Lennon.
A presença que apareceu por cima do meu ombro falhou na sua tarefa de me distrair do que eu estava a fazer há quatro horas. Os meus dedos estavam com cãibras, a minha cabeça doía e os meus olhos estavam a arder por causa de estar a olhar para o ecrã do computador durante tanto tempo mas eu não tinha conseguido obter nenhuma informação e eu recuso-me a desistir tão facilmente.
O seu hálito quente fez com que os meus dedos parecem de mexer durante um segundo antes de eu me voltar a focar na minha procura pelos arquivos. As letras no ecrã estavam a começar a ficar desfocadas, estava a começar a ficar uma confusão de pixeis à frente dos meus olhos. Suspirei pesadamente e arqueei as minhas costas, deixando-as pressionar contra o seu peito e os meus ossos estalaram dolorosamente. Voltei a suspirar, desta vez de alívio depois de o meu corpo voltar, de alguma forma, ao normal.
O quarto estavam completamente escuro exceto o computador a iluminar levemente em frente à minha cara. Eu conseguia ouvi-lo a suspirar e a revirar-se durante uma hora , a murmurar para ele próprio. As suas mãos descansavam nos meus ombros, pressionando-os antes de se movimentarem em círculos. Era difícil concentrar-me quando os seus dedos me estavam a afastar do meu trance.
"Anda para a cama." Ele sussurrou no meu ouvido, os seus lábios a pairarem por cima da minha pele. Fechei os meus olhos lentamente e encostei a minha cabeça contra o peito despido do Harry. Murmurei algo incoerente e tentei voltar a sentar-me corretamente mas as suas mãos pressionaram para baixo firmemente nos meus ombros.
"Tens estado nisto há horas, o que quer que seja que vás combater, ainda vais estar aí amanhã."
"Harry," Eu gemi, não de prazer mas de aborrecimento.
"Trabalhas melhor quando estás acordada, não quando estás cansada."
"Ainda não encontrei nada." Amuei, apesar de ele não conseguir ver por estar com o seu queixo no topo da minha cabeça.
"Quando eu disse que podias ajudar, eu não queria dizer que tinhas de ficar acordada até às duas da manhã."
"Eu sei-"
"Eu sei porquê mas ele provavelmente também não tem pistas." Ele suspirou pesadamente. "Agora anda para a cama, não gosto de dormir sozinho."
"Alguém está carente." Brinquei. Ele grunhiu mal-humorado e fechou o computador, esticando-se por cima da minha cabeça.
A sua mão estava entrelaçada com a minha antes de eu conseguir sair da cadeira de madeira na qual o meu corpo tinha derretido. Segui o seu passo estável através do quarto antes de aterrar no colchão. Nem me dei ao trabalhão de puxar o cobertor para cima, fiquei quieta enquanto o meu corpo se queixava de todas as dores que eu tinha causado. Os braços do Harrt esticaram-se pela cama, virando-me para o meu lado para o encarar. Não me consegui impedir de gemer, eu estava evidentemente a começar a arrepender-me de não me ter mexido a tarde toda, especialmente tendo em conta o facto de eu não ter encontrado nada.
Os cobertores enrolam-se à volta dos nossos corpos naturalmente quando o Harry os puxou até aos nossos pescoços. Encolhei os meus braços por debaixo dos mesmos antes do Harry enrolar os seus braços à volta da minha cintura, não deixando quase nenhum espaço entre os nossos corpos. O calor que vinha dele era quase tranquilizador para os meus músculos que me odiavam de momento.
Os meus olhos abriram-se quando os seus dedos passaram para cima e para baixo na minha coluna, acariciando a pele das minhas costas suavemente. Eu não me mexi nem disse nada até sentir a sua mão a mover-se pelo meu corpo até parar nas minhas costelas, ao lado do meu peito.
"Harry." Eu murmurei na almofada. Da pouca luz que passava das cortinas, conseguia ver que os seus olhos estavam bem fechados, ao contrário dos meus. A sua mão continuou a passar contra a minha pele, a fazer círculos pelo meu corpo por debaixo da t-shirt que eu tinha vestida. Deixei sair uma respiração pesada antes de impedir a sua mão de se mexer mais. "Harry, são duas da manhã."
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Escape Route - sequela de Decode
Novela JuvenilO pai da Lennon, Axel, está fora da campa e de volta à Terra, disposto e capaz de destruir tudo o que se puser entre ele e o seu prémio, até mesmo o seu próprio sangue. Mas Axel devia saber melhor que todos; a derrota não corre nas veias da família...