O colégio Frankly que fica na capital Bismarck na Dakota do Norte, quem passa por perto e não mora ali pensa que é um simples colégio, mas só quem o conhece de verdade sabe que não é um simples colégio e sim o melhor para quem quer ser líder de torcida ou atleta do time de basquete. Esse colégio funciona assim, pra quem quer ser o popular, precisa fazer parte do time de basquete ou da equipe de líderes de torcidas, pelo simples e orgulhoso fato, segundo o diretor, deles terem ganhado diversas competições seguidas, o time de basquete ganhou 8 vezes nos últimos 17 anos e a equipe de líderes ficaram em primeiro lugar 6 vezes durante este mesmo período, então o colégio Frankly e aqueles que estudam lá se orgulham disso.A senhorita Mary, passa pelo corredor parando em frente a exposição de troféus parando ali mesmo e os encarando, claro que ela se orgulha do esforço que os alunos tiveram no esporte mas um outro é único troféu lhe chama atenção, o último que ela é seu clube tinham ganhado há muitos anos atrás quando ela era ainda uma aluna, aquilo bateu saudade em seu peito e sem querer acabou derrubando uma lágrima, lágrimas de saudade, ela lembrava como se fosse ontem seus dias de glória, cantando e dançando, no mesmo mural ao lado da estátua tinha uma foto da sua turma e ela segurando o troféu. Ela estava tão distraída olhando para foto e pensando que nem percebe uma mão em seus ombros, ela se vira e depara com Calvin seu colega de trabalho e amigo, o mesmo estava tomando uma xícara de café mais cedo e viu a "sua" Mary passar pelo corredor, ele era apaixonado por ela desde o dia que a viu perdida pelos corredores há 17 anos atrás, enfim, ele tinha visto ela passar pelos corredores e a seguiu, não conseguiu evitar de por a mão em seu ombro quando a viu chorar, ele não gostava quando via ela assim.
— Oi Calvin, eu não te vi — senhorita Mary diz secando suas lágrimas rapidamente, ela não gostava que ninguém a visse chorando.
— Está tudo bem? — ele pergunta para ela com a sobrancelha erguida, ela assente com a cabeça e sorri o que o deixou mais tranquilo, para ele quando ela sorria fazia seu mundo brilhar, era um pouco clichê mas era assim que ele se sentia.
— Eu só estava lembrando da época que estudava aqui, dos meus dias gloriosos no clube do coral— ela diz dando uma leve risada.
Calvin tinha esquecido que senhorita Mary já foi aluna do Colégio Frankly e quanto a ela sentir falta dos velhos tempos, ele sentia o mesmo, antes de fazer faculdade, música era sua paixão e até tentou montar uma banda com seus amigos mais próximos na época, mas não deu certo, só que enquanto durou foi como se o céu estivesse na terra para ele, quando ele viu que não estavam fazendo direito, cortou os ensaios e os "eventos" que eles faziam e começaram a tocar apenas por hobbie, mas ele começou a faculdade e seus amigos casaram e tiveram filhos, ele perdeu contato com alguns dos seus amigos e com outros ainda mantém, e se encontram umas duas vezes ao ano mas as coisas não são como nos velhos tempos, ele não é mais o roqueiro apaixonado por música e seus amigos tem outras coisas para se preocuparam infelizmente.
— Eu te intendo perfeitamente, eu já tive meus tempos de glória também, mas olha pra mim? Eu envelheci e amadureci.
— As coisas mudam, olha para esse colégio, antigamente ele era o lugar das artes e hoje estão desvalorizadas infelizmente.
Enquanto senhorita Mary e Calvin conversavam sobre seus tempos de glória, do outro lado do corredor 3 amigos queriam fazer a glória, na sala do coral, Stuart Nelson, Alana Tompson e Nicolas Mendes estavam reunidos para uma reunião que Stuart avia convocado mais cedo, durante os poucos anos de ensino médio, Stuart sempre tinha visto as pessoas daquele colégio darem valor a coisas relacionadas a esporte, aquilo o encomendava, claro que ele reconhecia que todos as medalhas ganhadas pelos atletas tinha sido merecido, afinal eles se esforçavam para isso, acontece que Stuart sempre se esforçava para tudo que amava e nunca era reconhecido por ali, fazia vídeos no YouTube e não ganhava muito mérito, as únicas pessoas que o elogiava era seus amigos, só dois no caso, e sua mãe.
— Eu convoquei essa reunião para dizer algo muito importante — é claro que era importante, se não ele não teria chamado.
— Jogaram suco estragado em você de novo? — Nicolas pergunta levantando uma das suas sobrancelhas, ele fazia aquilo sempre que estava tenso, quanto ao jogaram suco neles, aquilo acontecia consequentemente, e não era suco normal e sim estragado, quem fazia aquilo era Éric Cooper e sua trupe do terror, como os três os chamavam, o Éric e todos atletas do time de basquete.
— Não, isso não é tão importante — Stuart diz sério — eu chamei vocês por outra injustiça que por anos tem acontecido neste colégio. Como vocês sabem o clube do coral não tem tido destaque por muitos anos, acho que desde 2003 quando o novo diretor entrou as artes parece que perdeu seu valor e começaram a focar nos esportes, pois como podem ver o colégio Frankly tem ganhado várias competições e torneios de basquete e líderes de torcida.
— Tá mas onde as artes entram nisso? — Alana pergunta já ficando um pouco sem paciência, claro que assim como o amigo ela amava as artes, ela sempre amou dançar.
_ Nós como amantes da arte devemos mostrar para todos os alunos que estudam aqui, que não tem problema se seu sonho é se tornar cantor ou dançarino, se algum aluno daqui tiver talento será bem vindo para fazer as audições e se apresentar conosco.
— Como assim se apresentar com agente? — Nicolas pergunta com medo, ele não se sentia confortável em cantar na frente de uma plateia, gostava de cantar sozinho e as vezes quando ele estava de bom humor, com os amigos.
— O que eu quero dizer é que, vamos fazer renascer o que estava morto, reerguer o que estava caído, vamos fazer o clube do coral se tornar popular de novo. — Stuart ergue a cabeça e sorri para os amigos, Alana não deixa de escapar um sorriso de orelha a orelha, por mais que ela achava um pouco difícil aquilo, não custava tentar, o duro era achar mais integrantes, pois o diretor fazia a cabeça dos alunos que as artes não eram boas para o crescimento acadêmico deles, já Nicolas estava com medo e com o pé atrás.
— Eu não sei se quero participar disso não, para vocês eu até canto, mas na frente das pessoas? — Nicolas diz cruzando o braço, ele estava preocupado.
— Qual é Nick, pensa no quanto vai ser divertido e bom para nossa carreira, aliás esse medo do público passa, mas só passa se você enfrentar — Alana diz olhando para o amigo que ainda está ressentido de apoiar aquilo.
— Além disso, o clube pode abrir portas para faculdades, de música ou de dança.
Nicolas pensa um pouco sobre aquilo, seu maior sonho era fazer faculdade de música e ser cantor, mas sua timidez fazia ele pensar melhor e seguir carreira de arquiteto assim como seus pais seguiram e hoje estão aposentados, ele podia fazer aquilo, ele era bom em geometria, mas para ele era uma chatice ficar desenhando plantas de casas e calculando o tamanho delas, talvez esse clube o ajudaria com a sua timidez e seus amigos estariam ali para ajudar mais ainda.
— Então, o que diz Nick ? Vai nos apoiar? — Alana pergunta com os braços cruzados e um sorriso.
— Tá bom, mas vocês vão me ajudar com minha timidez.
Perto da sala do coral, senhorita Mary estava escutando a conversa dos seus alunos bem atenta e pensa se devia ou não ajudá-los, talvez ajudar o clube se reerguer poderia abrir portas e fazer ela voltar para Broadway ou quem sabe ser a grande diretora de grandes musicais, mais para isso ela tinha que dar apanhas cinco passo e é isso que ela fez.
— Eu também quero ajudar vocês — ela diz entrando na sala com um sorriso no rosto — desculpe mas não pude deixar de ouvir essa conversa, quando eu estudava aqui, esse clube era mágico, nós éramos as estrelas que brilharam até depois de eu ter me formado, ao mesmo tempo que vi esse clube brilhar e participei do seu brilho, eu também vi esse brilho desaparecer e agora, eu quero fazer o clube brilhar de novo, se me permitirem, eu quero ajudar vocês a fazer esse clube se reerguer.
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Clube do coral
RomanceEm uma escola, onde ser atleta ou líder de torcida é estar no topo, onde as artes não são tão valorizadas e participar do clube do coral e estar no subsolo da pirâmide. Quatro amigos com um sonho é um talento tentam reerguer o clube com a ajuda de u...