Capitulo 15

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O dia seguinte foi igual ao de ontem, cansativo. Passei por muitos postos mas estive hoje mais nos postos que os profissionais costumam estar. O que não me sai-a da cabeça e que me desconcentrava é aquele sonho, perguntava-me se o Sunjay é mesmo assim ou é só na minha imaginação. Ele não parece ser uma das pessoas mais simpáticas do mundo mas acho que não iria matar um aliado.

Na hora do almoço todos estavam na mesa a rir-se e só quando comecei a prestar a atenção a eles é que tinha percebido qual era a razão por qual eles estava a rir, o Moss esta hoje a tentar proteger os gémeos do distrito 12 dos profissionais, que estavam a gozar com eles, porque sinceramente eles não tem jeito para nada que seja para matar. Mas houve algo que me mexeu por dentro e meteu pena do Moss, olhei para ele, que esta na mesma mesa que os gémeos, ele parecia aborrecido mas ao mesmo tempo a ficar irritado por perceber do que é que tratavam.

-A mãezinha tem que estar sempre a vigiar os seus filhos não acham?- diz o rapaz do Distrito 2 que se chama Ashton e todos a minha mesa rirem-se.

Ele não proferiu mais nada porque não conseguia parar de rir. Olho outra vez para o Moss e vejo que ele esta prestes a levantar. Abano a cabeça mas ele continua a tentar levantar e desta vez estou a abanar a cabeça para ele com mais força. Ele não se levantou, viu que eu estava a implorar que ele não fizesse isso. 

Depois de almoçar fui ao posto de alimentos venenosos onde esta o Moss.

-Estas bem?- ao perguntar-lhe disfarço que estou a ler algo.

-Porque é que estas a importar comigo e porque é que não querias que eu fosse? Sim eu não fui ter com ele para dar um murro só porque reparei que tu estavas a implorar, mas se eu lhe desse eles não se metiam mais comigo.

-Não sei porque é que estou a importar contigo mas eu acho melhor não arranjar confusões antes dos Jogos começarem.

-Pois, é melhor meter com eles quando eles tentarem-me matar.-diz-me ele com um tom irritado mas tentando não levantar muito a voz, ele não quer ser outra vez o centro das atenções.

-Se tu lhe deres razões para atenção…

-Vão me querer matar? Eles querem matar qualquer um até mesmo que sejam aliados.- desta vez nem vi um sinal de um sorriso na cara dele.

-Mas porque é que iam matar um aliado? -digo confusa. 

-Espera,-desta vez demostra um sorriso de gozo- tu és aliada deles e achas que eles não te querem matar?-ele ri- Quando só restarem vocês eles vão começar por matar os mais fracos primeiro.- voltou a estar serio.

-Estas a chamar-me fraca?- sinto-me um pouco ofendida por aquelas palavras.

-Achaste mais fortes que eles?

Não era, mas conseguia desviar-me muito rápido de uma seta ou uma faca mas o problema é que se me agarrassem não teria força para me libertar deles.

-O que é que queres dizer com isso tudo?

-Eu quero dizer que eles vão matar a todos nós. Vão é claro mostrar confiança porque eles sozinhos não conseguem matar, um grupo é mais temível do que uma só pessoa.

Ele só olha para mim e não diz, também não digo não e concentro-me no livro que estava a minha frente sobre plantas venenosas.

5ª Edição dos Jogos da FomeWhere stories live. Discover now