Capítulo 6

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Quando entrei no quarto já fui ligando o rádio em volume baixo, peguei minha toalha, sabonete e fui tomar meu banho tive que lavar o cabelo para tirar o cloro, e acabei demorando um pouco mais do que gostaria, quando terminei olhei meu celular tinha duas mensagens a primeira da Márcia dizendo que já estava melhor e que na segunda poderíamos voltar a treinar todos os dias, a outra do Marcus dizendo que tinha saído de manhã porque Michelle ligou e pediu para ele ir até a casa dela, deixei para responder as mensagens amanhã porque era muito tarde, coloquei meu conjunto de lingerie que comprei pra hoje, e sequei meu cabelo com um difusor.
Não consigo pensar em nenhum motivo para Pierre não querer transar comigo, esperar? Eu em, isso é mais papo de mulher, apesar dos beijos lentos dos abraços carinhosos eu consigo sentir que ele me deseja tanto quanto eu a ele, então esperar o que? Coloquei uma camisola rosa e fui para a cama, quando já estava quase dormindo ouvir uma batida na porta, senti meu coração pular, quem mais podia ser senão ele? Olhei no espelho e ajeitei meu cabelo, "Pare com isso não irá acontecer nada". Ouvi outra batida e fui abrir a porta.
Ele usava uma regata branca, bermuda jeans azul e um chinelo, pude sentir o cheiro de sabonete de um banho recém tomado, o cabelo estava molhando e desalinhado, ele parou no batente da porta e passou os olhos pelo quarto.
- Estava dormindo? Perguntou passando as mãos pelo cabelo molhado.
- Não apenas deitada. - Ficamos em silêncio por alguns instantes depois foi como se tivesse me visto pela primeira vez desde que abri a porta, ele percorreu os olhos por meu corpo e um tremor corria por cada parte que olhos dele passou. -
- Posso entrar? Disse apontando para quarto.
- Claro, o quarto é seu fique à vontade. - Abri um pouco mais a porta e ele entrou.
Assim que fechei a porta ele me envolveu em um beijo desesperado nada parecido com os outros, mas tão intenso quanto eu poderia dizer que até melhor. Ele me empurrou para a parede, me deixando presa entre seus braços, sua boca sugava meus lábios e minha língua tão rude que chegou a doer, ele passou a boca para meu pescoço descendo e subindo a ponta da língua me causando breves arrepios, eu levei minhas mãos para o cabelo dele como queria fazer desde que abri a porta, ele pressionou a boca na minha novamente e ficamos nos beijando por não sei quanto tempo, ele se afastou um pouco e sem fôlego puxou um pouco de ar eu fiz o mesmo estava faltando ar demais em meus pulmões.
E então ele recomeçou com mais suavidade com a mesma paciência de antes, gosto de beijos arrasadores como o que começamos, mas estou me acostumando com o beijo lento dele, senti sua mão passando por meus braços depois puxando minha camisola e devagar foi descobrindo toda a minha pele, ele deu um passo para trás e fechou os olhos.
- Você acaba com meu juízo. - Lentamente voltou os lábios para minha boca colocou a mão na minha cintura, senti sua mão na minha pele nua foi a sensação mais gostosa que já tive, por onde a mão dele passava minha pele queimava. Ele me puxou para ficar mais perto tão perto que pude sentir sua ereção no meu ventre me deixando ainda mais excitada, desci minhas mãos para a blusa e o livrei dela jogando-a no chão, logo depois voltei a beija-lo fui descendo para o pescoço, ele cheirava tão bem, sem colônia apenas sabonete e Pierre nada mais, me abaixei um pouco e beijei o peito, suguei de leve o mamilo e passei para a barriga passei a ponta da língua em volta do umbigo e o senti estremecer, mordi de leve a cintura, coloquei as mãos na bermuda querendo deixá-lo livre, mais ele me impediu pegou minhas mãos e me levantou, deslizou a mão pela minha coxa pegou minha perna direita e colocou na cintura dele. Fazendo minha respiração falhar.
- Pensei que não iríamos transar! - Eu disse com a voz eufórica.
- Pensei que não transasse com seu chefe.
- Você ainda não é meu chefe. - Respondi lembrando que ainda não assinamos nenhum contrato.
- Eu não vou transar com você. – “O que?” O que estamos fazendo aqui? Antes que eu pudesse disser algo, ele passou a mão novamente pela minha coxa esquerda e a colocou na cintura dele me tirando do chão eu enrolei minhas pernas em seu quadril para não cair, voltamos a nos beijar ele começou a andar e me carregou até a cama, rolei um pouco mais para trás e deitei, ele permaneceu sentado na beirada da cama, tirou uma mecha de cabelo que estava no meu rosto e colocou atrás da orelha.
- Nós vamos fazer amor. - Me senti desaparecer, já ouvi essas palavras outras vezes mais vindo da boca dele me deixou com medo, havia verdade nelas, não foram ditas por dizer e a forma que eu gostei de ouvi-las me assustou muito mais.
Ele subiu um pouco mais pela cama ficando de joelhos com cada perna de um lado na minha cintura, com o dedo indicador ele abaixou meu sutiã e sugou meu peito tão suave que quase não conseguia sentir, passou a língua em volta do meu mamilo os fazendo enrijecer, ele passou a boca de um para o outro fazendo o mesmo movimento, depois voltou para minha boca passou a mão pela minha barriga e desceu para minha coxa, ele traçava uma linha do joelho até a parte de dentro da minha coxa eu pensei que iria entrar em curto-circuito e ele sequer começou a me tocar, “O que ele queria demorando tanto?” Com os olhos grudados ao meu ele tirou minha calcinha e a jogou em algum lugar, levantou da cama tirou a bermuda e a cueca, vi que ele estava no limite duro e avantajado, Como alguém pode ser tão lindo. ajoelhou na cama novamente abriu minhas pernas com os joelhos e se deitou entre elas.
- Você não tem ideia de quantas vezes eu te desejei, de quantas vezes quis ficar no meio das suas pernas. - Eu soltei um gemido rouco ao senti seu dedo no meu clitóris, ele fazia círculos leves apenas com a ponta do dedo.
- Vamos ver se você também me deseja. - Ele passou a mão por minha coxa novamente depois colocou o dedo em mim, ele gemeu quando sentiu o quanto eu o desejava.
- Droga! Você está tão molhada. - Colocou o dedo um pouco mais fundo depois o retirou e colocou na boca.
- Você tem um gosto delicioso, muito melhor do que qualquer fantasia que eu possa ter tido com você. – Ouvir sua voz rouca agora com o sotaque Frances muito mais carregado me deixou louca. Ele voltou com o dedo para dentro de mim foi saindo e entrando, cada entrada e saída era um gemido que eu soltava.
Ele sentou na beira da cama pegou sua bermuda tirou um preservativo e o colocou, voltou para me beijar explorando toda minha boca ficou entre minhas pernas novamente, eu as abri mais para o receber, ele passou a mão em meu rosto e olhando em meus olhos ele entrou lentamente, soltei um gemido um pouco mais alto quando meu corpo estremeceu, ele parou para que eu pudesse me acostumar, me ajeite para acomodá-lo melhor e sem tirar os olhos do meu começou a se mover, assim como no beijo ele se movia lento, podia sentir cada movimento do corpo dele e pela primeira vez eu me senti completa era como se não me faltasse mais nada tê-lo ali era o suficiente, ele saiu e entrou várias vezes, ouvi sua respiração rápida o senti ainda mais duro e vi que ele está a perto do clímax
- Vamos Vivian, preciso de você. “- O que? Ele quer que eu chegue ao clímax com ele dentro de mim? Na primeira vez? Ele só pode estar brincando, eu raramente consigo ter um orgasmo na penetração isso pra não dizer que nunca."
“Sempre tive dificuldades com os orgasmos, quando iniciei a relação sexual, eu não chegava ao clímax nunca, eu sentia a excitação o desejo, meu corpo respondia a cada toque mais eu não chegava ao orgasmo, até ter minha primeira relação com Marcus e consegui ter meu primeiro orgasmo com o sexo oral, ele foi encantador, carinhoso e me deixava calma durante o sexo eu sempre fui ansiosa e preocupada e ele dizia que quando eu estiver na cama eu precisa deixar tudo fora dela, talvez fosse verdade mais eu realmente nunca considerei um problema já que a maioria das mulheres que conheço também só conseguiam ter orgasmos dessa forma, cheguei a fazer uma pesquisa na internet para entender melhor até que desistir já que pelo que consegui entender é realmente difícil que alguma mulher consiga ter um orgasmos com a penetração as poucas que conseguiam eram sortudas e eu as invejava. “
- Eu não consigo. - Disse envergonhada.
- Sem você não tem graça. – Reclamou ofegante.
- Eu não consigo com você aí. - Ele parou e pensou no que eu disse, ouvi sua respiração desacelerar e lentamente saiu me deixando vazia.
- Você definitivamente precisa parar de se preocupar, apenas pare e sinta ok? É só fazer como fez hoje na piscina. - Ele beijou meu pescoço.
- Vou tentar. - Eu disse em voz baixa.
- Vamos fazer assim, vou fazer umas perguntas e você me responde mais você vai precisar sentir e só nada mais, não pense no que estou fazendo entendeu apenas sinta?
- Sim entendi. - Ele levantou e apagou a luz do abajur que estava acesso do meu lado.
- Feche os olhos.
- Mais já está escuro.
- Feche os olhos Vivian.
- Você está muito mandão. – Reclamei fechando os olhos.
- Não estou brincando. –Eu achei aquilo idiota estava tudo escuro pra que fechar os olhos? Mesmo assim eu fiz o que eu ele pediu, pediu não mandou. - Já fechou?
- Sim. - Ele beijou minha boca mordiscando de leve meus lábios, nossa língua se entrelaçam e dançavam uma dança só delas, aos poucos nosso beijo terminou e ele desceu mordendo meu mamilo logo depois o lambeu como se acariciasse a mordida, ele repetiu o gesto do outro lado, e eu ainda com os olhos fechamos gemia sentindo sua boca brincar com meu corpo, ele foi descendo sem tirar a boca da minha pele.
- Onde estou beijando Vivian?
- No umbigo - Ele desceu mais e parou com a mão na minha coxa e foi me alisando com as pontas dos dedos, depois passou a língua por baixo da minha coxa subindo do joelho até minha virilha.
- E agora?
- Na coxa. Ele tirou a boca e ficou parado com a mão na minha virilha alisando lentamente, sem me conter eu me mexi tentando sentir o dedo mais perto.
- O que você quer?
- Você. - Disse tão baixo que não tive certeza se ele ouviu. - Eu quero você. - Disse de novo.
- Onde coração? Onde você me quer?
- Você sabe.
- Eu vou saber, um dia vou conhecer cada pedaço do seu corpo melhor do que você mesma, saberei cada lugar onde você sente prazer, mais eu ainda não sei Vivian, ainda não conheço seu corpo basta falar se você não me disser eu não vou saber. - Eu sei bem o que ele está fazendo ele quer me fazer falar me fazer abrir com ele mais usar o sexo? Isso não é justo. - Ele passou o dedo pela entrada da minha vagina e depois alisou meu clitóris, me deixando ainda mais molhada de excitação
- Em mim, te quero dentro de mim - Ele se arrastou pela cama e tomou minha boca novamente, fui pega de surpresa, mas o aceitei de bom grado. A mão dele foi deslizando pelo meu corpo, explorando cada parte minha. Novamente seus dedos acariciaram meu clitóris e depois ele me penetrou com dois dedos novamente, dessa vez foi diferente o toque me fez sentir tonta.
- Apenas sinta coração, me deixe tocar você, me deixe conhecer você. – Senti um frio na barriga que passou para as pernas, ele tirou e colocou o dedo algumas vezes, fiquei assustada com o que sentia e soltei um gemido involuntário com a reação desconhecida.
- O que você está sentindo? Ele retirou e o colocou mais algumas vezes, me senti a ponto de entrar em combustão.
- Eu não sei. - Ele mexeu o dedo lentamente, tirou e o colocou, acariciando um ponto dentro de mim que requer minha atenção.
- E agora? - Eu não conseguia falar, não dava estava dando atenção ao meu corpo e em como sentir seu dedo era excelente.
- Venha pra mim Vivian, se entregue a mim. – Ele sussurrava palavras doces em meu ouvido, palavras que não me deixavam pensar em mais nada a não ser em senti-lo me tocar. Ele o tirou e colocou lentamente um pouco mais fundo. Quando senti alguns espasmos, vários tremores na perna, um frio na barriga, ele afundou o dedo ainda mais. Foi quando eu comecei a gemer mais alto, ele calou minha boca com beijos e engoliu cada gemido meu.
- Oh Deus Pierre, oh meu Deus, oh meu Deus... - Não consegui pensar em mais nada, eu não era dona de mim e me perdi em um mundo de sensações diferentes, um mundo com fogos de artifícios e borboletas no estomago, um mundo intenso e fascinante. Ele esperou meu corpo voltar e aos poucos retirou o dedo, novamente colocou o dedo na boca sentindo o gosto do primeiro orgasmo que vou passar a considerar de agora em diante. - Não acredito que ele conseguiu me fazer chegar ao clímax com apenas os dedos.
- Que delicia te ver gozar coração, Algumas sensações são inexplicáveis, e simplesmente não dá para entender, é o que eu estou sentindo por você eu não consigo colocar em palavras, nos conhecemos a pouco tempo mais eu não sei como explicar, eu só consigo sentir e vem sendo assim desde a primeira vez que vi seus olhos negros nos meus, eu não consegui mais te esquecer. - "Não!!! Eu não queria ouvir aquilo ele estava piorando tudo eu já vou lembrar desse dia por muito tempo não quero ter que me lembrar dessas palavras também," Mas eu ainda estava perdida, estava cansada demais para falar alguma coisa - Ele abriu minhas pernas com os joelhos e me beijando me penetrou novamente, me fazendo gemer entre sua boca.
- Você beija tão bem – Eu disse ainda, meio sonsa, afoguei minhas mãos em seus cabelos e abri um pouco mais as pernas, ele saiu e entrou outras várias vezes, e novamente meu corpo reagiu.
- Vamos coração, se perca comigo. - Suas palavras foram suficientes, eu perdi o controle do meu corpo novamente, não sabia onde estava e não fazia diferença, queria me perder com ele, sentir o que ele pode fazer comigo. Ele chegou ao clímax logo depois e se deixou cair em cima de mim, ficamos assim até que nosso corpo voltasse ao normal, vi quando ele levantou, tirou o preservativo e foi ao banheiro jogá-lo fora. Eu fechei os olhos e simplesmente adormeci.
Quando acordei Pierre ainda estava dormindo, eu estava esparramada na cama, ele encolhido no outro lado, conseguia ouvir a respiração tranquila e ver seu cabelo desgrenhado, levantei-me devagar para não o acordar.
Peguei minha toalha e fui tomar banho pensando na noite de ontem, ele parecia saber exatamente do que eu precisava aquilo foi fascinante, ele fez todo um problema de anos parece simples e fácil. "Uau ele e tão bom de cama quanto no beijo" assim como Bia tinha dito, balancei a cabeça tentando afastar os pensamentos dela, não vou estragar minha alegria pensando nela agora. Sai do banho coloquei meu biquíni uma canga e fui até a cozinha beber água, eu estava descansada, não me lembro quando foi a última vez que dormi tão bem, queria aproveitar o máximo meu dia.  Cheguei à cozinha e encontrei a mãe de Pierre fazendo café.
- Bom dia filha dormiu bem?
- Dormi sim obrigada por perguntar, nossa esse lugar é ainda mais lindo de dia. – Percorri os olhos pelo jardim tinha várias arvores de frente a janela da cozinha, um lago lindo, palmeiras e balanços era o tipo de lugar que se via nos filmes de pais e mães se divertindo com os filhos.
- É eu sei, meu marido e eu o fizemos para momentos em família como este, os franceses amam ficar rodeados por pessoas que gostam e eu acabei me acostumando e adorando esse costume, nos torna especial.
- É verdade.
- Da próxima traga alguém da família se quiser, não nos importamos.
- Eu não tenho ninguém. - Quando disse ela me olhou curiosa - Quer dizer ninguém da minha família, eu tinha minha mãe e minha avó mais faleceram, mas tenho amigos que adorariam vir aqui.
- Oh filha desculpa. -Ela disse vindo me abraçar.
- Não se preocupe já tem algum tempo. Eu a abracei sem graça.
- Mesmo assim deve ter sido difícil ficar sem alguém especial por um tempo, não consigo imaginar uma dor dessas. - Ela pegou uma bandeja colocou dois Paes, dois cafés, dois sucos e duas frutas.
- No início foi depois fui adaptando. - Peguei um copo e coloquei água.
- Entendo, temos que ser camaleões as vezes ne mesmo. Mas fique a vontade para trazer seus amigos,  Pierre já acordou?
- Até a hora que sai não - respondi sem jeito, sei que já somos adultos, mas só de pensar que ela sabe o que estávamos fazendo me deixou envergonhada.
-Toma leva essa bandeja para ele, hoje é o aniversário de verdade, acredito que ele vai adorar, meu filho sempre gostou dessas coisas, acho que o mimei demais. - Por que eu faria uma coisa dessas? Estava pronta para negar quando vi o sorriso no rosto dela.
- Tudo bem eu levo.
- Cuide bem do meu bebê Vivian. – Aff “Ele que se cuide, já é grande o suficiente para isso.” Disse meu subconsciente revoltado.
- Vou tentar. - Peguei a droga da bandeja e sai. Quando cheguei ao quarto ele não estava mais na cama, ouvi o barulho do chuveiro tirei o abajur do criado e coloquei a bandeja do lado que ele dormiu. Arrumei a cama, e guardei as roupas jogadas.
- Isso aí é para mim? - Olhei para trás e o vi com um sorriso no rosto estava com uma toalha enrolada na cintura, e com outra secando o cabelo. Uma visão de dar água na boca.
- É sim. - Disse colocando minha roupa em uma sacola e guardando na bolsa.
- Você quem fez? Pensei que não fosse romântica faltou uma rosa no canto. - Disse debochado.
- Sinto desapontar mais não, fui até a cozinha e encontrei sua mãe, ela não queria que o bebê ficasse sem comer e pediu para que eu trouxesse.
- Minha mãe é linda se pudessem arrumaria uma igualzinha.
- Bem se essa é a sua intenção está com a pessoa errada. - Ele sentou na cama e alisou o espaço vazio ao lado dele.
- Acho que tem dois cafés aqui o outro deve ser seu, senta-se aqui.  E então, você dormiu bem? - Perguntou em meio a um sorriso malicioso.
- Sim, muito bem e você? - Respondi enquanto me sentava ao seu lado.
- Foi difícil encontrar um lugar na cama com você se espalhando por ela toda.
- Desculpa de devia ter dito. – Ele pegou um copo de suco e tomou.
- Dormi de conchinha com você deve ser uma luta.
- Não tenho o costume de dormir de conchinha.
- E não conseguiria mesmo se quisesse.
- Tudo bem já entendi mais alguma reclamação a acrescentar?
- Não, minha noite foi excelente foi fascinante assistir você dormindo, dorme como um anjo mesmo quando você se joga pela cama. - Peguei um pedaço de maça coloquei na boca enquanto ele tomava o outro gole de suco. - Desculpa por Bia ontem. – Ele disse mudando a conversa, fiquei sem entender.
- Eu não importo com ela, pode ficar tranquilo.
- Noelle me disse o que vocês conversaram.
- Ela é uma fofoqueira. - Ele colocou a bandeja no criado novamente depois colocou o braço de um lado e do outro na minha cintura, me deixando presa embaixo do seu corpo gigante, depois me deu um selinho.
- Então você não se importa de dividir? – Disse me lembrando de uma parte da conversa de ontem.
- Não temos nada Pierre não posso exigir exclusividade.
- Mais você quer? Às vezes você pode escolher, não decida por mim Vivian porque eu não quero dividir. - Ele me deu um beijo na bochecha.
- Querer é uma coisa poder é outra. - Ele beijou minha sobrancelha. Me levantei tentado sair debaixo dele, mas ele me impediu.
- Você me quer Vivian? – Perguntou docemente no meu ouvido - Porque eu te quero e te quero muito. - Desceu a língua até o pescoço. – Mas só pra mim, não quero dividir com ninguém. -Ele me beijou e me deitou na cama novamente se apoiou nos joelhos abaixou a mão colocou meu biquíni de lado e encontrou meu clitóris.
- Pierre...
- Quer me dividir com alguém? - Eu já não estava pensando, o que ele quer que eu fale? Ele fazia leves círculos com os dedos.
- Diga Vivian. – Ele colocou o dedo em mim, me fazendo gemer em seu ouvido, ele estremeceu ao me ouvir, como ele consegue fazer isso?
- Adoro saber que você me deseja e eu sequer encostei em você. - Ele tirava e colocava os dedos, me beijou lento sua mão e a boca estavam no mesmo ritmo, senti o tremor de um orgasmo se aproximando quando ele tirou o dedo, eu gemi em protesto.
- Quer que eu faça isso com mais alguém?  - Eu continuei calada, ele colocou o dedo de volta e novamente se afastou quando eu estava perto. Ele não pode me obrigar a falar.
- Não faz isso Pierre você vai me matar.
- Ninguém morre de tesão Vivian, eu preciso saber, realmente preciso, não acredito que depois de ontem você não tenha mudado nada, eu gosto de você Vivian gosto muito, o que eu te disse não foi da boca pra fora, não sei o que está acontecendo comigo e não consigo pensar em outro homem tendo seu corpo, tendo seus beijos depois de tudo aquilo e não consigo acreditar que você não me queira igual, eu queria esperar, esperar até que você estivesse pronta para fazer amor comigo, mas essa conversa sua com a Bia me deixou louco a noite toda, fiquei no meu quarto pensando se esperava você estar pronta mas eu mesmo não consegui, eu precisava sentir que você me desejava tanto quanto eu desejo você, eu preciso que você me diga Vivian eu quero ouvir. - Ele levantou deixou a toalha cair no chão pegou um preservativo no bolso da bermuda e o colocou. Deitou-se na cama novamente, ficou entre minhas pernas encostando-se ao meu clitóris me torturando.
- Você me quer? - Perguntou novamente com a respiração fraca.
- Sim. - Respondi com a voz falhada.
- Responde primeiro, quer me dividir com alguém? - Ele colocou a ponta que já estava duro dentro de mim e a tirou me deixando com a impressão de estar faltando algo – Eu não aguentava mais estava a ponto de entregar em combustão espontânea, não sabia mais o que fazer é claro que não queria dividir eu o quero todo apenas para mim, ele é pouco para ser dividido.
- Eu te quero Pierre, te quero só para mim e ninguém mais. – disse rendida. Puxei para mais perto e o beijei. - Te quero dentro de mim por favor, agora, não me faça implorar mais do que isso.
- Ha Vivian!! Ele gemeu, gemeu tão alto que quase pareceu um grito talvez alguém tenha ouvido mais eu não me importei, ele me preencheu e me senti completa novamente ele entrou e saiu algumas vezes e não precisamos de muito mais tempo senti os primeiros espasmos e depois o arrepio na minha espinha. – Depois de duas vezes parecia fácil ter um orgasmo ou talvez seja porque ele sabia o que fazer.
Me entreguei ao clímax primeiro e me derreti na cama, ele foi segundos depois chamando meu nome entre os dentes. - Deitou-se ao meu lado e me puxou fazendo-me deitar em seu peito e esperamos a respiração voltar ao normal.
- Não consigo pensar em te dividir com ninguém Vivian, não quero ter que pensar que você pode ter outro homem. - Eu levantei e me apoiei no cotovelo.
- Tudo bem ficarei somente com você, mas não estamos namorando, não temos compromisso, eu não vou dar satisfação da minha vida e não espero que você me dê, eu faço o que eu quiser entendeu? – Ele apoiou nos cotovelos também, e passou a mão no meu rosto.
- Então você quer apenas meu corpo?
-Não exatamente, eu... quer dizer eu gosto de ficar com você só não quero alguém mandando na minha vida e se decidindo por mim.
- Você tem uma visão de relacionamento tão doida. - Ele levantou foi ao banheiro, jogou o preservativo fora e ligou o chuveiro.
- Pierre já vi mais relacionamentos terminarem do que começar, 95% deles porque querem decidir o que fazer com a vida que pertence a outra pessoa e não a si. Todos se conhecem de uma forma e querem mudar umas às outras, eu não vou mudar meu jeito de ser porque gosto de mim como sou, livre e totalmente independente, sei que provavelmente você poderia tentar mais ficaria infeliz e me deixaria também, nos aturaríamos por alguns anos, sem amor depois sem sexo até que cada um vai para o seu canto e vive o resto da vida que sobrou.
- Caramba Vivian que futuro infeliz você tem em mente. -Ele gritou do banheiro
- Você disse que eu tenho uma visão de relacionamento doida, estou te explicando o motivo. -Ele saiu do banheiro secou e colocou a sunga. Eu entrei no chuveiro quando ele saiu.
- O que me fez ter certeza de que realmente você pensa como uma doida. - Eu fechei a cara. - Vivian eu não pedi para te namorar ok, eu só não quero saber que tem outro homem fazendo você gozar, daquele jeito gostoso que acabou de fazer nos meus braços, caramba quando você chegou ao clímax ontem eu fiquei louco somente por te ver fora de controle, você fica ainda mais linda quando está entregue e quero essa visão apenas para os meus olhos. – Eu desliguei o chuveiro e comecei a me secar.
- Eu já aceitei ta bom, vou ficar com você, por enquanto. – Respondi colocando o biquíni novamente.
-Tudo bem. - Ele me puxou pelo braço e me deu um beijo excitante e longo. – Vamos sair ou daqui a pouco vão pensar que você me sequestrou.
- Não é uma má ideia. Eu o puxei pelo queijo e o beijei novamente.
- Também acho que não. - Quando saímos já estava muito quente não devia ser nem 11:00 e tinha um montinho de pessoas em cada canto, vi Willian e Noelle acenando pra nós e fomos até eles.
- Bom dia cunha como esta? – Ela estava ao lado do fogão e colocava uma panela para esquentar.
- Ihhh! Não começa com essa não em, estou bem e você?
- Estou ótima dormi feito um anjo. –Ela lançou um olhar travesso para Willian que sorriu de volta.
- Entendi. – Ela pegou o pilão e começou a socar o alho.
- Posso ajudar com o almoço? O que vão fazer?
- Vamos fazer o básico, arroz, vinagrete e churrasco, minha refeição favorita – Disse abrindo um sorriso.
- A minha também, ajudo com o vinagrete então.
- Tudo bem eu faço o arroz e ajudo com o tempero da carne.
- Eu vou conversar um pouco com a mãe, vamos Willian, deixe as mulheres comandar aí. - Disse Pierre ele abaixou e beijou meu pescoço. – Eu o observei saindo, ele tinha um andar elegante, confiante daqueles que sabe onde quer chegar.
- E aí como foi sua noite, meu irmão foi dormir ontem com uma pulga atrás da orelha! – Noelle colocou o tempero na panela e mexeu para espalhar.
- Ele comentou comigo que você falou sobre o que conversei com Bia ontem, ele achou ruim? - Disse lavando o tomate.
- Nada boba, Pierre namorou Bia por um ano, mais nunca se deram bem, ele não gosta muito dela mas, também não é de ficar por ai procurando mulheres então ficava com ela para não ficar só. Ele adorou quando eu disse a maioria das coisas, exceto pela parte de divisão, ele ficou puto. – Ela colocou o arroz e um pouco mais de sal na panela
- É ele me disse. – Abrir as gavetas do armário para encontrar uma faca, e encontrei uma na gaveta do meio, ela me passou uma vasilha de plástico para colocá-los
- Quando eu disse a ele que você comentou com Bia que podia dividi-lo ele disse que não tem a intenção de ficar mais com ela e a ideia de você ficar com outra pessoa o deixou perturbado, ele me perguntou se você faria isso, me desculpa Vivian, eu não te conheço muito bem além da academia mais já conheci mulheres como você, que já sofreram no passado e se fecham para o mundo com medo de acontecer novamente, eu disse que sim, que você ficaria com outro cara somente para não se envolver muito sentimentalmente.
- Você está certa.
- Eu sei, já fiz isso também já fui exatamente como você, até encontrar Willian e descobrir que ele é diferente.
- Se Pierre não gosta da Bia e pelo que me parece você também não porque ela está aqui?
- Não é que eu não goste dela ela é uma ótima pessoa, porém é interesseira e não consigo saber se o que ela sente pelo meu irmão e interesse ou sentimento verdadeiro, então prefiro que ela fique longe, ela é afilhada da minha mãe, filha da melhor amiga dela, sempre que minha mãe vem Bia vem junto.
- Entendi então ela está sempre com vocês? – Perguntei sem conseguir esconder minha frustração.
- Vivian, Pierre terminou o relacionamento desgastado que tinha com Bia para poder ficar com você, sei que ele não vai te contar e não contou para a Bia que este foi o motivo, apenas disse que estava cansado e que não dava mais certo, mas ele disse pra mim, somos irmãos e antes disso somos amigos ele me conta todos os segredos e sei que ele está envolvido, ele não consegue tirar os olhos de você por um minuto e o pouco tempo que fica longe quer saber de tudo que você está fazendo, ele nunca foi assim, nunca o vi olhar para uma pessoa com a intensidade que ele te olha, não quero me intrometer no relacionamento de vocês ta bom, mais por favor eu amo muito meu irmão e quero que ele seja feliz, assim como eu o vi quando saíram da porta daquela casa e ele estava com sorriso estampado no rosto.
- Noelle eu não tenho interesse em compromisso tenho pânico dessas coisas, eu não quero gostar de ninguém. -Terminei com os tomates e passei para o pimentão
- Acho que já é tarde para você dizer isso, está na cara que você já gosta dele.
- Desculpa desapontar, mas você está enganada.
- Tenho certeza que não, você vai ver ainda vai ser minha cunha preferida. – Ela sorriu e eu fiz uma careta feito criança em retorno.
- E você e Willian namoram a quanto tempo? - Perguntei mudando de assunto não tinha a menor chance que isso acontecesse.
- Namoramos há seis anos.
- Tempo em?
- Não é? Não pensamos em nos casar ou algo assim, não que eu não goste dele eu o amo, mas ele precisa resolver umas coisas ai, ele é dono de alguns imóveis e está administrando muito bem.
- E você?
- Bem eu não faço nada. – Ela disse rindo – Não que eu não queira meu pai insiste que o mercado de trabalho é feito para os homens e que as mulheres devem cuidar de outras coisas, então eu e a mamãe apenas gastamos o dinheiro que Papai ganha.
- Isso não é muito antigo? - Ela terminou com o arroz e começou com o tempero da carne, eu abri a água da pia e comecei com as cebolas lutando para não chorar com elas.
- Sim é, mas não tem jeito já tentei reclamar várias vezes mais ele não me escuta, foi uma luta para que ele me deixasse fazer faculdade você não imagina a guerra que foi quando disse que queria trabalhar.
- Nossa, eu não aguentaria.
-Eu também não, por isso fico o dia todo na academia, é a única forma de me distrair um pouco.
- Bem já dá para distrair um bocado.
-Da sim. - Terminamos com o almoço e lavei minhas mãos.
- Bem terminei por aqui vou deitar um pouco no sol. - Fui até o quarto pegar meu protetor solar voltei para a piscina e fiquei sentada na espreguiçadeira passando o protetor.
- Precisa de ajuda? - Ouvi Pierre perguntando atrás de mim eu nem tinha ouvido ele se aproximar, levantei o vidro de protetor e o entreguei.
- Por favor. - Ele sentou na espreguiçadeira colocou uma perna de cada lado do meu corpo me deixando entre as pernas dele. Colocou um punhado de protetor na mão e passou nas minhas costas, foi um toque qualquer mas me fez tremer, ele colocou meu cabelo de lado beijou meu pescoço.
- Está me querendo de novo Vivian? - Ele mordeu levemente a ponta da minha orelha, causando efeito lá embaixo na minha calcinha.
- Você está vendo que estamos na frente de todos?
- E o que tem? - Disse esfregando a mão em minhas costas.
-Acredito que sua mãe não iria gostar de ver que o bebê dela cresceu um pouco demais. - Ele deu uma gargalhada.
- Só você para quebrar um clima tão rápido. -Ele saiu de trás de mim.
- Você já passou protetor? Perguntei a ele.
- Não precisa.
- É claro que precisa ainda mais você com essa pele clara, deve ficar dez minutos ou menos no sol e sair pior que um camarão, venha aqui que eu passo em você. - Ele sentou na minha frente, passei o protetor nas costas no ombro depois sai de trás dele e passei no rosto.
- Pronto protegido. - Fui para a espreguiçadeira do lado que batia mais sol, coloquei o óculos para proteger os olhos.
- Então. – Ele disse quebrando o silêncio, - Por que você não sai com loiros? - Eu me virei olhei para ele e esperei um pouco, e vi que ele estava esperando minha resposta.
- O de sempre, um homem que não presta que era loiro, brinca com a menina nova que não entende da vida. -Ele podia aceitar essa.
- Por que você não me explica melhor?
- Pierre! –Eu disse choramingando
- Aposta é aposta Vivian eu realmente preciso saber.
- E uma longa história.
- Vamos embora amanhã, acredito que deve dar tempo. -Eu me levantei da espreguiçadeira.
- Amanhã? – Perguntei lembrando que amanhã é segunda e que eu iria trabalhar cedo.
- Podemos ir quando você quiser coração, mais todos irão hoje e eu queria ficar um pouco sozinho com você, amanhã acordamos cedo e te deixo na sua casa ou na academia você escolhe.
-Vou pensar.
-Pensa com carinho. – Parei e pensei em como começar, essa não e uma parte da minha vida que eu goste de sair contando, as pessoas que sabiam dela era pessoas que a viveram comigo então eu nunca precisei falar, e com o passar dos anos eu apenas bloqueei qualquer memória que eu tinha daquele tempo, e agora eu simplesmente tinha que me lembrar, talvez eu devesse começar pelo começo.
- Eu tinha acabado de completar 19 anos. - Disse começando minha longa história - “Minha avó tinha falecido a um ano eu estava perdida, não sabia fazer minha mãe e a minha avó me deixaram dinheiro suficiente e eu teria que começar a administrar sozinha agora, mas eu não tinha a menor ideia de como cuidar de uma casa ou de tudo que elas me deixaram, sempre foi nos três, minha mãe foi filha única e eu nunca conheci ninguém da família da minha avó nem mesmo sabia se tinha não havia a quem recorrer, eu já tinha conhecido Marcus mais ele não poderia me ajudar muito na situação que ele estava, então entrei na faculdade de gestão financeira para entender melhor algumas coisas foi onde eu conheci meu professor de cálculo, bonito atraente loiro natural e olhos verdes, - Não tão bonitos como os seus - Disse olhando para ele- chamava atenção de todas as alunas da escola, mais por algum milagre ele me escolheu, foi tudo um conto de fadas me levava para sair depois da faculdade, fazia tudo que eu gostava, eu sempre fui fechada e calada como minha avó e o que alguns achavam um problema para ele era uma qualidade nunca me exigiu ou perguntou nada nos não falávamos de sentimentos não precisava, mais teve uma noite que ele reclamou disse que não sabia o que eu penso ou o que eu sinto e que precisava me conhecer melhor, então me pediu para me abrir que ele queria ouvir, já estávamos a algum tempo juntos eu já confiava nele então disse o que sentia e então ele simplesmente desapareceu era época de férias escolar e nem mesmo na escola poderia encontra-lo, eu não sabia onde ele morava, porque nunca me apresentou a família, estava voltando de uma aula de gafieira quando passei por uma pracinha e o avistei, estava sentado no banco olhando ao longe duas crianças brincarem, estacionei o carro e fui até ele, enquanto eu me aproximava vi quando uma mulher com um bebê no colo chegou perto e o beijou, ele aceitou o beijo e recebeu da mesma forma que fazia comigo, fiquei apavorada não soube o que fazer ou o que pensar, tive uma vontade enorme de sair correndo, mas não corri estava em choque, foi quando ele me viu, largou a mulher e foi até uma sorveteria perto dali eu o segui. -As lembranças que tanto forcei para esquecer vinham como flash.
“- O que você está fazendo aqui?
- Estava passando te vi, decidi parar você sumiu.
- Não dá pra gente conversar agora, minha mulher está aqui.
- Sua mulher?
- Isso minha mulher a única,
- Você é casado? – Perguntei confusa.
- Sim a seis anos. – Respondeu com um sorriso de satisfação o rosto.
- E pensava em me contar quando?
- Não pensava em contar.
- E decidiu desaparecer?
- Acho que já percebeu que não estou mais te procurando.
- Então você iria desaparecer e me deixar pensando que aconteceu alguma coisa?
- Sim, não me importa o que você pensa ou não, você é somente um corpinho bonito que eu quero usar de vez em quando, mais não posso deixar minha mulher porque é ela que eu amo.
- É assim que você ama? Traindo?
- Atração física, foi só o que houve entre-nos.
- Eu não significo nada além de sexo?
-Não! Fala sério – Ele disse rindo de mim - você estava carente, precisando transar com alguém para esquecer a sua dor e minha mulher estava gravida não queria transar comigo eu precisava me aliviar, eu te ajudei você me ajudou estamos acertados e ponto.
- Como você pode fazer isso?
- Vivian você não e mais criança e sabe que o mundo não é um conto de fadas, você não foi a primeira e não será a última a ser enganada, o que mais tem por ai são meninas querendo sair com o professor para se dar bem na escola.
- Você sabe que não sai com você por isso eu te disse, foi por que... Porque - Não conseguia continuar.
- Por que você me ama? Isso é patético, eu gostava de ficar com você porque não e igual essas outras meninas esperando declarações de amor, isso facilitou um monte, eu teria continuado com você se não tive me dito aquelas baboseiras todas.
- Você me pediu. – Eu falei tão baixo que não sei se ele ouviu
- Eu tinha que saber o que você pensava de nós, não era o tipo de resposta que eu esperava de você, você nunca demonstrou estar apaixonada, nunca reclamou dos meus horários ou pedia satisfações sério o tipo de mulher que vários homens gostaria de ter se você continuar com a boca fechada e não descarregar os sentimentos encima deles, eu te perguntei porque estava pensando em te contar que era casado, queria te fazer a proposta de continuarmos como amantes, minha filha nasceu a pouco tempo e minha mulher precisa de mim por mais tempo em casa, então de qualquer forma iria precisar desaparecer e se você aceitasse ser minha amante iria facilitar um bocado, você me desapontou muito sabia? Pensei que você fosse mais durona.
- Papai, papai... – Duas crianças chegaram correndo. - Mamãe quer um sorvete. - Senti as lágrimas rolando pelo meu rosto eu quase
arruinei uma família, mesmo que sem saber, como ele pode fazer isso com a família que ele diz amar? Virei as costas para sair.
- Oi amor tudo bem? Eu me virei olhei para a mulher ao lado dele segurando uma filha recém-nascida, ela não merece passar por isso. –Quem é ela?
- Ninguém – Respondeu seco
- Ninguém Cris? Falei gritando - Uma pessoa que você transou por um ano a pessoa que você disse várias vezes em meio aos orgasmos que eu era muito especial a menos de uma semana atrás? - Eu não queria mais saber se ele tinha família foi ele quem destruiu tudo, a culpa não é minha. – Tentei me convencer
- Quem é ela Cris? A mulher perguntou em desespero.
- Eu provavelmente devo ser as horas extra depois do horário e aulas particulares nos dias de sábados e feriados, como eu pude ser idiota e não perceber?
- Cala a boca Vivian. - Ele chegou mais perto e me deu um tapa.
- Saia daqui cadela imbecil, ele me deu um empurrão eu caí no chão, uma senhora de meia idade carregava um bebê no colo e veio me ajudar.
- Quer chamar a polícia moça? Olhei para os filhos dele chorando.
- Não. Levantei e fui embora. Sem dizer nada ou querer mais ninguém - Tranquei minha faculdade de gestão financeira fui pra outra faculdade fazer educação física, porque era o que eu sempre quis fazer entrar em uma academia e fazer o que eu mais gostava depois desse dia nunca mais tive notícias dele. “
As lembranças foram se afastando, não tinha percebido que Pierre estava sentado do meu lado, ele limpou meu rosto que estava molhado pelas lagrimas que eu não consegui conter.
- Desculpa por te fazer lembrar, eu não imaginei que era tão ruim.
- Tudo bem depois de terapias duas vezes na semana por dois anos a gente acaba aceitando.
- Você foi muito forte, passar por tudo isso depois de perder a família.
- Vamos entrar na água? - Falei mudando de assunto, por mais que tenha passado tempo eu ainda prefiro não falar sobre isso. Ele deve ter entendido.
- Vamos. Ele secou meus olhos me levantou e beijou as lágrimas que secaram.
- Nunca vou fazer você sofrer, acredite em mim.
- Então vamos nadar.
- Está gostando do Sitio?
- Estou amando, vou voltar bem descansada.
- O que acha de irmos embora amanhã?  
- Por quê? Tenho academia cedo.
- Podemos ir quando você quiser, mas eu estava pensando em ficar um pouco sozinho com você, amanhã acordamos cedo e vamos.
- Por mim tudo bem. - Ficamos conversando sobre vários assuntos, a conversa com ele fluía fácil, eu nem percebi o tempo passar, o sol agora cobria toda a piscina, decidimos entrar na piscina mas não chegamos a ficar nadando apenas no canto dando alguns beijos enquanto ele me segurava em um abraço de urso.
- Vi você com Bia ontem. - Lembrei dele saindo com ela do fundo da casa.
-Eu sei, ela pediu para conversar comigo ainda não sabia que estávamos juntos disse que iria mudar e queria voltar.
- E você? -  . Perguntei tentando disfarçar minha ansiedade - Ele passou a mão pelo meu rosto.
- Eu não a quero coração.
- Tudo bem. - Disse um pouco mais aliviada. - Ainda não a vi hoje.
- Ela foi embora, pediu Noelle para levá-la hoje antes da gente sair do quarto.
- Desculpa não queria estragar seu aniversário.
- Pare de graça Vivian sabe muito bem que você não fez nada. - Disse jogando água em mim
- Aí. - Reclamei jogando água nele também.
- Pierre meu filho vem, é hora de assoprar as velas.
- Não tia eu disse que não quero isso.
- Vamos vai ser legal, eu adoro cantar parabéns. - Disse animada
- Você está parecendo uma criança que esperou o ano todo para cantar os parabéns.
- Não sou criança. - Fiz beicinho e ele mordeu fraco.
- Ainda bem que não. Vamos lá. –Ele saiu da piscina e me ajudou depois.
Assim que chegamos perto da mesa já estavam todos reunidos tinha mais pessoas do que quando eu cheguei ontem, todos começaram a cantar “Joyeux anniversaire, joyeux anniversaire,” quando avistaram Pierre pareciam animados e divertidos, sempre quis uma família grande, um primo uma tia, alguém sangue do meu sangue, minha mãe não queria ter mais filhos dizia que família grande dá muito trabalho, mais não é o que parece aqui todos unidos e sorrindo juntos. Eu me juntei aos parabéns, feliz de estar comemorando com ele. Gosto de aniversários mais não gosto de ficar velha “Quem gosta?” A maioria dos aniversários que tive foram comemorados com poucas pessoas e depois com meus amigos e nem bolo teve, geralmente saiamos e iríamos dançar até não aguentar mais.
- Antes de sobrar as velas faça um pedido filho. - Ele me olhou nos olhos abaixou e começou a assoprar as velas, ainda faltava um monte eu comecei a rir.
- Me ajuda aqui linda. -Eu abaixei para ajudá-lo.
- Não se esqueça do seu pedido. - Disse no meu ouvido.
- Vai dividi-lo comigo?
- Sim eu vou. -  Então me lembrei do que eu mais quero, fechei os olhos e pensei “Eu quero ganhar o festival”. Pedi aos céus. Quando terminamos ele começou a rir.
- Pensei que não fosse acabar nunca. -  Ele pegou meu rosto e me beijou me beijou de verdade na frente de todos, eu quase me esqueci de onde eu estava.
- Ei vão para o quarto. - Disse Willian
- Me desculpa me perdi aqui. –Respondeu Pierre sorrindo - O que você, pediu?
- Não pode contar ou não realiza.
- Verdade. - Olhei para as velas no bolo.
-Quantos anos você fez?
- 33 agora e você?
- 26.
- Você é tão nova.
- O que? Está dizendo que tenho aparecia de velha?
- Não é que você fala como alguém de mais idade e viveu tanto, quando na verdade é uma menina. Minha menina. - Ele disse em meu ouvido, ele beijou minha bochecha e começou a distribuir o bolo. Peguei um pedaço e fui para a varanda estava muito tumultuada não vai caber todos ali. Caminhei até a sombra de uma arvore que tinha um banco e me sentei.
- Ei moca. - Me virei e vi Jussara se aproximando, -Posso sentar-me aqui ou quer ficar sozinha?
- Não, pode sentar é que está muito cheio ali, sai para não atrapalhar ninguém.
- Entendi, somos um pouco barulhentos quem não está acostumado acaba se assustando.
- Eu gosto disso dá para ver que é alegria de verdade, nada forçado.
- É sim, eu amei aquela dança que fez de verdade, será que uma mulher um pouco mais experiente consegue?
- Claro, aquela é mais sensual porque Noelle prefere assim, mas temos um monte de passos para todo tipo de experiência. -Ela sorriu.
- Obrigada por entrar no clima, odeio quando me chamam de velha, isso me assusta.
- Já conheci idosos de 17 anos, e adolescentes de 80 com certeza ac senhora é uma adolescente – falei sorrindo - tem o espírito muito jovem
- É verdade você é uma jovem muito esperta, vou te visitar na academia em falo sério.
- Vai sim vou adorar, te dou a primeira aula de graça.
- Agora que vou mesmo.
- Mãe estamos querendo ir embora vamos? Ouvi Hector dizer.
- Vou sim filho, adorei te conhecer Vivian até a próxima, cuide do nosso Pierre.
- Vou fazer o possível. - Quando ela estava subindo vi Pierre se despedindo de algumas pessoas mais à frente, caminhei até o quarto peguei a caixinha de som e encontrei a mãe de Pierre no meio do caminho.
- Estava vindo me despedir de você.
- A senhora vai também?
- Vou sim Odilon pai dos meninos chega hoje de madrugada e tenho que estar lá para recebê-lo.
- Claro, adorei conhecê-la, sua família é linda.
- Obrigada, esses dias não tivemos como nos conhecer direito, Odilon não ficara muito tempo, mas assim que tiver uma oportunidade marcaremos algo realmente francês.
- Seria ótimo.
- Então estamos combinadas, vou indo querida, Noelle deve estar me esperando já no carro.
- Ajudo a senhora com a mala. - Todos se despediram, eu fui para a cozinha para arrumar o restante da bagunça que ficou. Coloquei o rádio na bancada e comecei a juntar a louça.
- Você sabe que tem gente para fazer isso não sabe? – Ouvi Pierre dizendo quando entrou pela cozinha.
- Não vi ninguém aqui. – Olhei para os lados a procura de alguém além de nós.
- Eu os dispensei, vão arrumar tudo amanhã quando a gente for.
- Hum!! É que eu não tenho muito que fazer, não vejo problema em ajudar.
- Eu posso te dar algo para fazer se quiser. - Ele disse com um sorriso travesso no rosto, senti meu corpo responder aquela provocação rapidamente, ele foi até a bancada e pegou minha caixa de som.
- Você está ouvindo IRA? – Ele fez uma cara de espanto, como se estivesse visto um extraterrestre.
- Sim.
- Pensei que só ouvia o tal da gafieira.
- Olha o preconceito.
- Não é sério, eu gosto de IRA.
- Eu também e essa e minha favorita "Tarde vazia”.
- Também gosto desta. - Ele estava me olhando desconfiado como se estivesse me vendo pela primeira vez.
- O que foi?
- Nada eu estou surpreso, eu realmente não imaginei que gostava de outro tipo de música.
- Eu danço gafieira porque gosto de como me sinto enquanto estou dançando, meu corpo aproveita é como se ele estivesse agradecendo a semana estressante que tive, mas isso não impede que eu goste de outros estilos de musicais. - Peguei a caixinha da mão dele e passei para a próxima música já sabendo qual era,” Não olhe para trás”. Capital inicial. -Essa é para mim a melhor música criada de todos os tempos porque me identifico com ela, acredito que eu não encontraria palavras dessas em um som de gafieira, só porque gosto de uma coisa não quer disser que não possa aproveitar outras. –Ele retirou a caixinha da minha mão e colocou na bancada.
- Você é um enigma Vivian, não sei se consigo acompanhar seu modo de pensar. - Ainda ouvindo a música que eu tinha acabado de colocar, ele levantou a mão passou o dedo por meus lábios contornando a linha da minha boca, eu beijei a ponta do seu dedo, que passou pelo meu rosto, ele se aproximou e roçou os lábios no meu lentamente, ainda sem abrir a boca ainda sem me beijar, apenas encostando em mim, respirei fundo sentindo seu cheiro suave, abri a boca e ele entrou, meu corpo inteiro ficou arrepiado ao sentir sua língua doce encostar na minha, ele pegou minha cintura e me puxou para mais perto, eu sentia seu corpo quente, seu hálito fresco, sua respiração falhada, não tinha mais ninguém ali somente eu e Pierre e mesmo que tivesse não me importaria, eu não os perceberia, ele sugou meu lábio inferior pegou mão livre e a afundou em meu cabelo, senti meu coração acelerar, continuamos assim nos beijando nos explorando enrolei minhas mão em seu pescoço o queria mais perto bem mais perto, ainda com a boca na minha ele gemeu, gemeu fraco gemeu rouco, me deu um selinho em despedida do beijo que eu não queria terminar.
- Uau. Isso tudo foi porque escuto IRA? - Perguntei voltando a vida real.
- Tudo isso porque você está aqui, meu dia realmente foi bem melhor. - Ele soltou sua mão da minha cintura e pegou meu braço.
- O meu não poderia ter sido melhor, obrigada por ter me feito vim.







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