cap. 21

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-Então..., essa galeria aqui era do meu pai, ele morreu quando eu tinha 15 anos mas antes disso me mostrou todo o caminho da arte e me deixou tomando conta.

-Esse lugar é lindo.

-Vêm. Digo puxando a sua mão e mostrando a coleção que eu estava terminando.

-Foi você que pintou?. Ela pergunta entusiasmada.

-Sim. Respondo alegre por vê que ela tinha gostado.

-Lindo, não sabia desse talento todo.

-Não é pra tanto, mas então, deve ser chato pra você me vê só pintando aqui, vamos sair?

-Eu adoraria te apreciar pintando, mas a gente pode sair então, pra onde vamos?

-Praiaa.

Luana narrando:

Ela parecia uma criança ansiosa para ir a festinhas de escola, isso é lindo. Percebo que na frente da galeria só tinha a minha moto então resolvo pegar na mão dela e levar-lá para a mesma.

-Toma. Entrego o capacete, ela estava com uma cara assustada, mesmo assim ela sobe na moto depois de mim.

-Eu posso?. Ela pergunta abraçando minha cintura.

-A vontade. Digo sorrindo, com aquelas borboletas clichês no estômago e sigo o caminho.

Levo ela para a mesma praia de antes, aquela praia era linda e com a companhia dela ficava maravilhosa. Era tão confuso, mas eu acho que estava começando a gostar dela.

Paro a moto, nós descemos dela e eu pego a mão da Letícia olhando nos olhos dela como um sinal de pedido, ela confirma com a cabeça e vamos procurar um lugar para ficar. Depois de algums minutos sentamos em uma tanga que por incrível que pareça estava na minha moto, colocamos de baixo de um coqueiro, longe de todo mundo.

-Vai querer algo?. Ela pergunta.

-Não, tô de boa.

Ela sai e logo em seguida traz uma cerveja, nunca tinha ouvido falar nessa marca e olha que trabalho há um bom tempo de barwoman, não querendo me achar.

-Nunca tinha visto essa.

-Quer experimentar?.

Confirmo com a cabeça e logo dou um gole, ela era bem diferente das outras, tinha mais álcool e o gosto era algo inexplicável, me deixava mais leve a cada gole. Compramos mais algumas mas eu parei na terceira porquê o álcool era bem maior comparado com as outras mesmo eu não sendo fraca para bebida. Ela tomou mais umas duas, percebi que ela estava alterada.

-Vamos embora?.

-Aqui tá tão bom.

Eu sabia que estava, já era 6 da noite, porém ela estava alterada e eu ainda tinha que ir para o bar.

-Mas temos que ir. Digo em um tom suave.

-Aii, não vêm dá uma de chata.

-Vamos Lê, já está na hora.

Ela olha nos meus olhos, começa a dar risada, se aproxima mais e me dá um beijo, eu continuo o beijo mas paro em seguida, não iria me aproveitar dela.
Pego na sua mão para levantar-lá e ela me obedece se levantando, vamos para a moto ela sobe meio bamba ainda com uma latinha na mão, eu pego com cuidado da sua mão e jogo fora.

Uma Nova Rota (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora