Alison Brooks e Chase Hampton tiveram um curto e intenso relacionamento no colegial, daquele tipo que você lê em livros e vê em filmes. Até que um dia, sem explicação nenhuma, Alison termina as coisas entre eles e vai embora, deixando para trás Chas...
"Então, antes que você vá Havia algo que eu poderia ter dito Para fazer seu coração bater melhor? Se eu pelo menos eu soubesse que você tinha uma tempestade para enfrentar." — Before You Go, Lewis Capaldi.
ALISON BROOKS
Minha respiração estava acelerada enquanto Chase e eu corríamos no meio da chuva. Mesmo com a água gelada deixando nossas mãos escorregadias, nossos dedos continuavam entrelaçados. Sua risada vibrava pelo meu corpo inteiro e eu podia sentir meu coração batendo de uma felicidade genuína.
Senti sua mão me puxando em direção a uma lanchonete fechada, onde sobre nós havia uma cobertura estreita, o que me deixou espremida contra ele. Não que eu me importasse, óbvio. Seu abraço era meu lugar favorito.
— Essa noite foi um desastre total, Ali. Sinto muito. — pude ouvir Chase murmurando, com a cabeça apoiada na minha.
— Ei, não fale isso. Foi ótima nossa noite, estávamos juntos. Isso que importa, certo? — mexi minha cabeça para chamar sua atenção. e então seus olhos estavam presos nos meus.
— Não, era pra ser a noite perfeita. Eu tinha tudo planejado, estive pensando nisso por semanas. — eu podia sentir a frustração presente em sua voz, seu rosto estava franzido enquanto mordia os lábios em nervosismo. — Se eles não tivessem cancelado nossa reserva por causa de dez míseros minutos de atraso, estaríamos lá.
Passei meus dedos pelo seu rosto molhado, memorizando cada mínimo detalhe. Eu queria me lembrar dele para sempre, eu queria lembrar desse momento para sempre. Chase fora sempre tão atencioso em nosso relacionamento, ele se dedicava tanto para cada minuto ser perfeito. Deus, eu era tão sortuda.
— Por que está tão preocupado com isso, querido? Ainda dá tempo de ir em outros restaurantes da cidade ou então podemos passar no mercado e comprar pizza para fazermos em casa. Você sabe que eu não me importo com essas coisas — tentei ser gentil em cada palavra. Eu era grata pela preocupação dele, mas não me importaria se ele me levasse para comer um cachorro-quente na esquina de casa. Ainda assim seria perfeito.
Chase respirou fundo enquanto desviava o olhar, sua boca se abriu, mas ele logo pressionou os dois lábios olhando para o chão. Me aproximei dele mais ainda e, em um sussurro, perguntei:
— Ei, Chase. O que houve? — eu, claramente, conseguia perceber o quão nervoso ele estava, mas por quê?
— Eu, hm... Eu planejei essa noite para te fazer um pedido de namoro, com anel e todas aquelas coisas. — seus olhos carentes e apaixonados estavam me analisando.
Por um momento, eu fiquei paralisada, o que só aumentou o nervosismo dele. Mas, em minha defesa, ele também tinha me deixado nervosa, ok?
— Eu sei que tínhamos combinado de irmos devagar, que combinamos de não darmos um nome ao que temos e que talvez você ache muito cedo, mas eu não. Eu nunca pensei que um dia ia sentir o que eu sinto por você, Ali. — Chase, depois de alguns segundos, continuou: — É tudo tão fodidamente confuso aqui dentro — ofegante, ele colocou minha mão no seu peito. — E a única certeza que eu tenho é que eu quero você. Na minha vida. Por completo. Por favor.
Senti minhas bochechas esquentarem e meus olhos arderem, meu peito nunca esteve tão acelerado que nem agora. Existia tanta coisa por trás das minhas inseguranças e crises, coisas que eu nunca teria coragem de contar para Chase.
E naquele momento, eu me permiti ser egoísta. Eu disse sim, mesmo que uma parte de mim implorasse para dizer não. Mesmo com a certeza de que eu não poderia dar tudo de mim para ele, eu disse sim. E então ele me beijou, nossos lábios ainda estavam molhados e gelados causando um arrepio no meu corpo. Com cuidado eu ia beijando cada parte do seu rosto, torcendo para nunca esquecer o gosto dos seus lábios.
Uma parte de mim tinha certeza de que aquilo não seria duradouro e que eu acabaria estragando tudo. Bom, ela estava certa. Foram os meses mais intensos da minha vida. Sim, meses. Eu e ele duramos só alguns meses. Por quê? Porque ele tinha voltado. Ele tinha voltado para a cidade. Ele era o meu maior medo, e então eu fugi. Deixei para trás minha mãe, meu irmão, meus amigos e Chase.
Por mais que eu sentisse meu coração quebrando em milhares de pedaços, nem por um segundo olhei para trás.
Só corri.
Para longe dele.
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