É difícil viver quando se é um dos únicos diferentes na sociedade, um dos que tem "a marca", todos pensam que pessoas como eu são privilegiadas por ter a dádiva a imortalidade, já pra nós que nascemos assim, é mais uma punição.
Ver todos que um dia já amamos ir embora e não podermos fazer nada pra seguir esse mesmo caminho, saber que nunca vamos poder nos apegar a ninguém porque meros mortais de um dia pra noite podem morrer, viver relacionamentos líquidos e esperar não dar mais certo pois todos seguem em frente com suas vidas, sonhos e esperanças, e eu estou aqui, preso nesse corpo de um garoto de 18 anos até o fim dos tempos, ou até achar um jeito de deixar esse mundo.Já faz mais de 50 anos que eu encontrei alguém assim como eu, e infelizmente tivemos nossos caminhos cortados por um erro meu, que se eu pudesse mudar eu faria, já que a cada dia que passa eu me sinto amargamente culpado por ter perdido uma das pessoas mais importantes e essenciais da minha vida, que eu conseguia me sentir vivo, e não só uma carcaça condenada a vagar pela terra por tempo indeterminado.
"O que você fez pra ficar assim?" "Você é algum tipo de monstro?" "Isso tem solução?" essas e outras trezentas perguntas eram as mais comuns na minha vida, e não, não somos monstros ou fizemos algo pra ficar assim, isso é como uma marca de nascença, que pula de geração em geração até selecionar alguém para ter esse destino, é como uma roleta, e isso vai prosseguindo anos e anos, mas infelizmente nós não podemos ver esse processo.Quando nossas famílias descobrem que somos a geração dos imortais, nos jogam foram e vivemos a margem da sociedade e esperamos completar a maioridade (o que dura mais de décadas) pra podermos entrar na sociedade.
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Kagehina au || Centuries
RomanceVou postar aqui apenas a narração da história já que por enquanto eles estão em uma época o de não existe celular e/ou meios de comunicação a longa distância