cap.31

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-Desculpa, esqueci que tá machucada.

-Nem tô sentindo dor nenhuma e mesmo se tivesse, valeria a pena pra provar da tua boca denovo.

Solto um riso e fico envergonhada, tentando trocar meu olhar. Escutamos um barulho e era a enfermeira. Ela começou falar para a gente que estava tudo bem, já tinham dado os pontos na cabeça dela e que mais tarde ela estaria liberada. Agradeci a ela e logo estávamos sozinhas denovo.

-Já comeu alguma coisa?. Ela me pergunta séria.

-Ainda não.

-Por quê não vai logo?. Lembrei que ela também não tinha comido, apenas assenti e fui buscar algo.

Falei com a enfermeira e a mesma me confirmou que logo levaria café da manhã para a Luana. Me sinto feliz e vou comer como ela já tinha me pedido. Demoro alguns minutos na cafeteria e volto para o quarto.

Conversamos muito e a tarde passou rápido, quando a enfermeira entrou novamente avisando que que a Lu já estaria liberada. E agora tinhamos outro problema.

-Vou chamar um uber para a gente.

-Mas você não veio de carro?. Ela me encurrala.

-Sim, mas acho melhor o uber.

Ela toma meu celular, me encara com um olhar de pena.

-Luh, eu vou dirigir, vêm. Ela pega na minha mão e me arrasta para o carro.

Acho que eu não deveria deixar alguém que acabou de sair de um hospital por uma séria pancada na cabeça sair dirigindo por aí, mas o tom da voz dela de "deixa eu cuidar disso" e aquela mão fria na minha, me fez voar bem alto.

Uma Nova Rota (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora