Conversa de banheiro 1

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SALUUUTTTTTT MON PETIT!!!

Voltamos com mais um pouquim dessa história que está apenas começando, mas Elaine já mostrou que é doida de pedra Kkkkkkkkk.
Sem mais delongas bora pra história.

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ELAINE

Um barulho de descarga me puxa de volta para o tempo presente e pisco os olhos algumas vezes, notando que o lenço na minha mão tá mais amassado do que dinheiro de bebum, jogo ele no cesto do lixo e pego outro que achei que ia ser sem serventia, quando meus olhos fitam o espelho vejo uma mulher de aparentemente a mesma idade que eu saindo de uma das cabines com os olhos vermelhos de chorar, daí sabe aquele clima esquisito que fica? Pois bem, não ficou, ela respira fundo e se cola ao meu lado como se a sua aparência estivesse a mais normal possível.
— Você fuma? — Olho para ela de rabo de olho sem entender por que disgraça tá falando comigo.
— Não! — respondo e remexo os ombros, tenho ranço de gente que fuma.
— Eu também não, mas queria puxar assunto. — Dá de ombros. — Sou Virginia!
Ela estende a mão para mim e agora que minha sobrancelhas vão parar no topo da minha cabeça com a careta que eu faço, essa cunhã quer que eu pegue na mão que ela nem lavou? Nem nunca.
— Ehr, Virginia, eu sou Elaine, mas se não se importa, pode lavar as mãos antes de apertarmos, sabe... — Impossível não faze cara de nojo e ela graças aos céus não parece ofendida. Não que eu me importe que ficasse.
— Desculpe, Elaine, estou um pouco aere...
— ESQUEÇA, ESTÁ ME OUVINDO? E-S-Q-U-E-Ç-A! — Uma outra mulher, se bem que garota seja o termo mais apropriado, já que ela parece ter no máximo dezoito anos, entra no banheiro aos berros. — Mãe, não adianta insistir, eu não vou, sei o que vem depois.
Virginia e eu trocamos um olhar do tipo que diz “EitaPorra!”, então rimos apertando os lábios.
— Mamãe, se me ama, mas ama real, não me peça isso, eu estou bem onde estou e é aqui que vou ficar até que resolva partir pra um lugar qualquer...
Ela fica em silêncio ouvindo a outra pessoa falar e aperta a ponte do nariz com força, então segura na bancada com mais força ainda.
— Isso mãe, sou uma menina solta como a folhas ao ventos, sem direção ou lugar pra parar, é assim que estou feliz e a senhora deveria aceitar.
Troco mais um olhar cheio de significados com Virginia e como se combinadas começamos a lavar as mãos já limpas a essa altura. A garota desliga e guarda o celular na bolsa tira colo, suspira deixando a cabeça cair para frente e sinto que devo falar alguma coisa, mas antes disso ela ri e ergue a cabeça já passando os dedos abaixo dos olhos.
— Família, eles são inacreditáveis, não é mesmo? — Ela fala e outro olhar é trocado entre Virginia e eu.
— Ela são, mas sem nós ficaríamos perdidas — Virginia começa a falar.
— Igual as folhas que você falou — complemento. — Aliais eu sou a Elaine, ela é a Virginia.
— Sou Amélia Larissa, mais Larissa do que Amélia, essa eu seria não do tipo da música, pelo contrário — o sorriso dela ao zombar do nome é contagioso e acabamos a acompanhado. — São amigas a muito tempo?
Virginia e eu franzimos o cenho e balançamos a cabeça em sincronia.
— Não, acabamos de nos conhecer — digo.
— Sério? E o que as trouxe para esse paraíso da natureza paradisíaco? — Amélia pergunta já começando a retocar a maquiagem.
Mordo o canto da minha boca sem saber se quero dividir meu fracasso amoroso com outra pessoa, para minha infelicidade Virginia se adianta.
— Eu vim para a minha despedida de solteira...  — Ela faz uma careta e eu já não entendo é mais nada.
— E por que tava chorando? — pergunto arregalando os olhos.
— Essa eu quero ouvir pra poder usar depois — Amélia se vira para ficar de frente para Virginia.
— E-eu amo o meu noivo, amo mesmo, mas não sei se ...

CONTINUAAAAAAAAAAAAA
BJINHOSSSSSSSS

Solteira sim, sozinha NUNCA. A Tampa e a Panela Onde histórias criam vida. Descubra agora