ANO 4 - Equação

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Desculpe pela demora para atualizar 😅
Boa leitura!

* * *

— Eu não gostei dele – Disse Bianca, e Zoe bufou, revirando os olhos.

— Claro que não, você não acredita no amor!

— Eu acho que ele tem potencial – Disse Sophie, apaziguando a situação – E a Anna parece feliz com ele.

— Mas...? – Rose continuou o pensamento da gêmea, e Sophie suspirou, observando o casal de longe. Annabeth conversava com Mike animadamente, e os dois riam de alguma coisa que ele disse.

— Ele parece o tipo de cara que tem mais lábia do que cérebro – Disse Sophie, e Bianca estalou os dedos.

— É disso do que eu tô falando. Ele vai partir o coração dela ao meio como se não fosse nada, tô só vendo.

— Não joga praga, Bianca — Ralhou Zoe, arrumando suas coisas e se levantando – Vejo vocês depois.

Zoe foi até o primo, deixando as três para trás. Ambos tinham cabelos loiros, mas Max era mais alto que Zoe.

Annabeth veio até Bianca, Sophie e Rose sorrindo abertamente, e Bianca suspirou.

— Podemos ir para a aula de Herbologia? Vamos chegar atrasadas.

Elas foram atrás de Zoe e dos meninos, deixando Mike Vantine com os outros Grifinórios.

* * *

Annabeth abraçou Mary, e a loira sorriu. Fazia muito tempo que as duas não se viam, ambas sempre entretidas com outras atividades, mas sempre que podiam se cumprimentavam e colocavam a conversa em dia.

— Estou torcendo para que a prova de Feitiços esteja mais fácil esse semestre – Disse Annabeth, e Mary deu de ombros.

— Eu gosto da abordagem do professor, acho bem explicada.

— Concordo, mas acho os feitiços muito teóricos em sua maioria, gosto de aprender fazendo – Disse Anna, e Mary suspirou, enganchando seu braço no dela.

— Bem, teremos que concordar em discordar — Disse, e as duas riram, andando pelo corredor – Beth, preciso te perguntar uma coisa.

Annabeth assentiu, levemente curiosa, mas Mary tinha um olhar preocupado. Apesar de ser alguns centímetros menor, os últimos anos haviam lhe dado um ar de sabedoria que Anna não sabia de onde ela havia tirado.

— Eu ouvi que você está gostando de Mike Vantine, é verdade?

— Na verdade, começamos a namorar no final do ano passado, porquê?

Mary mordeu o lábio inferior.

— Annabeth, fique de olho, ele não é conhecido por ser um cara decente – Disse ela, e ao ver a amiga franzir o cenho, Mary tentou tranquilizá-la – Só toma cuidado, okay?

Anna assentiu, ainda um pouco desconcertada.

— Como você sabe disso?

— As paredes tem olhos e ouvidos – Disse Mary, ajeitando a coluna – Se você prestar atenção, elas te contam todos os segredos que passam por elas.

Achando que aquilo parecia algo vindo da aula de Adivinhação mas sem querer contrariar a amiga, Annabeth permaneceu em silêncio.

Mike era um cara legal, ela sabia disso. Ele não faria algo assim.

Certo?

* * *

Max, Zoe e Teddy foram até o vestiário se preparar para os testes de quadribol. A nova capitã decidiu fazer novos testes, e Zoe estava determinada a entrar no time.

Seu cabelo loiro estava trançado em duas tranças na altura do ombro. Max deu um tapinha no ombro da prima, sorrindo.

— Você vai arrasar, não vai ter artilheiros tão rápidos quanto você e eu.

— Primos Kelley, artilheiros de primeira – Disse Zoe, e Teddy se aproximou, colocando os braços ao redor dos dois.

— E comigo como apanhador, nunca vão conseguir nos parar – Completou ele, e os três entraram no campo, prontos para arrasar nos testes.

* * *

Sophie deitou-se em sua cama, lendo um livro, e Bianca suspirou, sentando-se em seu canto. Rose estava ajudando Andy – a garota havia insistido que uma delas fosse com eles, mas acabou desistindo e indo sozinha –,  Anna estava fazendo sei-lá-o-quê – provavelmente conversando com o Vantine –, e Zoe estava jogando quadribol, o que deixou Bianca e Sophie com tempo de sobra e muito, muito tédio.

As duas tinham uma estratégia para passar o tempo mais rápido: criavam perguntas aleatórias uma para a outra e tentavam achar explicações profundas e filosóficas – ou só burras mesmo –, mesmo que não fizessem sentido de verdade.

Bianca esfregou os olhos, suspirando.

— O quê é a vida? – Perguntou, entediada, e Sophie fechou o livro. Depois de algum tempo, a ruiva se ergueu, encostando-se na cabeceira.

— A vida é uma equação matemática – Disse ela, e Bianca olhou para Sophie como se ela tivesse dito que azul era amarelo e que o mar era espuma.

— O que isso quer dizer?

— É um conjunto de variáveis somadas que resultam em um resultado.

Bianca hesitou.

— Ah.

Sophie voltou a ler, e Bianca voltou a se deitar, pensativa. As duas ficaram em silêncio por alguns tempo até Bianca fazer outra pergunta.

— Você sabe com quem você vai no baile?

Sophie não ergueu o olhar, apenas virou a página do livro.

— Achei que você não se importasse com o baile.

— Eu não me importo – Disse Bianca, categórica, ainda deitada e olhando para o teto. Sophie pensou um pouco antes de responder.

— Não creio que seja relevante, mas talvez eu vá com o Zack – Disse ela, e virou a página – Somente como amigos claro, afinal mal o conheço, mas não disse nada para as meninas não ficarem que nem doidas em cima de mim, dizendo que eu preciso vestir algo mais sofisticado ou sei lá o que.

— Faz sentido.

— Mas sinceramente, eu prefiro ficar por aqui mesmo – Disse Sophie por fim, e se virou para Bianca – E você?

— Não – Disse ela – Não tenho que que preocupar com isso.

Foi a vez de Sophie erguer os olhos, intrigada.

— Por que diz isso?

— Não estou procurando por um par e nenhum garoto irá me convidar, acredite – Disse ela com um sorriso digno de uma Sonserina (apesar de estar na Lufa-Lufa).

Um sorriso divertido surgiu nos lábios de Sophie, longe da visão de Bianca, e a ruiva voltou a ler.

— Uma equação nem sempre é exata, Bianca – Disse Sophie – Talvez você se surpreenda com o resultado.

* * *

A MORENA POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora