CAPÍTULO 1

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MATTHEW ON

- Ele me provocou! - Exclamo nervoso ao notar a indignação do meu pai quando sai da sala do diretor.

- E você não sabe ignorar? - Ele pergunta enquanto me leva até o carro.

- Queria que eu escutasse calado? - Pergunto indignado - Qual é papai, Você também não iria ficar calado!

- Provavelmente não ficaria - Meu pai responde entrando no carro - Mas isso não significa que é certo o que você fez.

- Mas então você não pode brigar comigo - Falo tentando aliviar a tensão no carro.

- A claro... - Meu pai responde num tom sarcástico - Vai ter essa sorte...

- Da pra pelo menos não me deixar de castigo? - Peço e vejo meu pai rodar os olhos.

- Em casa a gente resolve isso - Meu pai fala calmo tentando encerrar o assunto.

- Aff Damon... - Bufo irritado - Você acabou de me liberar do outro.

- E você não pensou duas vezes e já se meteu em confusão de novo - Viro os olhos com a fala dele e fico em silêncio.

Hoje tinha sido o meu primeiro dia em "liberdade" desde que meu pai me colocou de castigo mês passado, mas para a minha infelicidade, com certeza seria o último... Damon provavelmente me deixaria de castigo o restante do mês de novo...
  Quando cheguei no colégio hoje junto da minha irmã, vi um dos caras do time secando-a. Assim... Minha relação com a Valerie não é das melhores, na verdade, a gente vive em pé de guerra, foi até por brigar com ela que eu fiquei de castigo da última vez. Porém, odeio quando vejo essas cenas, minha irmã simplesmente ignora, mas eu não consigo, meu sangue ferve, talvez seja ciúmes, sei lá... Esperei minha irmã sair do meu ponto de vista e fui até Chad tirar satisfações, o problema foi que ele quis pagar de machão pra cima de mim, então eu virei um soco com força no seu rosto e quando eu vi a gente já estava no chão brigando. Só paramos quando o inspetor chega e nos leva para a sala do diretor, que não pensa duas vezes e liga para os nossos pais.  Ele conversou com os nossos pais a sós, enquanto nós esperávamos do lado de fora da sala, só vi quando meu pai saiu com uma expressão meio indecifrável, clássica de Damon Salvatore.
  Agora estou aqui, sentado em silencio enquanto meu pai dirige de volta para casa, ele ignorou todos os meus pedidos para ele não me castigar, o que significa que provavelmente não vou me sentar confortavelmente por uns dois dias. Meu pai tem essa mania irritante de castigar a gente com palmadas, como se tivéssemos cinco anos de idade, é tão irritante e vergonhoso, o pior é que constantemente me encontro nessa posição, parece que eu tenho o dom para caçar confuso. O completo oposto da minha irmã, que aos olhos do meu pai, é a princesa perfeita e intocável. Se ele brigou com ela três vezes foi muito, a culpa de tudo que acontece sempre sobra para mim... Na maioria das vezes é minha culpa mesmo, mas não significa que sejam todas as vezes.

- Seguinte mocinho – Meu pai fala assim que estaciona o carro na frente de casa – A gente vai cuidar desse roxo aí no seu olho e depois vamos ter uma “conversinha” sobre esse comportamento.

- Essa “conversinha” envolve me deixar mais um mês de castigo? – Pergunto e meu pai finalmente abre um sorriso.

- Provavelmente não – Ele responde passando a mão no meu cabelo – Mas envolve esse seu traseiro encrenqueiro aí.

Coro ao ouvir sua frase e meu pai ri saindo carro. Odeio apanhar, odeio mesmo, mas odeio ainda mais ficar trancado dentro do quarto sem nada para fazer. Esse último mês de castigo foi horrível, meu pai sabe o quanto eu odeio não poder sair do quarto, então fez isso de proposito para ver se eu aprendia a lição. Aprendi? Aprendi que odeio ficar entediado, agora o real objetivo, não.

-  Matthew! Quem fez isso com você? – Minha mãe fala assim que passo pela porta.

- Um garoto do colégio – Meu pai responde entrando atrás de mim.

- Relaxa mamãe, eu to bem – Respondo sem dar importância – Agora não posso dizer o mesmo do Chad...

- Isso aí – Meu pai fala sorrindo contente e recebe um olhar de reprovação da minha mãe.

- E acha isso bonito?  - Ela pergunta com a expressão séria e nego na mesma hora.

Com o meu pai dá para fazer piadas e até barganhar o castigo, claro, com um certo limite. Mas com a minha mãe já é outra história... Ela dificilmente fica brava de verdade com a gente por alguma coisa, porém, quando isso acontece é melhor sair de perto. Então, em respeito a minha vida, eu nunca a provoco quando sei que estou errado.

- Vem Mat, vamos cuidar desse olho aí – Meu pai fala indo para a cozinha e eu o sigo.

- Aiii - Reclamo quando ele encosta a bolsa de gelo no meu olho.

- Mas faz manha, hein?! - Meu fala me entregando a bolsa de gelo - Coloca você então...

- Depois sou eu que sou manhoso - Falo rindo e encosto a bolsa lentamente no meu rosto.

- Sabe que não tá numa posição muito boa pra ficar me provocando, né?! - Meu pai ri passando a mão no meu cabelo.

- Eu sei que você não tá tão bravo - Respondo dando de ombros - Você é mais previsível.

- Previsível? - Ele me olha confuso.

- É pai... - Falo olhando para ele - É fácil saber quando você está muito bravo, ou só vai brigar comigo porque faz parte.

- Então acha que eu não estou bravo? - Ele pergunta.

- Você está bravo? - Pergunto rápido.

- Não - Ele responde rápido que nem percebe.

- Viu só, não está bravo - Respondo e ele ri.

- Okay, okay espertinho... Termina aí e me espera no seu quarto - Ele fala beijando a minha testa - Vamos ver se eu não estou bravo...

- Claro Damon... Precisava ameaçar - Falo fingindo estar assustado, ele da risada e sai.

Acho que meu pai é a pessoa que mais briga comigo nessa casa, disso eu tenho certeza, mas também é meu melhor amigo. Ele é chato quando o assunto é colégio minha irmã e tals, mas na maioria das vezes ele briga comigo pra não deixar minha mãe no lugar, porque ele mesmo parece que não dá muita importância.

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OI GENTEEE

Resolvi postar uma história nova para vocês ❤️

Ainda não sei como vou me organizar para postar as quatro histórias durante a semana, mas não se preocupem, pois eu irei atualizar todas, não vou abandonar nenhuma ❤️

Espero que gostem dessa nova história que eu estou escrevendo.

Me contém nos comentários o que acharam do capítulo

Uma nova versão dos SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora