Margot

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- Alfred, eu já disse que não podemos assinar essa documentação se o estudo do projeto está errado- disse Margot colocando as mãos nas tempuras, em pé olhando seu reflexo no vidro da sua sala na cobertura.

Irritada com o desenvolvimento do projeto com entrega para a semana seguinte e tudo relacionado a empresa não estar indo bem nos últimos três meses após a Maison&Clark quebrarem o contrato de execução dos empreendimentos.
- Srta. Castelli, eu comentei a alguns dias que o setor de análise de projetos está em decadência, deveriamos melhorar nosso pessoal, inclusive ter uma nova secretária , já que a sua acabou de pedir a demissão- comentou Alfred preocupado, o braço direito de Margot, o homem de maior confiança da familia, uns 40 anos mais velho e extremamente dedicado aos Castelli.
- Mais uma? Quando vou ter alguém que realmente fique por pelo menos um mês? Tudo bem que eu não tolero atrasos, nem que me avise em cima da hora os compromissos- disse ela com ar de deboche, Alfred sabe que Margot não era flor que se cheira e continuou:
- Alfred, organiza o jatinho, estou indo pra Itália amanhã resolver alguns negócios do papai que ainda não foram finalizados. - Margot olhava o movimento da avenida alguns metros abaixo, pensativa e determinada a resolver de uma vez os problemas.
- Você tem certeza? Precisa da sua mala preta? Precisa que Kye vá junto?- Alfred perguntou mais preocupado que nunca, sabia o que esperava lá em Palermo.
- Eu preciso da minha mala preta sim, o Kye não precisa ir, preciso ser discreta e um cara de terno preto e óculos escuros na minha cola não vai ser nada discreto.- disse Margot andando até o outro canto da sala e analisando os papéis mais uma vez- Preciso que contate o RH e mande todo o pessoal de análise de projetos embora, preciso de profissionais capacitados.- andou até a porta, parou por um instante, suspirou e saiu de cabeça erguida andando até o elevador.
Alfred esperava que ela não seguisse o caminho do pai, que construísse uma família longe de toda a confusão dos Castelli, assim como sua mãe fez uma semana atrás quando fugiu com Violet e Lacey para o Japão, amaldiçoando pai e filha por seguirem caminhos tão obscuros...

Duas semanas antes...
Horas antes de Ana fugir com as meninas, Carter que já estava mal de saúde teve piora é quase não aguenta o baque de perder as mulheres de sua vida.
- Olha Carter, eu sei que não é justo te abandonar agora que está doente, mesmo te amando muito, mas estou fazendo isso pela Violet e pela Lacey, você sabe quanto é perigoso todos nós ficarmos aqui, agora que se tornou um alvo fácil- Disse Ana ao seu marido com o seu semblante preocupada
- Eu sei adorável Ana, por isso treinei as meninas desde pequenas a saberem se defender sem medo do inimigo- suspirou Carter com dificuldade- além disso, Margot está ao meu lado, vocês não precisam ir, estamos seguros aqui- continuou pesaroso
- Carter, você não entende quão grave é? Eu sempre soube que era frio, mas agora eu tenho certeza, além disso é egoísta, sabe que não estamos seguros aqui, porque Alexander mandou recado - disse Ana áspera, e caminhou até a porta chamando as meninas para entrarem no quarto do pai, estava cheio de aparelhos e havia uma janela com cortinas creme onde batia a pouca claridade do sol e uma brecha da janela dava vista para o campo.

- Papai, irei proteger elas, te prometo - Disse Violet com lágrimas nos olhos - Eu sei que a Margot vai fazer de tudo para te manter bem e nos proteger também, te mandarei cartões postais dos lugares que passarmos, tá bom? - Continuou, tentando acalmar a situação.

Logo em seguida, sem dar tempo de responder, Lacey entra no quarto e pula de qualquer jeito no colo de seu pai, abraçando carinhosamente como se estivesse se despedindo.

- Papai, eu vou tirar férias com a mamãe e logo estou de volta para cuidar de você - Lacey conforta seu pai, uma menina de 7 anos que as vezes é imatura como uma criança e as vezes á tão madura quanto adultos.

Dias atuais...

- Alfred, antes de partir para Palermo, você teve alguma notícia das meninas e da mãe? - pergunta Margot dentro de sua limosine, olhando para a paisagem se movimentando do lado de fora pela janela, ao lado de Alfred que está ajustando os óculos e organizando a agenda da empresa.

-Marg, sua mãe telefonou ontem quando você já havia ido embora, disse que colocou as meninas em um internato, estão em segurança, ela disse também que está indo te encontrar na casa de família em Palermo. - disse de supetão, sabendo que Margot reprovava a presença de sua mãe lá

- Ela é louca Alfred? Quem pediu para ela ir? Abandonou papai para fugir, e agora que interferir nos negócios que ela nunca fez parte? - continuou - Além do mais, a presença dela só seria requisitada em uma união matrimonial, e não é o caso.

O motorista estaciona o carro e abre a porta, Margot antes de sair diz:

-Alfred, tome conta da empresa, como você sempre fez. Assim que conseguir entro em contato, e eu vi que você pediu para o Kye vir, obrigada por cuidar da nossa familia. - disse ela se despedindo rapidamente e saindo do carro, caminhando em direção ao jatinho da empresa.

Dentro do avião, liga seu notebook, começando a hackear os dados da empresa que quebrou o contrato, Kye se oferece para ajudar:

-Marg, eu sei que você não queria que eu tivesse aqui, mas é necessário, trouxe uma documentação sobre eles que você gostaria de ver. Bom... vou fingir que sou seu amigo de férias e não vou andar de terninho por ai, okay?- Kye senta na poltrona a frente de Margot, olhando para ela está concentrada na papelada, com cabelo em um coque mal feito, com a pele natural...

- Kye...? Kye? To te chamando faz uns 5 minutos - Diz ela rindo e tirando ele do devaneio."puts ela percebeu" ele pensa e enrubece. - Tá tudo bem Kye?- ela diz preocupada com ele que parece estar em outro mundo.

- Desculpa Marg, estava pensando na nossa chegada, queria me dizer algo?

- Então Kye, essa papelada parece incompleta, tá faltando valores dos dois últimos meses, que são exatamente os meses que assinamos contrato com eles. Você tinha visto isso?- Margot parece confusa com a falta de informação.

-Sim, esqueci de comentar com você, e não só isso - Kye continua o assunto arrumando sua postura para o assunto sério- Vi também que eles movimentaram os valores para contas pessoais, os valores que "coincidentemente" são iguais ao que investimos na operação. As contas estão todas vinculadas a família Clarck.

- Não pode ser- Diz ela indignada com as informações - Chegando em Palermo veremos isso, precisamos descansar, essa viagem vai ser muito corrida, temos que aproveitar essas horinhas aqui no avião. -Ela diz e vai para um sofá-cama e Kye faz o mesmo do lado oposto.

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Oie Queridxs!

Estou muito orgulhosa, da forma que esse projeto vem saindo de forma natural.

Espero que estejam gostando! Críticas construtivas são bem vindas!

Estou me organizando para conseguir escrever e postar toda semana, por favor tenham um pouquinho de paciência.

Beijxs! Uma ótima semana!

S2

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⏰ Última atualização: Apr 06 ⏰

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Piacere, Margot! (Em processo de escrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora