CAPÍTULO 6

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ELENA ON

Levantei cedo da cama, acabei pegando no sono na cama da Valerie do jeito que eu estava mesmo, então fui direto tomar um banho e já aproveitei para descer e fazer o café da manhã. Geralmente Damon faz isso, pois o meu horário no hospital é muito volúvel e o dele como administra os negócios da família já era mais padrão. Porém hoje acordei estranhamente disposta, e isso que não dormi quase nada.
  Quando vou para abrir a geladeira, paro e encaro a foto grudada nela por alguns minutos. Quando eu imaginei que teria tudo isso? Ter uma família sempre foi um sonho para mim, mas quando tudo começou a acontecer na minha vida, comecei a perder a esperança de ter tudo isso. Quando me casei com o Damon, a esperança tinha voltado, mas não demorou muito a ser derrubada quando passamos quatro anos tentando engravidar e nada. Entretanto, depois de começarmos a ver como funcionava o processo de adoção, fiquei grávida do Matthew e um ano e meio depois da Valerie. No final, tudo tinha dado certo! Eu tinha a família que sempre sonhei, junto com a pessoa que eu mais amo no mundo.

- Chegou agora, amor? - Sinto os braços do meu marido me abraçando pela cintura.

- Não, na verdade, acordei agora a pouco -  Respondo colocando a foto de volta no lugar - Cheguei ontem de madrugada.

- Meu Deus! Eu estava tão cansado que nem ouvi você chegar - Ele comenta olhando a geladeira - Eu também adoro essa foto.

- Acho que deveríamos passar o final de semana na praia mais vezes - Falo abrindo a geladeira e colocando as coisas para o café no balcão - Podíamos ir final de semana que vem.

- Adorei a idéia! - Damon responde sorrindo.

- Podíamos chamar o Stefan - Sugiro - Ele volta na quinta, não?

- Não sei não, Elena - Damon responde pensativo - Lembra da última confusão?

- Qual é Damon?! Stefan pediu desculpas - O defendo - Com o susto que ele levou, aposto que aprendeu a lição.

- Espero mesmo - Ele fala sem dar muito o braço a torcer - Vou falar com ele de tarde.

-  Ótimo! Mas me conta, foi difícil ontem? - Pergunto me referindo os meus filhos.

- Nada que eu já não esteja acostumado... - Ele responde - Quer dizer... Matt resolveu socar a minha perna, na hora da raiva.

- É sério? - Pergunto surpresa.

- Sim, mas não se preocupe - Ele dá de ombros - Não foi nada.

- Ele não te machucou, né? 

- Qual é amor! Ele vai precisar de muita academia pra conseguir me machucar - Damon fala rindo - A propósito, ele continua bem, sem corte algum.

- Você olhou?

- Sim, ele garantiu que não fez mais - Damon responde - Acredito nele.

- Eu também, ele melhorou bastante - Falo aliviada - Eu vou terminar o café da manhã. Chama os dois?

- Como quiser, meu amor - Ele fala me dando outro beijo - Mas antes, quer apostar que vão acordar de mal humor?

- Para Damon! - Falo rindo - Dez dólares que o Matt vai testar sua paciência.

- Fechado! - Damon responde convencido.

Assim que ele da as costas, subindo as escadas para chamar as crianças, começo a arrumar a mesa para o café da manhã.

VALERIE ON

- Oi pai  - Respondo abrindo os olhos devagar.

- Bom dia princesa - Ele fala sorrindo - Hora de levantar.

- Já? - Reclamo fazendo bico e papai passa a mão no meu cabelo carinhosamente.

- Sua mãe já arrumou a mesa do café, querida - Ele responde - Melhor não deixarmos ela esperando - Papai brinca.

- Tem razão - Respondo rindo.

Assim que o meu pai sai do quarto, sento na cama na iniciativa de levantar, mas antes resolvo olhar o celular primeiro e noto uma mensagem de um número desconhecido.
"Eu senti sua falta nesse último ano. Ficar longe de você é sempre a parte mais difícil"
Jackson! Eu tenho certeza. É muita cara de pau pra uma pessoa só!
  Como ele ousa dizer que sentiu a minha falta? Foi ele quem estragou tudo, foi ele quem me traiu... O pior de tudo é não conseguir odia-lo por completo, quer dizer, eu odeio o que ele fez pra mim, mas não consigo odia-lo de verdade.
  Decido não responder a mensagem, não posso dar lado para isso agora, ele voltou e, com isso Matt e ele voltam a ser amigos inseparáveis. Não posso deixar que o meu irmão saiba de nada do que aconteceu, o prazer da vida dele é me dedurar, com certeza sairia correndo contar para os nosso pais e pronto, estava feito o caos.
  Levanto da cama e vou direto ao banheiro escovar os dentes, tiro o meu pijama e desço para tomar café.

- Bom dia mãe! - Falo assim que entro na cozinha.

- Bom dia, filha! Dormiu bem? - Ela pergunta sem tirar os olhos da frigideira.

- Dormi sim... - Paro ao escutar a falaria alta vindo da escada.

- Mas você disse que eu não estava de castigo!!! - Escuto Matt falar irritado.

- Isso não significa que eu vou dizer "sim" para tudo - Meu pai responde bufando.

- Mas isso é injusto! - Meu irmão protesta entrando na cozinha.

- Essa sua mania de se achar injustiçado em tudo, já está me irritando Matt - Meu pai fala rodando os olhos.

- Grande... - Minha mãe corta a frase do meu irmão antes dele terminar.

- Já chega vocês dois! - Ela fala mirando os dois - Acabaram de acordar e já estão discutindo. Meu Deus!

- Só porquê o Damon não quer deixar eu sair... - Matt reclama emburrado.

- Não adianta chorar para sua mãe - Meu pai responde - Eu já disse que você não vai!

- Aff papai.

- Matt eu já mandei parar - Minha mãe o repreende - E você... - Ela aponta para o meu pai - Me deve dez dólares.

- Droga! - Ele responde rindo.

Ajudo minha mãe a terminar de colocar a mesa e me sento. Meu irmão estava nitidamente bravo por não poder sair e, meu pai irritado com a expressão brava do Matthew.
  Conversamos sobre alguns assuntos paralelos até minha mãe falar:

- O que acham de passarmos o final de semana na praia? - Ela fala animada - Com o seu tio Stefan.

- Tio Stefan já voltou? - Meu irmão pergunta finalmente mudando o semblante fechado.

- Ainda não. Ele volta na quinta - Meu pai responde.

- Eu adorei a idéia, faz tempo que a gente não vai lá - Respondo.

- E você Matt? - Minha mãe pergunta.

- Se o tio Stefan for, eu quero - Ele responde.

- Fechado então! - Papai fala levantando da mesa - Eu amo vocês! Mas preciso ir agora, tenho uma reunião daqui a pouco.

- Vem almoçar em casa? - Minha mãe pergunta.

- Provavelmente sim - Ele responde beijando a testa dela - Mas qualquer coisa eu aviso.

- Tchau papai - Falo e ele pisca em minha direção.

Assim que terminamos o café, meu irmão ajuda minha mãe a recolher a mesa, enquanto eu vou lavando a louça.
  Sinto meu celular vibrar algumas vezes no bolso e resolvo olhar.
" Não pode ficar com raiva de mim para sempre, Val"
" Me encontra hoje no grill. Eu prometo que vai ser diferente dessa vez"
  Será que ele não cansa?



Uma nova versão dos SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora