Shit!!

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Josh

Hoje finalmente a estrada está tranquila.
Alívio. Paro o carro no sinal vermelho e no pouco
tempo que tenho, descido procurar o endereço do
meu cliente nos bolsos da calça. Uma batida forte
na traseira do carro faz o meu corpo ser jogado para
frente e retorno batendo minhas costas no
banco. Logo, encontro-me rezando, pedindo para
que o estrago não seja onde estou pensando, por
mais óbvio que isso seja. Junto minha coragem ao
olhar para trás e fechar meus olhos com força.
Merda!
Mesmo estando com meu corpo tenso e
travado, tenho forças para tirar o cinto de segurança
e sair do carro. Caminho lentamente pedindo ao
meu bom Deus que isso não seja verdade.
― Mas que... ― fecho minha boca
reprimindo um palavrão. Eu tento, eu juro, mas não
consigo. ― Porra! ― exclamo passando as mãos
em meus cabelos e os puxando com força.
Olho para o lado vendo o New Beetle rosa
com o capô e o para-choque amassados. Pego-me
desejando que o estrago seja ainda maior,
principalmente quando escuto o chiado do motor. A
traseira do Mercedes que eu dirigia está amassada e
arranhada, lá se foi minha pintura. O pior é que eu
estava indo entregar este carro para o cliente e iria
receber uma grana extra pelo adiantamento. Fico
exasperado, andando de um lado para o outro
xingando friamente quem quer que seja que dirigia
aquele fusca fresco.
Um grito fino e irritante me faz rir sem
humor. É claro, mulher! Ah... Mulheres, criaturas
divinas ao mesmo tempo com um péssimo hábito
de dirigir, principalmente, aquela que por sinal não
conhecia nada sobre direção. A voz que segue fina
e chorosa atrás de mim me deixa com o sangue
fervendo, eu estou perigoso, eu estou irritado, sai
da frente...
Viro-me nervoso, tentando manter a calma,
mesmo que meus esforços sejam em vão. Certo, ela
é baixa, com os cabelos castanhos presos no alto da
cabeça, está de saltos, calça branca apertada e uma
blusa justa cor de pele; só de ver o seu perfil físico
já me faz revirar os olhos com repulsa. O seu rosto
está rosado e o batom de sua boca está borrado.
Agora está explicado! Ela dirigia enquanto se
maquiava? E de saltos? Típico, típico.
― O que você fez? ― Hein? Ela aponta
espantada para o seu estrago e me encara, recuando
um pouco ao me olhar de cima a baixo.
Que bom que te deixo com medo, baby,
penso com sarcasmo. Mas garotas como ela
estou cansado de ver.
Os seus grandes olhos castanhos me avaliam
assim como os meus ferventes como brasa.
― O que eu fiz? ― disparo nervoso. ―
Vem cá, você não viu um carro parado à sua
frente?
― A culpa é sua por parar de repente. ―
Ela está me acusando por sua destruição?
― Não foi por que o sinal estava vermelho?
― Olho para ela, demonstrando o quanto ela é
desinformada. ― Leis de trânsito, senhorita.
Ela empina o seu pequeno nariz para mim.
― Pois você vai ter que pagar por isso ―
ela dispara e é como um golpe para os meus nervos.
― Olhe para meu carro novo?
Fico boquiaberto e me recuo, querendo
socar qualquer coisa à minha frente, mas devo me
lembrar de que o Mercedes já tem estrago
suficiente para isso.
― Eu? ― Cuspo no chão e ela me olha com
nojo. ― A culpa não é minha se uma louca,
destrambelhada de cabeça oca, bate bem na traseira
do meu carro e não conhece nada sobre as Leis de
trânsito!
Sua boca rosada e manchada de batom se
abre com surpresa e vejo a fúria em seus olhos.
― Você não sabe com quem está falando!
― ela diz ríspida, perdendo a voz fina, dando-me
sua reação felina.
Essa eu quero ouvir. Cruzo os meus braços
e inclino a minha cabeça para ela, fingindo ser um
idiota.
― E com quem eu estou falando? ―
desafio.
Ela pisca desconcentrada, olhando toda à
sua volta.
― Você... Você não tem nenhum direito de
falar assim com uma dama! ― A garota empina o
seu nariz pequeno novamente.
Eu não posso acreditar que ela pode ser tão
petulante, pensei que a Era da Cinderela já havia
passado. Solto uma gargalhada.
― Dama? Você? ― Aponto para ela. ―
Acabou de bater na traseira do meu carro, se tivesse
um fiscal por perto diria que você está alcoolizada.
― Isso é mentira ― ela diz surpresa, com a
mão no peito. ― Estou em perfeitas condições. A
única coisa que tomei foi uma água tônica. E...
bem... o meu pai pode pagar pelo estrago.
― Seu pai?
Olho para ela, vendo o seu sorriso aberto e
perfeito. Oh não... Isso não é a mesma coisa que
arrancar grana dela, que foi quem causou o estrago.
Avalio; é rica, mas é sustentada pelo pai, é
claro. Passo as mãos nos cabelos novamente, eu
não vou ficar aqui discutindo e ouvindo tal absurdo
dessa mente pequena e filhinha de papai.
Viro-me seguindo direto para o Mercedes,
enquanto escuto seus protestos atrás de mim.
― Aonde você vai? Hey... Hey!
Entro no carro colocando o cinto, ela bate
na janela, abro-a e a escuto perguntar saber para
onde vou.
― Consertar o estrago que você fez ― digo
ligando o carro.
― E-e-eu? ― ela pergunta parada,
mordendo o seu lábio inferior borrado.
É cômico, confesso, principalmente quando
os seus lábios continuam borrados. E ela está
tentando dar o seu melhor olhar, erguendo a
sobrancelha e mirando fixamente. Isso é o melhor
que você sabe fazer, baby?

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Oie traviesos

Primeiro capppppppppp

Gostarama????
Ate amanhã♡︎
Xoxo, Luna✨

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