Capítulo 4

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   Acordo assustada em uma cama estranha que não é minha. Fui sequestrada.

Me levanto ainda sonâmbula e tropeço em alguém.

Droga, é o Bruno.

___ Ahajgh - ele resmunga ainda dormindo, solto uma risadinha

Enquanto levanto vejo uma caneta pilot preta em cima da mesa do computador...

Por que não arruinar a cara de Bruno logo de manhã?

Mas quando estou preste a rabiscar aquele rostinho, sinto uma vontade incontrolável de ir ao banheiro e saio correndo desesperada.

Salvo pelo gongo. Sortudo.

                       ●•●•●•●•●•●•●•●

___ Porque não posso te chamar de Margaret? Esse nome tem um som legal, rima com chiclet.. espaguet... mobilet...

___ VOCÊ NÃO CONSEGUE FICAR COM A BOCA FECHADA UM SEGUNDO GAROTO? - grito jogando um travesseiro em Bruno que estava sentado na minha frente

Ok vamos lá: Me mudei para essa casa faz dois dias e desde então não consigo ter meia hora de paz sequer! Essa família - Bruno e titia Margarida - simplesmente amam falar! Eles não param! Titia com suas perguntas de "namorado" ou "que profissão quero seguir" e Bruno com suas  brincadeiras.

Será que quando voltar de viagem meu pai me encontrará viva? Ou me encontrará presa acusada de cometer dois assassinatos?

___ São momentos bem raros que eu consigo ficar com minha boca fechada, como por exemplo; quando estou comendo ou então beijando e outras coisas a mais... - termina de falar e me lança um olhar malicioso

___ Come isso então.  - e lanço outro travesseiro em sua cara

Chega eu não aguento mais: EU PRECISO SAIR DESSA CASA!

Me levanto e vou até o espelho e fico olhando pra minha cara, estou com leves marcas de sono envolta dos meus olhos e meu cabelo castanho está totalmente despenteado pra cima como de uma doida.

Meu pai nunca me deixou fazer nenhuma tatuagem, colocar piercing ou sequer colorir o meu cabelo. Sempre brigamos quando digo que quero fazer uma dessas coisas, nas palavras dele eu ainda sou uma criança - 17 anos criança? Fala sério -, e diz que irá cortar minha mesada e me deixar careca se eu aparecer com o cabelo descolorido... Mas peraí, ele não está aqui não é mesmo?

Me viro para Bruno que estava parado me observando atentamente

___ Onde tem uma farmácia aqui? - pego meu cartão e vou atrás do meu moletom

___ Mesmo que eu te diga, minha mãe não te deixaria sair a essa hora da noite de um domingo. - da de ombros

___ Deixa pra lá, eu procuro sozinha. - visto o moletom preto que encontro embaixo da cama de Bruno e coloco o capuz - Obrigada por nada.  - dou um sorrisinho e vou até a janela

Impulsiono meu corpo e dou um salto, aterrissando na grama.

Eu disse que seria fácil fugir dessa casa.

___ Você é maluca sabia? -  Bruno gruni atrás de mim, ele havia pulado atrás de mim e batido o joelho em um pedregulho

___ Você não sabe metade garoto. - mostro meus dentes pra ele

___ Vamos tem uma farmácia 24 horas aberta à duas quadras daqui. - ele diz revirando os olhos.

     

                        Maggie

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                        Maggie

Rebel Girl - Maggie Em Ação!Onde histórias criam vida. Descubra agora