Capítulo 37

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Millie já estava presa há quase uma semana, em um lugar, que ela julgava ser um quarto velho, caindo aos pedaços, em uma casa abandonada.

Ela estava ficando anemica, por mais que eles estejam em um lugar deserto, aonde ninguém mais vivia, Kelly deixava sempre as janelas tracandas com cadeados.

Millie estava em um quarto pequeno, cheio de umidade e mofos.

Fazia dias que Millie não comia nada e ela mau aguenta ficar em pé... Na verdade, fazia uns três dias que Kelly saiu e Millie não ainda não a tinha visto. Ela pensava se Kelly havia parado de se importa com qual seria a próxima tortura que ela faria com Millie e a teria deixado para morrer  .

Millie também escutava gritos vindo de outros quartos, porém, ela achava ser coisa de sua cabeça. Já que ela ouvia os gritos e eles logo cessavam.

Hoje, o dia estava chuvoso, Millie não conseguia ver a chuva caindo mas ela podia ouvir o barulho. Ela gostava de chuva e ela pensava que se ela estivesse em casa, ela poderia estar assistindo um filme com Finn e Christopher.

Ela pensava em todos, em Finn, e em  como estava sendo sua experiência como pai e se ele estava sentindo sua falta.

Em Sadie, como estava o relacionamento dela, como tava a vida dela, ela estava bem, estava sentindo sua falta, ela estava feliz, ela comprou outra casa na praia...

Em Shivani, como ela estava em seu relacionamento com Bailey, Finn estava aceitando ou continuava soltando piadinhas constrangedoras, será que Shivani sentia a sua falta...

Em Noah, o irmão que ela conhecia a pouquíssimo tempo mas que já amava mais do que poderia imaginar... Como estava o relacionamento dele com Sofya... Ele estava sofrendo com o desaparecimento de sua irmã gêmea?

Em Caleb, ela gostaria de pergunta que mágica ele  havia feito para  fazer Sadie sossegar em relação a baladas e ficar com todo tipo de gente.

Em Ava, a pequena Ava. Millie se perguntava constantemente se ela estava bem. Como estava reagindo em relação a tudo isso...

E os seus pais, Millie sentia tanta falta deles.

Millie derramou algumas lagrimas ao se lembrar de momentos com seus amigos, ela abraçou o seu joelho enquanto chorava baixinho.

Ao se ouvir um grande estrondo no quarto ao lado, Millie tratou de limpar as lágrimas e se encolher.

A porta do quarto em que Millie esta, foi aberta com um chute, Millie se encolheu ainda mais .

A pessoa que havia derrubado a porta, olhou para Millie com dó e logo correu até ela.

- Temos que fugir ! Rapido. Antes que ela volte. Você consegue andar ?

Millie  assentiu e logo a garota a pega pelo braço e corre com ela pelos corredores estreitos.

Ao chegar na  porta da  casa,  a garota deu dois chutes na porta que, por ser muito velha, ela se quebrou.

A garota que, Millie, ainda não sabia o nome, respirou o ar puro. E olhou para Millie, sorrindo.

Millie então pode finalmente ver como o rosto da garota era,  já que na casa em que elas estavam era tudo muito escuro.

A garota tinha os cabelos pretos e lisos e olhos castanho claro, ela estava magra, muito machucada e suas roupas estavam rasgadas.

Em frente à casa,  havia uma  floresta cheia de árvores, que logo em seguida dava em uma rua deserta, e a garota olhava tudo aquilo com um brilho nos olhos, como se nunca tivesse visto a natureza pessoalmente.

Ela olha para Millie denovo e a puxa pelo braço, entrando na floresta.





- Obrigado... por me ajudar.  - Millie quebra o silêncio, depois de muito tempo andando pela floresta.

A garota de cabelos pretos olha para ela e sorri.

- Não precisa agradecer.

- Como você foi para lá? Não precisa falar se não quiser... É so... curiosidade.

- Bom, eu não sei ao certo. Eu moro lá desde que me conheço por gente. - A garota fala enquanto passa a mão por uma flor morta.

- Nossa! Mas como você sobreviveu tanto tempo, como que...

- Ela me vendia para sexo. Me batia, me dava choque, cuspia em mim, me fazia comer lixo. Mas uma vez ao ano, ela me tratava bem, ela dizia que era meu aniversário...  Ela sempre ms dava livros e eu ficava o dia inteiro lendo. Eu aprendi a ler e a escrever por conta propia.  Porque tirando esse único dia. Ela me tratava super mau. Ela estava sempre em casa e eu nunca conseguia fugir... Hoje é a primeira vez que eu tento e estou feliz que tenha dado certo. - Ela diz admirando uma árvore.

- Eu sinto muito por tudo que você passou... - Millie ia continuar a frase mas parou de falar ao perceber que ela não sabia o nome da garota e que ela não poderia ser chamada de garota sem nome. - Qual o seu nome ? - Millie pergunto enquanto olhava para baixo.

A garota tirou seus olhos das flores e fitou Millie.

- Você pode me chamar de Chloé.


A secretaria- Fillie [[ CONCLUÍDA ]]Onde histórias criam vida. Descubra agora