Win deveria acordar

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— WIN METAWIN.

A alma do moreno saiu do corpo no exato momento que sua mãe o chamou pelo nome completo, ele nem lembrava se havia feito algo de errado, na dúvida, seja um amor.

Ele desceu as escadas e encontrou a mais velha sentada no sofá.

— Senhora, mamãe. — creio em Deus pai todo poderoso...

— Bright me ligou pedindo pra você ir na casa dele.

— Eh?

— Anong fez bolo de cenoura, ele quer que você vá lá comer e estudar com ele.

— Mãe eu tenho que f-

— E eu disse que sim, você ia, você vai.

Se ela fez questão de dar ênfase ele não poderia si quer brincar de não ir. O pior é que Bright mora duas quadras da casa de Win, ele não poderia nem brincar de não ir porque faz aquele caminho desde os dezessete anos.

No caminho, distraído com o sol esquentando sua pele pálida e o verdinho das coisas ele quase cai e ouviu uma conhecida gargalhada que o fez revirar os olhos e sentir um nervosismo correr seu corpo.

— Ei Nong, não seja distraído.

O moreno disse o dando um tapinha nas costas. Ele estava com uma mochila nas costas e uma sacola em mãos.

— Pra onde vai?

— Eu? — questionou sem motivos e ergueu as sombrancelhas respirando fundo. — Eu vou me jogar no mundo, viver de amor em amor, respirar fundo e me deliciar em lábios que sempre observei de longe.

Win revirou os olhos. Ele caminharam na direção a qual o moreno que agora falava veio.

— Fora a poesia, pra onde raios você vai?

Eu vim ver o meu amor no canto da quadra, mergulhar e me esbaldar em amor.

Win bufou arrancando a folhinha de uma planta do caminho.

— O dia que você for objetivo eu vou agradecer.

Bicudo, Bright respondeu.

— Odeio vocês de exatas e biológicas, tão objetivos e secos.

— Tentamos simplificar a vida de vocês, idiota.

— Vocês não veem a beleza das palavras.

— Exatas exige muita interpretação, nós vemos a beleza das palavras.

Bright negou colocando as mãos na cintura e dando um passo a frente para abrir a porta da casa do outro não vendo a mãe de Win ali.

— MÃE, CHEGUEI. — gritou Bright, amava chamar a mãe de Win de mãe — Vocês não sentem as palavras. Não a flor da pele. Não até ter uma overdose de sentimentos e se deixarem dominar por aqueles lábios traiçoeiros e se apaixonaram perdidamente. Vocês sempre são racionais.

Win respirou fundo e findou suas palavras sobre aquilo abrindo a porta de seu quarto dizendo:

— Minha racionalidade é o que me mantem de pé.

Mas o outro não queria isso, não uma resposta seca e sem vida, ele encostou a porta atrás de si e puxou Win contra a mesma, o garoto ali encostando perdeu o ar por breves segundos. Tão perto...

— Ei, sai. — ele forjou tédio dando dois tapinhas no peito do outro. — Você me tira do sério.

Mesmo sabendo que aquilo era perigoso Win encarou os olhos de Bright, eles estavam nos seus, esperando um vacilo ou qualquer pista sobre algo. Descendo sua atenção para cada canto do rosto de Win, os dedos levemente calejados do violão tocaram a bochecha do moreno, que sentindo seu corpo ceder deixou um leve beijo no dedo do outro.

O peito de Bright subia e descia cada vez mais rápido. Ele sabia que o dono da letra que encontrou em seu caderno era de Win. Era impossível não reconhecer a caligrafia levemente preguiçosa que viu durante cinco anos de sua vida, era impossível não retribuir aquele sentimento.

Win sentiu que ter o moreno tão próximo seria perigoso, não estava errado, os narizes roçando em um carinho e os lábios quase se tocando eram como mergulhar os róseos lábios em veneno e beijar a si mesmo sentindo o efeito iniciar.

Win deveria acordar.

E respirando com força ele afastou Bright de si, que tinha um sorriso no canto dos lábios por entender que sim, ele sentia.

O mais velho não cedeu mas ele deveria tocar Win com calma. Ele precisava sentir ao invés de usar a razão.

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[🤡]

por hj basta, gatinhes.
amo-vos ejfbjejfjehdjjej
ai eu e meus surtos

xoxo, willem.

𝗈 𝖼𝖺𝖽𝖾𝗋𝗇𝗈 𝗌𝖾𝖼𝗋𝖾𝗍𝗈 𝖽𝖾 𝖻𝗋𝗂𝗀𝗁𝗍.Onde histórias criam vida. Descubra agora