Capítulo 4

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Acordei uma hora antes que o normal, essa semana vamos ensaiar depois do meu horário de trabalho então não iria ter tempo para malhar e terei que fazer na parte da manhã, Marcus chegou um pouco depois de mim e veio já me abraçando.
- Oi Bom dia!! Caiu da cama?
- Vou malhar antes, para ensaiar depois do horário.
- Ensaios mais dias, precisamos mesmo disso né.
- Se quisermos ganhar precisamos sim, vi alguns passos que podemos colocar no meio do que já sabemos, mais tarde eu mostro, temos que inovar o quanto antes fizermos melhor.
- Por falar em inovar. - Ele me abraçou, e começamos a andar.
- Ha não começa. - Disse saindo do abraço dele já sabendo o que ele queria dizer.
- É sério gata, você superou?
- Superei o que? Não temos nada é só um provável amigo.
- Acho que ele quer mais que amizade e eu fico feliz por você de verdade, quero muito que você esqueça tudo e tenha o seu feliz para sempre. -Eu dei uma gargalhada.
- Desde quando você acredita em feliz para sempre?
- Não sei eu tenho pensado um pouco. Disse desviando os olhos do meu.
- É aquela mulher a Michelle?
- Talvez, ela é especial, quando estou longe dela quero ficar perto e quando estou perto parece que não é o suficiente, penso nela todos os dias no que está fazendo, no que está pensando, no que ela quer comigo, eu estou meio enlouquecido.
- Você está apaixonado? Sério?
-Não, não estou não.
- Ahhh! Está sim. – Eu o abracei e comecei a rir dele. - Então explica o que sente.
- É como se eu fosse capaz de fazer tudo que ela me pedisse, como se eu já a conhecesse a anos sabe eu poderia contar todos os meus segredos pra ela sem pensar... há sei la, Não dá, eu... eu não sei.
- “Se você sabe explicar o que sente você não ama, o amor foge de todas as explicações possíveis”
- Você está citando Carlos Drummond De Andrade? Não acredito que você fez isso que piegas.
- Piegas nada você já fez isso comigo uma vez lembra?
- Então é vingança.
- Não exatamente. Vem vamos colocar essa energia pra fora.
              Malhamos por algum tempo depois comecei meu trabalho ajudando alguém aqui e ali. Não fiz horário de almoço hoje e fui para minha consulta. Expliquei em detalhes tudo que estava acontecendo ao médico sobre o festival os trabalhos extras, o trabalho na academia.
- Você precisa descansar Vivian, sei que você está trabalhando para algo importante, mas essas insônias não serão curadas com remédios, você me disse que elas estão piorando com a proximidade do festival?
- Sim.
- Então podemos dizer que não foi sempre assim? A insônia é causada pelo trabalho excessivo, o desgaste do cotidiano ou por situações limite, entre outras está a falta de atividades físicas porem você ja pratica muito, então não é está a causa, quando você estiver trabalhando, trabalhe mais quando você estiver em casa relaxe, as mulheres são sempre as mais afetadas pela insônia por pensarem demais em tudo, quando chegar em casa não pense em trabalho, festival, chefe ou qualquer coisa que você sabe que te incomoda.
- Mais não tem como não pensar em nada.
- Claro que tem, algumas pessoas conseguem mais facilmente que as outros é uma questão de pratica, eu não quero te passar remédios eles são muito fortes e no início é difícil de se adaptar e pelo que entendi você precisa muito dos próximos meses e eles podem afetar seu desempenho tanto no trabalho quanto nos treinos, você tem costume com bebidas alcoólicas?
- Sim.
- Outro motivo que te impediria, você não pode beber enquanto estiver com tratamento de remédios. Por que você não faz o que eu disse primeiro? Pode tentar entrar em um Ioga a praticar algum exercício da mente, antes de começarmos com medicamentos, se daqui a trinta dias você ainda não estiver melhor você retorna e nós começamos com um medicamento mais fraco, mas deixando claro que eu prefiro que você não tome. -Ele pegou um papel e começou a escrever.
- Exercite-se regularmente, como você faz, mas não perto da hora de dormir. Atividade física regular é essencial para quem sofre de ansiedade e ajuda a dormir melhor. No entanto, a prática de exercícios muito forte à noite pode atrapalhar o sono.
- Então sem ensaios a noite?
-Exatamente. Relações sexuais são relaxantes, após um bom orgasmo, as pessoas tendem a ficar sonolentas então você também pode abusar.
- Relações sexuais ok.
- Você é nova com certeza não terá problemas com isso, se entregue e relaxe. Você
está muito nova para sofrer com insônia. -  O que ele dizia parecia fácil de fazer relaxar e esquecer as coisas chegar em casa e deixar o serviço na academia não deve ser difícil.
- Tudo bem se acha melhor, não ter remédios eu também acho.
- Tenho certeza de que sim você não devia ter tanto peso nessas costas, vá a uma massagista e tire isso daí. Ele disse sorrindo.
-Tudo bem Dr. Matheus Farei o possível. - Voltei a academia após o almoço disposta a seguir todas as recomendações do Dr. Matheus ele me explicou muito bem, eu não sabia os reais motivos da minha falta de sono, agora é só focar na solução.
Final da aula Noelle veio conversar comigo e disse que Bernardo não para de falar sobre a festa e como adorou tudo, ela gostaria de marcar algum dia para ele me visitar, eu gostei da ideia, mesmo não sendo tão fã de crianças.
         Começamos a ensaiar com os passos de sempre, passei a eles os passos que considerei incluir Márcia e Marcus gostaram, mas Carlos não agradou muito, ficou o ensaio inteiro reclamando que era tarde demais, para mudar alguma coisa.
                  Cheguei em casa muito tarde a parte de não malhar durante a noite não vou conseguir cumprir, fui pra cama tentar dormi, tentei deixar meus problemas na academia mais não foi nada fácil como se não bastasse os problemas da academia eu tinha um problema muito maior agora, deixar Pierre fora da minha cabeça. 
                   Terça meu dia foi sem novidades acordei mais cedo, malhei, fui pra aula de gafieira e o ensaio. Ainda não tinha recebido nenhuma notícia do Pierre, considerei mandar uma mensagem mais desistir se ele quisesse falar comigo já teria me procurado. Quarta quando fui para a academia encontrei Noelle de plantão na porta.
- Você saiu com meu irmão? - Perguntou sem esperar que eu entrasse.
- Depende de que tipo de saída você está falando?
- Ele me ligou ontem e ficou metade do tempo fazendo perguntas de você. – Bem isso significa que pelo menos ele estava vivo.
- Que tipo de pergunta? - Passei por ela e entrei na academia.
- Eu perguntei primeiro.
- Vai ter que perguntar a ele.
- Por que você não me contou? - Disse ela com cara de desapontada
- Não pensei que precisava e no mais, não estamos juntos.
- Duvido nem um beijinho?
- Isso Noelle nem um beijinho, não estamos tendo nada, no dia da festa do Bernardo ele me convidou para sair eu aceitei.
- Você leva um cara que não tem nada pra sua casa? – Disse me acusando
- Noelle ele foi como amigo.
- Meu irmão ficou quase 20 minutos falando de você eu não acho que não tenham nada e olha ele realmente me fez algumas perguntas que eu não soube responder, então percebi que sou sua aluna a um ano e meio e não te conheço e pior você nunca me convidou para ir pra sua casa.
- Você está com ciúmes? Posso te convidar para a próxima resenha não tem problema.
- É sério Vivian, já vi meu irmão sofrer não quero ver isso de novo, se não estiver a fim por favor caia fora.
- Tudo bem, como disse nós não temos nada, somos só colegas, e no mais fique você sabendo que disse a seu irmão que ele não faz o meu tipo. -Ela me deu um sorriso e me abraçou.
- Tudo bem, vou acreditar em você, mas fique você sabendo que meu irmão é um ótimo partido você não sabe o que está perdendo, gostei do convite para a resenha que dia vamos marcar? - Noelle não precisava mais de aulas para aprender ela estava ótima e já podia criar coreografias.
Nós começamos a ensaiar com os passos que tinha sugerido, eu achei que ficou bem melhor me deixou mais confiante e mais tensa. Cheguei em casa tomei meu banho e comecei a fazer algo para comer quando ouvi o telefone tocar. Não percebi o quanto queria falar com ele até ver Pierre escrito na tela.
- Alo! - Atendi tentando disfarçar minha ansiedade.
- Boa Noite coração, tudo bem? – Ai essa voz!
- Estou sim e você?
- Bem também – Ele fez uma breve pausa e então voltou a falar – Na verdade eu estava aqui pensando, hoje não tenho muito serviço estou com a noite de folga e lembrei que você me deve uma saída então decidi te cobrar.
- Hum não tenho muito o que fazer hoje também. – Disse colocando a carne de volta na geladeira.
- Ótimo, passo ai em 30 minutos, não atrase.
- Ok. Não vou. – Desliguei o celular e mesmo já tendo tomado banho fui me molhar novamente, eu estava ansiosa parecia que era a primeira vez que ia a um encontro, será que era um encontro? Que roupa eu coloco? Droga esqueci de perguntar para onde a gente ia, optei por colocar uma roupa mais casual um vestido verde florido e uma sandália anabela ele é mais alto que eu e não quero ter que ficar levantando o pescoço toda vez que quiser ouvi-lo, a noite estava abafada optei por prender o cabelo, eu tinha acabado de terminar quando escutei a campainha. Abri o portão e ele estava lá sorrindo. - Ai meu Deus porque estou tão ansiosa, somos só amigos. – Disse em pensando mesmo sabendo que isso não era o que eu queria, como ele é lindo.
- Oi – Disse chegando mais perto e me dando um beijo na bochecha
- – E então para onde vamos? – Perguntei ansiosa
- Para um lugar que eu disse a você que gosto. – Respondeu fazendo gesto para que eu entrasse no carro que estava a nossa frente.
- Hum, não me lembro de termos conversado sobre isso. - Falei enquanto dava a volta e colocava o cinto.
- Então você é uma péssima amiga, não prestou a atenção em nada do que eu disse, quando chegarmos lá você vai ver. – Demoramos 10 minutos para chegarmos no shopping andamos olhando vitrines nas lojas falando do que achávamos ou não bonito, mas ainda não tínhamos parado, passamos pela praça de alimentação onde pensei que fossemos ficar porem ele passou direto, subimos a escada rolante e fomos para o andar do cinema. – Aff não acredito nisso. – Então me lembrei de uma conversa sobre filmes.
- Há algum tempo quero vir ao cinema, mas nunca encontro tempo, já chamei Noelle e minha mãe, mas elas nunca podem não queria vir sozinho. Qual filme você quer ver?
- Hum, eu nem sei que filme está em cartaz. – Respondi na tentativa de fazê-lo desconfiar que não quero assistir nada. Ele andou até um lugar que demostrava os filmes que estavam disponíveis, tinha dois filmes de ação um infantil e dois de romance, bem eu é que não vou assistir filme de romance com ele, optei por assistir Vingadores o ultimato, já tinha visto o trailer dele nos comerciais na academia e achei que poderia ser legal, então já que tenho que escolher porque não aproveitar, compramos um balde de pipoca grande, refrigerantes e ganhamos um chocolate. Escolhemos um lugar mais no centro para ter uma vista melhor da tela, quando entramos na sala o filme já estava começando, ele colocou a pipoca do no meio e estava ótima porque a pipoca que fazemos em casa não tem o mesmo gosto da que comemos em cinema? A pipoca do cinema tem um gosto muito melhor.
Pierre estava muito empolgado nem parecia aquele homem sério que demostra ser sempre, gostei de vê-lo distraído, em um momento do filme eu parei e me peguei o observando, ele é mesmo lindo, de perfil com o nariz fino e o cabelo estava desalinhado, como se percebesse que eu o observava ele se virou e encontrou meu olhar, então inevitavelmente o imaginei com a boca na minha.
- Você não devia me olhar assim. – Ele pegou uma pipoca e colocou naquela boca maravilhosa.
- Assim como? - Perguntei sem saber bem que tipo de olhar eu estava dando.
- Assim, como se quisesse me beijar.
- Bem.... É que talvez eu queira te beijar. – Ele me olhou de uma forma que só fez a minha vontade aumentar.
- Você nem imagina o quanto quero ter essa boca linda na minha Vivian. – Ele aproximou o rosto do meu. - Tenho sonhado com você sabia? E todos os dias fico imaginando qual seria o gosto do seu beijo. – Ele estava me provocando ele sabia exatamente o efeito que sua voz suave no meu ouvido estava causando, eu tinha parado de respirar e fiquei pensando nas inúmeras coisas que poderíamos fazer juntos. - Mas ainda não podemos. - Disse afastando o rosto e virando para a tela - Ainda tenho algo para resolver e além do mais...
- Shihhh... - Ouvimos alguém reclamando, nas cadeiras logo mais acima, ele sorrio e se desculpou. Foi um filme bem demorado eu não pensei que seria assim, mas valeu a pena o filme foi ótimo o final me surpreendeu foi bem emocionante.
- Não acredito que ele morreu – Falei quando saímos da sala. – Serio os mocinhos não morrem.
- Nem diga estou mais perplexo que você, e um herói os heróis não morrem, e o Capital América? Ele não é imortal?
- Claro, meu Deus como puderam matar ele? – Nos nós olhamos por breve momento e começamos a rir. - Estamos parecendo duas crianças irritadas com o desenho animado.
- Mas eu estou irritado assisti todos os filmes acreditando que ele era invencível e agora ele simplesmente morre? Não é possível estou decepcionado - Disse pensativo - Esse filme me deu fome vamos comer alguma coisa – Passamos em frente à praça de alimentação e paramos no MAC Donald eu estava com fome então pedi aquele combo com batata fria e refrigerante ele pediu um igual.
- Então como foi seu dia hoje? – Perguntou quando já tínhamos sentados e começou a abrir o Hambúrguer
- Nada de diferente acordei cedo fui para a academia e dei aulas. A melhor parte mesmo são os ensaios, adoro quando estou ensaiando. – Respondi tomando um pouco de refrigerante.
- Você parece mesmo gostar dessa dança.
- Sim eu gosto um pouco, acho que é de família minha avó dançava, mas não era profissional, minha mãe começou com esse negócio de festival e eu continuei. – Ele mordeu um pedaço do hambúrguer e fez uma cara de que não estava acreditando muito. – Tudo bem eu não gosto pouco, eu amo e amo muito, a dança é como se fosse meu porto seguro é onde eu posso correr caso alguma coisa aconteça.
- Você tem uma coisa com essa dança que deve fazer qualquer namorado ficar com ciúmes. – Eu comecei a rir.
-  Nunca pensei na dança como empecilho para namoro, mas, vou colocar ciúmes na lista de nome “Motivos para não ter namorados”.
- Imagino que a lista seja longa.
- Você não tem ideia das coisas que tenho lá.
- Nem quero saber. – Disse fazendo uma cara de horrorizado.
- E o seu dia como foi?
- O mesmo de sempre também, tentando resolver os problemas do dia a dia na empresa é cada um que aparece, quando a gente acha que resolveu um aparece outro.
- Sei como é. – Nós comemos todo o lanche, e voltamos ao assunto do filme como nós ficamos decepcionados com o fim do capitão América, depois mudamos para outros filmes que já assistimos e que ficamos decepcionados também, discutimos preferencias sobre filmes brasileiros e estrangeiros eu preferindo os brasileiros e ele os estrangeiros. Logo os bares e lanchonetes da praça de alimentação estavam fechando as portas e nós tivemos que sair.
- Então agora não te devo mais nada. – Disse tirando a chave de dentro da bolsa e colocando no portão.
- É parece que não. – Eu estava sem jeito, coisa que quase não acontece, não sabia bem como me despedir e para falar a verdade não queria ir embora. – Mas ao que tudo indica eu te devo uma. – Me lembrou.
-  É mesmo vou te cobrar – Ele chegou mais perto e abaixou como se quiser falar algo no meu ouvido.
- Eu sinceramente espero que sim – Ele desceu a boca e me deu um beijo na bochecha, pude sentir um vento vindo da sua respiração e a boca próxima da minha, minha vontade era de virar e sentir aqueles lábios no meu.
- Obrigada pela saída.
- De nada, então até a próxima. – Ele se virou e entrou no carro, eu entrei tomei outro banho e tive outra noite de insônia dessa vez a culpa foi toda dele.
Quando acordei na quinta feira eu só queria ter mais duas horas para dormir, passei a noite inteira tentando não pensar nas várias outras formas da noite ter acabado, eu brigava com meu subconsciente que não consegue entender que o que temos não vai passar disso, não sei o que está acontecendo eu nunca tive isso de ficar imaginando coisas, ou de ficar relembrando momentos, sempre o que acontecia, acontecia eu chegava em casa e esquecia tudo, mas agora algo está mudado.
Na sexta, parecia que estávamos todos cansados percebi que Marcia estava um pouco distraída e Carlos chateado então decidimos terminar o ensaio antes da hora, aproveitei que cheguei mais cedo em casa e decidi tomar um banho de banheira um pouco mais demorado, coloquei banheira para encher liguei o rádio. Fiquei quase uma hora no banho, tentando não pensar em nada, ou relaxar como Dr. Matheus pediu mais sério, quem consegue fazer isso? Quando fui conseguir dormir já era quase 2 da manhã.
A casa de show que escolhi só abre aos sábados a partir  das 21:00 mas quando foi 19:30 eu já tinha começado a me arrumar, estava ansiosa, sei que disse a Pierre que ele não faz o meu tipo, mas só de pensar em estar perto dele eu me sentia como uma adolescente insegura, meu corpo tinha sensações das quais eu fiquei muito tempo evitando ter e parece que ele decidiu esse momento para liberar tudo de um vez, eu já tive namorados ou caso de uma noite, e nenhum deles provocaram metade do que Pierre provoca em mim, é de dar medo, eu não quero gostar de ninguém e não tenho a menor intenção de gostar de Pierre Brousse, mas a ideia de tê-lo em meu corpo pelo menos por uma noite é bastante tentadora, talvez se agente transasse essa sensação estranha e esse tesão todo iria embora. Estou pensando seriamente em fazer essa proposta no final da noite.
Quando cheguei o local ainda estava enchendo encontrei com Carlos e Marcia na área Vip, eles sempre são os primeiros a chegar, nos conhecemos o dono da casa e sempre que íamos lá ele liberava nossa entrada para área vip como cortesia da casa. Assim que me avistou Marcia caminhou em minha direção.
- Vivian que bom que já chegou, já estava doida para dançar.
- Mas nem começaram a tocar – Disse retribuindo o abraço.
- É eu sei, mesmo assim estou doida para dançar. – Ela vez o gesto com as mãos como se estivesse dançando e me fez rir.
- Você é uma viciada.
-Talvez. Há meu Deus não olha agora, mas o seu Deus grego está chegando ainda mais Deus se é que isso é possível, cara como ele consegue?
- Ele não é o meu. – Droga só de saber que ele estava no mesmo espaço que eu já vinha aquela sensação toda, pude sentir o exato momento em que ele chegou perto, porque meu corpo arrepiou inteiro apenas por sentir o cheiro da colônia dele.
- Pierre que bom te ver. – Marcia deu a volta em mim, e o abraçou mais empolgada que o normal, eu me virei para vê-lo quando ele soltou Marcia pode aproveitar a visão, ele estava com uma blusa branca, calça jeans azul clara, e sapato social, e os cabelos alinhadamente desalinhados, vou ter que concordar com Marcia como ele consegue? Eu me aproximei e o abracei em comprimento. Ele se abaixou aproximando sua boca do meu pescoço me causando um arrepio.
- Você está linda. - Disse antes de me soltar. – Decidi sair mais confortável hoje o calor estava de matar, coloquei um short jeans, que ia até as coxas, uma blusa frente única rosa, e sandália Anabela, e mesmo com calor decidi deixar os cabelos soltos.
- Bem obrigada você também está. – Nos sentamos e pedimos nossa bebida, um grupo começou a tocar e a casa ficou mais animada, todos estávamos envolvidos em uma conversa gostosa e agradável, Pierre não parecia se sentir desconfortável, ele é inteligente e de conversa fácil, uma vez ou outra o pegava me observando e as vezes ele me pegava, parece que tínhamos um imã que nos puxava sempre para o outro, não sei a quem eu estava enganando com essa história de amizade, eu não conseguiria ser só amiga ele me atrai de todas as maneiras.
- Olha só quem decidiu aparecer. – Disse Marcia olhando por cima do meu ombro.
- Eu disse que viria. – Respondeu Marcus a cumprimentando.
- Semana passada você também disse e não foi.
- Semana passada eu estava ocupado hoje não. – Eu levantei e o cumprimentei com um beijo de selinho, em seguida ele cumprimentou Carlos.
- Michelle não veio? – Perguntei curiosa.
- Vai chegar mais tarde. – De novo entramos em uma nova conversa, bebemos e nos divertimos quando o melhor grupo começou a tocar eu levantei e chamei Marcia para ir dançar comigo, ficamos por trinta minutos dançando eu aproveitei cada segundo, adoro esses momentos de quando consigo me entregar a música e esquecer que estou dançando para disputar, dançar apenas por diversão.
O ritmo da música mudou e começaram com o tal do pagode, estava indo em direção a mesa quando senti um braço em minha cintura.
- Dança comigo? - Perguntou Pierre me virando e me fazendo ficar de frente para ele.
- E por um acaso você sabe dançar? – Perguntei em deboche.
- Só há um jeito de saber. – Ele pegou minha mão direita e entrelaçou meus dedos na dele, começamos lento apreciando a música, no geral recuso todos os convites de música lenta, mas como sempre com ele foi diferente, eu não quis olha-lo apenas dancei, dois e dois, uma dança simples, encostei meu rosto no seu peito e me senti confortável, uma das mãos alisavam meu cabelo, depois desceram para a coluna, ele ficou alisando o centro da coluna, subia e descia provocando um calor que parou no meu das minhas pernas, ele levantou meus rosto e me fez encara-lo.
- O que acha? Estou me saindo bem? – Ele deslizou a mão até minha nuca e ficou acariciando, me causando arrepios.
- Sim esta, mas essa é fácil dois pra lá e dois pra cá todo mundo sabe, mas você parece que tem ritmo está se saindo muito bem para um Frances.
- Que bom que gostou. – Ele abaixou e encostou o rosto no meu, pode sentir a barba roçar na minha bochecha.
- Por que você não me beija logo? – Ele se afastou e seu olhar encontrou o meu. – Estive pensando não dá para negar que existe uma atração entre nós, eu quero te beijar tanto quanto sei que você também quer, então vamos ceder logo a essa tentação a gente transa e tudo acaba. – Ele me olhava como se eu tivesse dito a pior das besteiras.
- Você quer que isso acabe? – Ele apoiou a mão na minha nuca e a desceu lentamente por minha coluna e a subiu, sua boca foi para meu pescoço e me deu um beijo. - Sinto seu arrepio Vivian, sei o que está sentindo. – Subiu a boca até minha orelha me fazendo soltar um gemido cheio de desejo e vi quando os pelos do braço dele arrepiou. – Que som maravilho. - Suas mãos foram para lateral do meu corpo, e entraram por baixo da blusa sua mão tocando a minha pele foi a melhor sensação que tive, um outro gemido saiu da minha boca, - Eu poderia engolir cada som que sai dessa sua linda boca, poderia te levar para casa e transar com você a noite toda, e eu adoraria Vivian, adoraria entrar em seu corpo, te fazer ter o melhor orgasmo da sua vida, sentir você gozando comigo ainda dentro de você, aliviar esse tesão que tenho por você desde o dia em que te vi. – Minha respiração falhou eu iria explodir de tesão apenas com suas palavras, imagina quando a gente finalmente chegasse lá. – Mas como eu disse não é isso que eu quero. – Eu o empurrei e o fiz me olhar.
- E o que você quer? Ser meu amiguinho?
- Eu já te disse isso.
- E por um acaso amigos sentem isso? – Levantei os pés e apoiei minha mão em seu pescoço o trazendo mais perto, nossa boca ficou milímetros de distância, passei a língua em meus lábios e vi quando ele repetiu o mesmo movimento por reflexo, meu corpo se encheu de desejo e tenho certeza que o mesmo aconteceu com ele, conseguia senti a excitação dele em meu short.– Amigos não tem vontade de beijar o outro, não sente essa tensão que tem entre nós e muito menos dormem pensando em como o outro goza. – Eu estava irritada, como ele pode falar que só quer ser meu amigo, quando eu posso sentir sua excitação no meu ventre? - Então Pierre se você não quer transar comigo e não consegue ser meu amigo sem ao menos pensar em tirar a minha calcinha, seu prefiro não ser nada. – Eu me virei para sair mais ele me segurou, me puxando de volta para seu corpo. – Ele passou a mão pelo cabelo como se estivesse nervoso.
-  Porra Vivian! Você... Merda... – Ele passou a mão de novo no cabelo, foi a primeira vez que o vi descontrolado. – Você vai ser mais difícil do que eu pensei.
- Não sou nada difícil, acabei de me oferecer para transar com você, quem está difícil aqui é você, não fique no meio da porta Pierre você está atrapalhando quem quer entrar.  – Novamente eu tentei sair e novamente ele me puxou.
- Eu não quero ser seu amigo ok. Quero mais. Mais que uma transa, mas que uma noite de orgasmos, quero mais de você Vivian.
- Desculpa, mas o que você quer eu não vou te dar, você não vai ter mais do que orgasmos comigo, e se a sua intenção é esta já pode procurar outra mulher.
- Não quero outra mulher. – Ele acariciou meu rosto e novamente eu arrepiei. – Quero você. – Tirei sua mão do meu rosto com um tapa.
- Você nem me conhece, como pode querer mais de alguém que você nunca nem beijou?
- Mas eu vou. Eu disse a você que tenho um problema para resolver, mas você não tem ideia de como eu quero te beijar.
- Que problema? Você é casado? – Perguntei perplexa. – Deus por favor de novo não. Rezei no meu subconsciente.
- Não! Claro que não! Eu só preciso de um tempo, por favor.
- Não perca seu tempo comigo, Pierre eu não quero mais, nem com você nem com ninguém. – Me virei novamente para sair, mas dessa vez ele não me impediu, fui até a mesa, Michelle já tinha chegado a cumprimentei e sentei no meu lugar, Marcia me olhou preocupada, mas com um olhar quis dizer que estava tudo bem, Pierre chegou logo depois e sentou ao meu lado. Todos começamos uma conversa animada, evitei a todo momento olhar para Pierre, mas ainda o sentia me observando, ele estava atento a tudo que eu dizia, e em alguns momentos em que não consegui não olhar ele estava me observando, existe uma química entre nós um imã que nos atraia.
A casa de show fecha as 3h e foi somente nesse horário que levantamos para sair, Marcia e Carlos foram embora, mas Marcus e Michelle disseram que iria para uma pizzaria e eu me convidei para ir junto.
- Você não precisa vir se não quiser. – Falei com Pierre quando vi que ele estava nos acompanhando.
- Está me dispensando?
- Não, só estou dizendo que não precisa vir se não quiser.
- Você quer que eu vá? - Eu o observei sem saber o que responder. - Você quer ou não quer que eu vá? – Repetiu quando viu que eu não respondi.
- Você é um chato. – Falei começando a andar, eu não vou responder aquilo. Ele me puxou.
- Você me quer com você Vivian? Se você quiser eu vou embora agora. – Seu olhar era intenso e penetrante, ele respirava tão forte que eu estava conseguindo ouvir de longe. Ele esperava ansioso era como se tudo dependesse daquela resposta.
- Quero. – Respondi rendida, eu sou uma fraca, fiquei anos me afastando de homens que queriam relacionamentos e não consigo afastar o único homem que deixou bem claro que é exatamente isso que ele quer. Recomeçamos a andar e fomos em direção ao restaurante, Marcus e Michelle pareciam se dar muito bem, o tempo todo estavam agarrados, Marcus não deixava de toca-la nem por um momento, eu gostei de vê-lo Feliz ele merece já passou por tanta coisa que eu sinceramente não sei se eu aguentaria se estivesse em seu lugar. Demoramos por mais uma hora na pizzaria, na saída Pierre me levou até o meu carro.
- Eu deveria ter passado na sua casa para te buscar, despedir assim parece errado.
- Assim como? - Perguntei apertando alarme do meu carro para entrar.
- Assim no meio da rua.
- Vai disser que sempre deixa suas amigas em casa. – Sorri achando engraçado.
- Claro é a etiqueta.
- Não sei que etiqueta, você por um acaso segue algum manual “Como levar uma mulher a loucura parte I” – Eu encostei na porta do carro ficando de frente para ele.
- E por um acaso está funcionando? – Ele encostou do meu lado.
- Sim. – Respondi depressa demais, eu jamais assumiria que ele me atraia de qualquer forma que não sexo.
- Percebi. – Ficamos calados por algum tempo.
- Bem melhor eu ir. – Disse desencostando da porta e a abrindo.
- É já é tarde, então até mais. – Eu me aproximei para me despedir e virei o rosto para que beijasse minha bochecha, podem ele virou e me deu, um selinho, um pouco mais demorado que o último e me deixou com vontade de querer mais.
- Você não deveria cumprimentar seus amigos com selinho. – Disse tirando o cabelo do meu rosto.
- Você está brincando ne?
- Não, não estou.
- Não vou nem entrar nesse assunto com você Pierre, já disse que ele é meu amigo.
- Ok, outro dia então, até mais Vivian, Boa noite. – Cheguei em casa em torno das 4:40 tomei um banho rápido, coloquei a camisola e fui direto para a cama, dessa vez não demorei muito para dormir, estava exausta.
Passei o domingo todo entre a cama e o sofá, estou acostumada com as noites de farra, mas como meu domingo não tinha nada programado acabei usando para descansar.
Segunda eu acordei mais disposta depois de dormir praticamente o domingo inteiro, dei minhas aulas pela manhã e o treino a noite, terça não foi muito diferente, quando cheguei em casa já era tarde, e estava preste a entrar no banho quando ouvi meu celular tocar na sala. “É ele”
- Alo!! – Atendi tentando mostrar desinteresse e fui caminhando até o banheiro.
- Oi coração, como você está? - Meu corpo arrepiou ao ouvi-lo, ele tinha uma voz rouca e aconchegante.
- Estou bem preparando um banho. – A banheira já estava cheia então desliguei e parei na porta.
- Banho a essa hora?
- Cheguei da academia agora, essa é a hora que sobrou pra mim. E você acordado por qual motivo? – Pude ouvir o barulho de carro do outro lado, ele estava na rua?
- Estava indo dormir, mas não consigo tirar você da cabeça, está pensando em dormir depois do seu banho?
- A intenção é essa, mas nunca consigo dormir cedo.
- Não moro muito longe da sua casa posso passar aí?
- Agora? – Olhei para banheira, e pensei no que tenho para fazer, eu provavelmente iria deitar  e rolar a noite inteira com pensamento sobre o homem que quer me visitar. – Em quanto tempo você chega?
- Na verdade já estou aqui no portão.
- O que? Você disse que estava preparando para dormir.
- É eu estava, mas não consegui, então peguei o carro e quando vi já estava aqui. – Peguei minhas roupas que tinha deixado no chão e as guardei.
- Bem como eu disse estava preparando um banho vou precisar de 10 minutos para me ajeitar aqui. – Respondi tentando conter uma agitação estranha que começou dentro de mim.
- Por que, você já está sem roupa? – Ele perguntou com um tom de voz mais baixo.
- Bem na verdade sim, estou nua na porta do banheiro esperando você desligar para que eu possa ficar limpa.
- Está falando sério?
- Sim eu estou. - Comecei a sorrir comigo mesma.
- Bem então eu te dou 10 minutos, vou ver se encontro algum lugar para comprar algo pra gente beber, 10 minutos e nada mais.
- OK, 10 minutos e estarei pronta. – Desliguei o telefone e tomei o que foi o banho mais rápido da história, coloquei um short jeans e uma regata leve e prendi o cabelo em falso coque, ouvi a campainha, olhei no relógio sorrindo 10 min.
- Que foi? – Perguntei querendo saber o motivo dele estar sorrindo.
- Nada, estou vendo como você fica em 10 minutos.
- Hum, fiz o que pude espero que esteja bem vestida.
- Com certeza está. – Ele levantou a mão e mostrou duas garrafas de vinho.
- Trouxe vinhos, não são franceses, mas é o que se consegue em uma padaria 24horas.
- Bem! Melhor do que nada, entre – Ele me acompanhou até a cozinha, abri o vinho e peguei duas taças no armário, Sentei-me no sofá e coloquei uma música para a casa não ficar em silencio dessa vez um sertanejo, indiquei o espaço vazio ao meu lado pra ele sentar.
- Então o que mais você faz além de resolver problemas? – Perguntei tentando quebrar o gelo.
- Bem além da casa de eventos daqui, tenho uma outra no Rio e administro a empresa do meu pai na França.
- Um homem de negócios. – Disse molhando a boca de vinho.
- Pode se dizer que sim e você faz alguma coisa além da academia?
- Bem, nada tão interessante quanto a França, trabalho mesmo na academia e faço os bicos no buffet.
- Você é mais interessante que a França. – Pela primeira vez eu não tinha o que falar e eu não sou assim sempre tenho algo na porta da língua guardado para momentos constrangedores. Levantei e caminhei ate a cozinha em busca de algo que para tira-gosto.
- Então, eu resolvi o que tinha para resolver, por isso estava no seu portão - Pierre levantou e veio em minha direção.
- Está falando do algo? – Meu corpo foi tomado por uma ansiedade, e um arrepio correu meu corpo foi como se meu estomago estivesse cheio de borboletas.
- Isso Mesmo o algo – Ele pegou minha taça e colocou na bancada. – Agora podemos terminar o que começamos.
- Não me lembro de ter deixado nada inacabado. – Ele pegou minha cintura e levou ao seu encontro.
- Não mesmo? – Ele se abaixou e me deu um selinho. – Acho que tínhamos parado aqui. - Ele tirou uma mecha do cabelo que estava no rosto, e então pressionou sua boca contra a minha, eu suspirei com a boca colada na dele. Foi mais um suspiro de alívio de entrega.
Ele tem um beijo lento e explorador, a mão que estava parada na minha nuca começou a subir e descer me acariciando e puxando levemente alguns fios de cabelo me deixando arrepiada, nos encontramos um ritmo e o beijo ficou cada vez mais ardente e excitante, ouvi um gemido sai de seus lábios, me excitando. Fiquei na ponta dos pés para tentar senti-lo melhor, percebendo meu esforço ele me pegou pela cintura me levantando como se eu não pesasse nada, enrolei minhas pernas no quadril e ele caminhou até o quintal  me colocou sentada na mesa que ainda estava do lado de fora, sua boca saiu da minha e desceu para meu pescoço eu joguei a cabeça pra trás para sentir a boca na minha pele, a sensação da mão dele me tocando é maravilhosa, me senti rendida, entregue, enlouquecida.
- Seu beijo é uma delícia! - Ele disse no meu ouvido com uma voz suave que fez meu corpo inteiro tremer.
- Você quer me matar? - Perguntei atormentada, ele sorriu com a sua boca na minha.
- Não exatamente. – Recomeçamos a nos beijar, ele acariciava cada parte do meu corpo, suas mãos traçavam uma linha imaginaria que seguia do meu tornozelo até minha coxa deixando a sensação de estar sendo queimada por onde quer que a mão dele passava. Eu já beijei muitos homens muitos mesmos mas o beijo dele é diferente, ele não tem pressa, ele me beijava com uma calma que me permitia sentir cada movimento que a língua dele fazia com a minha e pela primeira vez não tive pressa eu poderia ficar a noite toda assim, saboreando-o.
Sem perceber o beijo tomou outro rumo, ele ficou mais ardente as mãos de Pierre foram para debaixo do meu vestido e pude sentir quando a respiração dele falhou ao me tocar, comecei a beija-lo com mais força eu o queria mais perto bem mais perto, então ele parou ele não fazia mais nada nem me beijava nem mexia as mãos.
-  O que foi? – Perguntei sem entender.
- Não podemos continuar.
- O que? Por que não? Pensei que estivesse com tudo resolvido.
- E esta, é só que não podemos, não quero que seja assim Vivian- Ele tirou a mão debaixo do meu vestido e a colocou na minha cintura.
- Assim como? – Respondi tirando a mão dele e descendo da mesa.
- Não sei, assim. – Entrei na cozinha e peguei minha taça de vinho tomando tudo de um gole só.
- Você deve achar que eu sou idiota ne, primeiro vem com essa conversa de que não podemos beijar, aí vem aqui me agarra e agora vem com essa história de que não podemos transar? Você está pensando que estou por sua conta? Se não quer transar comigo por mim tudo bem, tenho muitos homens que podem fazer isso, mas não vem inventado história pra cima de mim novamente.
- Não estou inventando história. – Ele pegou a taça dele e tomou um pouco. – Você me deixa descontrolado nunca sei o que fazer perto de você sério, não estou inventando, eu apenas acho que nós precisamos de um pouco mais de tempo antes de transamos, não temos nenhuma pressa.
- Fale por você. – Ele sorrio, pegou meu braço e me puxou.
- Podemos fazer o que estávamos fazendo – Ele passou o dedo pelo contorno da minha boca um gesto que me fez fechar os olhos, depois pegou meu queixo abaixou um pouco para alcançar minha boca e passou a ponta da língua pelos meus lábios, - Esse vinho é horrível, mas na sua boca ficou ótimo. – Como ele consegue fazer isso comigo? Estávamos no meio de uma discursão, foi só ele chegar mais perto e pronto me derreto toda, acho que estou mesmo me tornando uma idiota.
Passei minhas mãos envolta do pescoço dele e o abaixei para poder beija-lo ele abriu a boca para me receber o invadi querendo conhecer cada parte, cada detalhe daquela boca, ele desceu a mão para o meu rosto e o alisou, coloquei minha mão dentro de sua camisa, parei com a ponta da unha na coluna e fui subindo levemente, ele gemeu entre meus lábios, então me pegou pela cintura e novamente me levou para a mesa, eu abri as pernas para que ele pudesse ficar entre elas assim ficar mais perto, enrolei meus braços envolta do pescoço e de novo o beijo lento começou, mas eu queria mais, não sou do tipo que se contenta só com beijo, eu queria ele queria tudo e queria agora.
- Você é sempre apressada? – Resmungou entre meus lábios como se tivesse lido meus pensamentos.
- Não muito é que você e muito devagar.
- Eu sei, você tem a pele tão macia e um cheiro maravilhoso, gosto de sentir minha mão na sua pele e quando vejo que você também gosta quero ficar mais perto possível de você. Ele abaixou e passou o nariz pelo meu pescoço. – E soltei um gemido baixo
- Pensei que quisesse ser apenas meu amigo. – Disse para mudar de assunto.
- Eu disse amigos por enquanto. - Ele passou a mão pelo meu cabelo. - Você é tão linda! - Me senti como se estivesse queimando de vergonha, não sou acostumada com homens me fazendo elogiando.
- Obrigada, você também.
- Não gosta de elogios?
- Não é que não estou acostumada.
- Acostume porque você é mesmo encantadora e não vou deixar você esquecer isso. – Disse enquanto passava a ponta dos dedos acariciando meu rosto. – Eu adoraria ficar aqui apreciando essa sua boca maravilhosa mas eu realmente preciso ir, amanhã vou ter que ir viajar, tivemos um problema de última hora na empresa do meu pai na França e ele quer que eu vá, será por uma semana então não vou poder aparecer esses dias...
- Você não precisa se justificar. – Interrompi, ele não me deve satisfação e nem eu a ele.
- Mas eu quero.
- Você é quem sabe, mas não pense que farei o mesmo.  - Respondi descendo da mesa.
- Por que você está sempre na defensiva? Eu sabia que você não é do tipo que confia fácil, mas não imaginei que seria tão difícil fazer você entender que eu sou diferente. Sei que esta rodeada por homens que não se justificam, e age da mesma forma, mais por favor não me compare a eles, eu não sou igual.
- Homem é homem e ponto final. – Passei por ele e peguei minha taça.
- E mulher é mulher?
- Vocês tratam todas da mesma forma o que diz que sim, todas são iguais. – Enchi minha taça e coloquei o restante do vinho na geladeira. Ele me seguiu.
- Vivian eu sei que você provavelmente tem vários motivos para pensar dessa forma que eu gostaria de saber e você não vai me contar, mais eu odeio ser comparado a homens que tratam as mulheres como mercadoria encontrada na esquina, eu pensei que você já tivesse percebido isso.
- Eu não percebi nada te conheço a pouco tempo e não dá para conhecer ninguém com dois beijos. - Seu olhar se prendeu ao meu, eu podia sentir a tensão que vinha deles, eu o encarei por igual, longe de mim abaixar a cabeça pra ele ou pra qualquer um, até que ele cansou, bufando pegou a taça de vinho e sentou do lado de fora da casa, eu peguei a minha e entrei, como ele me irrita, fiquei na cozinha fingindo fazer alguma coisa, ate eu me acalmar quando sai o vi sentando ainda com a taça na mão.
- Você parece estar longe – Disse enquanto me sentava ao lado dele.
- Pensando em tudo que tenho que resolver essa semana, não é nada de muito grave mais meu pai é meio perfeccionista e quando acontece alguma coisa exige que tudo seja avaliado de perto, por isso a viagem.
- Ele tem meu apoio. – Coloquei os pés no apoio do banco e beberiquei meu vinho.
- Acho que vocês se dariam bem.
– Não tenho a intenção de conhecer seu pai.
- Eu sei que não, você quer ser solta – Ele levantou da cadeira apoiou as mãos em minhas pernas e me deu um leve beijo na boca.
- Exatamente isso, não gosto de compromissos.
-Sabia que você soa mais como um homem falando assim não sabe?
- O que? Homens podem ter a liberdade que quiserem e mulheres não?
- Nem Todos eu não quero e nem gosto. – Ele me deu outro selinho.
-Eu duvido.
- Um dia vou provar que tudo que estou falando é verdade. –Disse abaixando e me dando um beijo na testa - Então é isso, está ficando tarde ou não vou conseguir viajar.
- Te levo até o portão. – Ele me deu um beijo rápido e caminhou até o carro, nos despedimos com outro beijo lento.
- Vou sentir saudades. - Disse pegando uma mecha do meu cabelo e colocou atrás da orelha. - Até semana que vem. -   Esperei o carro virar a esquina e entrei, fui para a minha cama tentando sem sucesso não pensar em como adorei os beijos dele.   
          Quinta e sexta não tive muito o que fazer além da academia e os ensaios. Como todos os sábados a academia estava vazia tive apenas dois alunos que começaram hoje o que ocupou a maior parte do meu tempo, nós decidimos ensaiar na parte da tarde, e a noite teria uma festa no buffet decidi que essa seria minha última festa os últimos dias tem me deixado muito cansada então como Marcus sugeriu vou ficar somente com a academia. Eu e Marcus já estávamos prontos para ensaiar quando Márcia chegou já trocada e nos cumprimentou.
- Olá galera tudo bem? - Começamos a ensaiar e Carlos também não estava concentrado, errava praticamente todos os passos o que era raro ele quase não se atrapalhava, com certeza aconteceu alguma coisa. Terminamos de ensaiar e fui procurar Márcia.
- Oi, você não parece bem.
- Já estamos mal a algum tempo Vivian nós brigamos de novo e dessa vez foi sério, eu que terminei e não quero vê-lo, mais infelizmente tenho que ver todos os dias.
- Quer conversa?
- Eu quero. - Despedimos e fomos a um barzinho que ficava aqui perto, quando chegamos ela já foi logo começando a chorar.
- Eu não quero mais namorar assim, ontem fui conversar com ele e disse que ou ele fica só comigo ou não teremos mais namoro.
- O que ele respondeu?
- Que não temos nada sério e que se eu não aguento mais tínhamos mesmo que terminar.
- Oh Márcia sei que deve ser difícil, mas você tem mesmo que fazer isso, ele precisa decidir tenho certeza que ele gosta de você mas so vai perceber isso quando te perde, talvez vocês dois precisem desse tempo para amadurecer a relação, no início é difícil você vai sentir saudades, mas precisa ser forte, ele se acostumou a sempre te encontrar, seja forte a próxima vez que ele te procurar não vá.  – Ela deitou a cabeça no meu ombro, gesto que eu fiz algumas vezes porem antes era eu no lugar dela precisando de consolo. Passei a mão pelo seu cabelo.
- Você fala como se tivesse experiência nisso.
- Eu tenho, claro que não pessoal mais por relacionamentos das pessoas, eu aprendo algumas coisas observando, vai por mim Carlos vai perceber se você der toco nele e vai sentir muito te perder e terá que aceitar algo sério e se não aceita é porque ele não te merece.
- Tudo bem, vou tentar obrigada Vivian é sempre bom conversar com você. - Ela limpou algumas lagrimas - E o lance com o Pierre como vai?
- Bem nos, nós beijamos. - Disse lembrando dos beijos, quase soltei um suspiro ao lembrar.
- Sério como foi?
- Bem quente, ele beija mesmo muito bem. -Nos sorrimos
- Então ele não quer ser mais só amigo.
- É parece que não, mais não temos nada eu já disse a ele.
- Não acredito que falou isso no primeiro beijo, quer dizer acredito sim, você é louca, por que não curte o momento? É sério nega todo homem que você conhece você os bloqueia, é só relaxar.
- Relaxar. - Essa palavra está me perseguindo.
- Vivian nem todos os homens são iguais, se fosse porque escolheríamos tanto? Se eu estivesse no seu lugar aproveitaria a oportunidade, sei o que aconteceu e você tem medo de que aconteça de novo e está afastando alguns caras bem legais e Pierre realmente parece um cara legal.
- Não quero que nada me atrapalhe agora Marcia estamos quase chegando lá.
- Sim e daí? Ainda faltam um ano e meio para conseguirmos chegar perto de Sydney qual é o problema de aproveitarmos um pouco a caminhada até lá? Você não quer se amarrar? Não se amarre, tenha um relacionamento aberto como o que você tem com Marcos converse com ele, diga o que pensa não guarde para você, mas sinceramente amiga não deixe de aproveitar, você está muito focada tem que tirar um tempo para esfriar a cabeça. – Ela sorriu um pouco e limpou as lagrimas.
- E tem outra eu não quero pensar no Cris toda vez que o beijar.
- Você está brincando comigo ne? Você reparou bem nele? Ele não se parece nada com Cris, não tem a menor chance de você pensar nele enquanto estiverem juntos se dê uma chance Vivian.
- O que é isso um complô? Não estávamos falando de mim aqui.
- Eu sou sua amiga e quero o seu bem.
- Obrigada pelo conselho, quer cancelar o ensaio de segunda? - Disse mudando de assunto o foco aqui não sou eu era ela.
-Eu queria muito ficar um tempo sem ver o Carlos, acho que esses dias está ótimo se não for atrapalhar a equipe.
-Não vai atrapalhar fique tranquila, vou mandar uma mensagem para eles amanhã.
- Obrigada! Então vou embora estou meio cansada. - Assim que Márcia foi embora fui direto para o buffet, tive alguns problemas na festa para resolver, um garçom faltou e tive que substituir, então além de administrar a festa fui garçonete, quando cheguei em casa eu estava só o pó, mas mesmo cansada eu não consegui dormi muito bem, passei a madrugada inteira pensando nos pros e nos contra do que Marcia me disse, “Nem todo homem é igual” Será? E se eu me decepcionasse? Valeria à pena passar por tudo aquilo de novo? Aproveitar o caminho até lá?  Droga não sei o que fazer!!!
Segunda e terça eu trabalhei apenas na academia não tivemos ensaios, na quarta meu dia foi como todos, treinos e ensaios, cheguei em casa tarde e dessa vez decidi não colocar DVD para coreografias coloquei um filme para assisti quem sabe assim penso menos no festival, assim que apertei o play ouvi meu celular tocar. Era ele.
- Oi. – Atendi mais que de pressa, será que foi depressa demais?
- Olá coração, como está?
- Bem graças a Deus e você? Conseguiu resolver tudo aí?
- Sim, como disse não era nada demais, meu pai é um perfeccionista.
- Ele é espeto. – Respondi pegando o controle e pausando o filme - Como foi sua viagem?
- Bem tranquila nada com que eu não esteja acostumado, neste momento tenho apenas uma coisa me incomodando, estou com saudades de você e só vou te ver no sábado.
- Sábado está chegando. - Eu disse percebendo que também estava ansiosa para vê-lo o que é um sinal muito ruim.
-É esta. Noelle e alguns amigos estão marcando de ir a um sítio sábado em Lagoa Santa eu queria saber se você quer ir comigo?  - Não é uma boa ideia ficar nos vendo, porem está muito calor esses dias e eu realmente preciso de um pouco de diversão, agora que Marcus está com Michelle vou passar muito mais tempo sozinha.
- Sábado não posso temos ensaio.
- Que horas?
- Logo depois da academia.
- Então pode ser domingo, vamos cedo que assim dá para aproveitar.
- Tudo bem, sábado você me passa o endereço.
- Eu pensei em te levar. - Fui até a cozinha e pequei um copo de água.
- Eu prefiro ir com meu carro.
- Por quê?
- Porque se acontecer alguma coisa, posso ir embora sem que você precise interromper a sua diversão.
- Por Deus Vivian o que poderia acontecer?
- Você já reparou que não conversamos muito tempo sem discutir? Se entrarmos em alguma discussão por lá estarei prevenida.
- É porque você está sempre na defensiva é sério confie em mim passo aí as 07h00.
- Vai estar acordado as 7h00 de um domingo? - Provoquei lembrando a mensagem que ele me mandou.
- Vou e espero que você também.
- Eu vou estar. – Fizemos uma pausa meio constrangedora.
- E então o que você está fazendo?
- Bebendo um copo com água e assistindo um filme.
- Gostaria de ser esse copo só para sentir sua boca agora, enquanto ao resto parece um programa de garota solitária.
- Não sou uma garota solitária, eu gosto do filme não preciso de companhia para isso, enquanto ao resto não seria uma má ideia sentir sua boca na minha.
- Você não tem ideia de como eu gostaria de estar com você agora.
- No que você está pensando? – Perguntei passando o copo pelos lábios.
- Agora estou pensando em como adorei seus beijos, daria tudo para poder te beijar de novo.
- Tudo?
- Tudinho Vivian. – Fechei os olhos e quase pude sentir sua boca encostar a minha, soltei um gemido involuntário e coloquei a mão na boca por reflexo.
- Não faça isso coração, ou você me mata aqui. – O som suave da voz dele podia me levar a loucura se assim quisesse.
- Noelle veio conversar comigo. – Disse lembrando da primeira coisa que veio em minha mente. Não quero da uma de adolescente, e acabar me tocando no final da noite.
- O que ela disse? – Caminhei até o quarto e me deitei na cama.
- Me ameaçou de morte.  - Ele deu uma gargalhada tão gostosa, eu adorei ouvi-lo descontraído.
- Típico dela, não leva a sério, ela é uma boa pessoa e uma Irmã protetora.
- É sim você tem sorte.
- Tenho sim. - Nós entregamos a uma conversa descontraída, ele me perguntava sobre tudo do porque eu dançava, sobre meu trabalho, meus amigos, quando perguntou sobre minha família acabei falando que minha mãe e a vó faleceram ele se desculpou por várias vezes e ficou envergonhado, precisei ficar um bom tempo dizendo que não tinha problema que já se passaram muitos anos e que já estava acostumada, depois ele retornou com as perguntas do que eu gosto do que não gosto, respondi a maioria sem problemas mais quando ele me perguntava alguma coisa mais sentimentalista eu ficava sem jeito e o enrolava com outras perguntas, quando percebi tinha passado horas e começamos um festival de bocejos.
- Bem vou deixar você dormir um pouco.
- Deveria mesmo são que horas aí? – Perguntei não querendo desligar.
- 06:00, Hora de trabalhar, aí são o que? 02:00?
- Exatamente hora de ir dormir. – Eu já tinha trocado de roupa e estava deitada enrolando um cacho rebelde nos dedos.
- Então tudo bem até sábado. - Ele parecia não querer desligar, eu também não, ficamos por mais meia hora ao telefone conversando banalidades, até que por fim decidimos desligar o telefone as 03:00. Na sexta como era de se esperar acordei indisposta, ao chegar na academia dei de frente com Noelle na bicicleta.
- Bom dia, tudo bem?
- Bom dia, está sim, preparando o corpo aqui para amanhã.
- Para o sítio?
- Meu irmão te convidou? – Pela cara de espanto dela, imaginei que eu não seria uma convidada espera.
- Sim, tem algum problema se eu for?
- Claro que não, você aceitou o convite?
- Aceitei está muito calor e ao que parece meus amigos me abandonaram.
- Percebi que Marcus está diferente, um pouco aéreo.
- É o amor
- Bem é a única coisa capaz de mudar os homens.
- É o que parece, o que eu preciso levar?
- Não precisa levar nada não, já tem tudo.
- Nem uma cervejinha?
- Nada é nada Vivian.
- Tudo bem.  – Marcia me mandou uma mensagem dizendo que estava mal e pediu para cancelar o ensaio de hoje, respondi que por mim tudo bem e mandei mensagem para os meninos avisando que não teremos ensaio ou a saída amanhã, ao pegar o celular vi uma mensagem do causador da minha noite mal dormida.
Pierre: Acordei pensando em você. Nem parece que ficamos a madrugada inteira conversando.
Recebi a mensagem há 10 minutos na França deve ser 12:00. Pressionei responder, pensei em algumas respostas, escrevi várias frases as vezes uma palavra, mais acabei desistindo não sabia o que responder e decidir não mandar nada. Sai da academia na hora do almoço fui ao shopping comprar biquíni e alguns conjuntos de lingerie entre outras coisas para levar, não tenho habito de ir a clubes ou viajar para praias então precisei comprar praticamente tudo, Marcus não tinha aula para dar, e acabou não vindo na parte da manhã a responsabilidade da academia então ficou comigo, ele me mandou uma mensagem dizendo que hoje não veria Michelle e queria passar lá em casa.
          Cheguei em casa tomei meu banho e fiz a janta, Marcus sempre come quando vem me visitar provavelmente devem comer muitas besteiras naquele apartamento. Assim que chegou já foi logo atacando as panelas.
- Não acredito que tem estrogonofe sabe a quanto tempo eu não como isso? – Era a comida preferida dele, antes que eu pudesse responder ele estava com um prato na mão se servindo.
- Isso aqui está excelente. - Elogiou depois de terminar o segundo prato.
- Vamos assistir filme? – Perguntei já ligando a televisão.
- Gravei Malévola dia desses e ainda não consegui ver, pode ser?
- Claro. - Eu coloquei o filme e fiz pipoca com Marcus momentos assim são apenas momentos entre amigos, não me incomodava em nada ter ele em minha casa, assistimos dois filmes até que Marcus adormeceu no sofá e eu fui para a cama.
Quando acordei ele já não estava mais em casa, aproveitei que tinha acordado mais cedo e fui arrumar a bolsa pra sair amanhã, lembrei que ainda não tinha avisado Pierre que não iria ter ensaio hoje, assim que enviei a mensagem ele mandou outra.
Pierre: Bom dia Coração!!! Que bom receber uma SMS sua pensei que tivesse me esquecido, que pena sei que você gosta de ensaiar aconteceu alguma coisa?
Eu: Sim, quando te encontrar eu explico. O sítio ainda está combinado? Eu precisava descansar e um sítio parece ótimo para fazer isso.
Pierre: Claro não vou perder a oportunidade de te ver de biquíni. Noelle vai hoje, como não vai mais ensaiar quer ir hoje também? Olhei para o relógio 10:00
Eu: Você já chegou?
Pierre: Cheguei hj 2:00
Eu: Se quiser ir hoje tudo bem.
Pierre: Ok, preciso descansar um pouco te as 15:00 ?
Eu: Ok.



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