—Sério Samy, você costuma beijar seus amigos? Eles também fazem seu coração disparar e você se acalmar em situações de pânico? Amigos não se olham como a gente se olha – Nico fala e eu permaneço em silencio

— Eu já pedi para você ficar longe – Falo desviando do seu olhar

—É isso que você quer? – Nico fala me encarando

—É o certo – Falo e ele toca o meu braço me fazendo olhar para ele

— Para de me mandar embora Samy, um dia eu vou ir e não vou mais voltar – Nico fala e sinto um arrepio, a possibilidade de perde-lo, de certa forma me assusta.

Corações PerdidosOnde histórias criam vida. Descubra agora