Capítulo 1: Porcelana

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Willow sabia que não estava sonhando.

Apesar da cena diante de si parecer irreal, percebia tudo de forma dolorosamente nítida. O cheiro de sangue impregnado em suas narinas a mantinha presa àquele momento.

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(Algumas horas antes)

Ás 07:02 da manhã de uma quarta-feira, Willow Graham despertou de uma noite sem sonhos

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Ás 07:02 da manhã de uma quarta-feira, Willow Graham despertou de uma noite sem sonhos.

Era raro ela ter uma noite daquelas, de verdadeira escuridão. Normalmente as imagens que via durante o dia vazavam de sua consciência à noite. Era sempre um pequeno vazamento, porém, e Willow havia feito as pazes com esse fato.

Foi obrigada a levantar da cama por Winston, que pulou na agente e logo começou a lambê-la, fazendo uma bagunça com as cobertas. Logo os outros cachorros se juntaram a ele.

Caminhou até sua pequena cozinha e ligou a cafeteira, depois foi para banheiro e entrou debaixo do chuveiro. Fechou os olhos e assim permaneceu até terminar o banho. Ao sair, estava quase desperta.

Pegou uma xícara grande e encheu de café. Bebeu enquanto assistia o noticiário da manhã e comia biscoitos.

De acordo com a TV, um homem estava desaparecido desde a semana anterior, quando não apareceu em seu trabalho como segurança de um depósito. Era branco, careca e tinha 1,76m de altura. A polícia estava começando a investigação.

Willow desligou a TV, pegou as chaves do carro e sua arma e saiu para a manhã fria. Usava uma camisa xadrez verde por baixo de um casaco cinza pesado, luvas, botas de camurça e jeans grossos. A arma ficava em um coldre acima de seus quadris, ocultado pela camiseta.

Entrou no carro e colocou a chave na ignição. Por mais que a girasse, o carro se recusava a ligar. Tentou mais três vezes e desistiu. Não era a primeira vez que seu Wagon a deixava na mão.

Decidiu caminhar até o centro e lá pedir um táxi. Não era longe e a caminhada era agradável, com muitas árvores e poucas pessoas. Chovia um pouco. Abriu seu guarda-chuvas e se pôs a andar.

Chegou ao seu destino antes do previsto. A cidade estava razoavelmente cheia, colorida com os guarda-chuvas. Fazia bastante frio. Por mais que já tivesse bebido café ao acordar, o calor de um copo entre as mãos era tentador. Andou mais um pouco, virou à direita e entrou em um café que havia visitado apenas uma vez.

O lugar era simples, de estilo rústico e genérico, com frases  clichês  escritas em pequenos quadros pendurados na parede. Na parte mais ao fundo havia algumas mesas aqui e ali, todas preenchidas.

A fila caminhava lentamente e Willow estava prestes a dar meia volta e se contentar com o café aguado da Unidade, quando um homem passou por ela quase a derrubando. Antes que Graham pudesse reagir, ele tirou uma arma da cintura e deu dois tiros para cima.

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⏰ Última atualização: Jun 25, 2020 ⏰

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