5ª Edição dos Jogos da Fome

Capitulo 19

Sento-me ao pé do entrevistador.

-Está uma linda noite não esta?-pergunta-me ele com um entusiasmo.

-Esta pois, não podia ser mais bela.-sinto-me super nervosa, espero que isso não se note nas camaras.

-Vou direto ao assunto, conte-nos, como se sente ao ser uma das mais novas e ter tal pontuação?

-Eu sinto que há uma probabilidade de ficar durante algum tempo na arena, pelo menos, e que as vezes não depende da idade para ser o melhor ou o pior, depende de nós próprio.

-Concordo plenamente consigo. O seu vestido da apresentação e este são deslumbrantes, acha que o seu estilista fez um bom trabalho?

-Eu acho que ele fez mais que um bom trabalho, ele pôs o seu amor e carinho noeles e eu sinto isso e sinto-me tão bem dentro deles. Não podia ter um melhor estilista.- oiço uns "oooohhhh" na plateia. 

-Agora uma pergunta mais haver consigo, como foi despedir da tua família?

-Foi doloroso ver as lagrimas deles a cobrirem a cara, sabendo que vou estar longe deles, não sabendo como é que voltarei, viva ou morta, se foi um até breve ou um adeus. Algo que me magoa até agora, e uma coisa que eu quero que eles saibam é que eu os amo, com o meu coração.- estava a proferir estas palavras a tentar conter as lagrimas até que já não tinha mais força e deixei algumas cair.

-Ira ganhar, vai ver e voltará a ver os seus pais e não terá de sofrer mais.- diz-me ele dando-me a mão e levantando-se e eu faço o mesmo- Senhoras e Senhores, Lucy Johanson.

Saio do palco e vou ter com o meu mentor e ao ver-me ainda com as lagrimas ele abraça-me, juntando-se também a Nikkie, o Armon e a Clarysse. Neste momento eles são a minha família.

Quando chegou ao fim todas as entrevistas fomos para cima para o nosso apartamento. O Alex foi ter comigo a perguntar se estou bem Ele também da-me um abraço e com isso sentia-me segura de alguma forma.

-Eu mostrei-me fraca. -digo-lhe – agora eles vão pensar que sou um alvo fácil.

-Não te preocupes com isso, arranjaremos forma de mostrar outra vez que és forte o suficiente. Por acaso eu tenho uma forma.

-Qual?

-Terás de matar os gémeos do distrito 12.

Eu não tinha acabo de ouvir isso, não quero, eu não quero matar ninguém.

-Eu sei que é difícil mas tem que ser e não vai ser difícil de mata-los pois são os mais fracos.

-Eu não quero matar ninguém.- não quero mesmo, eu não vou conseguir viver com isso.

-Mas se quiseres sobreviver vais ter de matar.

Ele tem razão mas ao mesmo tempo não.

-Tu parecias fraca, é uma coisa, mas agora estas a demostrar ser fraca, estas apoderada pelo teu medo de matar, queres mesmo isso?-essas palavras magoaram-me.- Pensa bem no que eu te disse e depois diz-me alguma coisa. Vai ser difícil ao princípio matar alguém mas depois essa dificuldade passa. 

-Será mesmo a melhor opção?- questiono.

Ele afirma que sim com a cabeça.

-Okay. É melhor eu ir dormir, amanhã acordamos cedo.

Não parava de pensar sobre o ato de matar, eu não quero matar ninguém, será que o Alex tenha razão? Será que a única forma de mostrar que sou forte o suficiente é matar?